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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Da série "Coisas Verdadeiramente Surpreendentes"

por josé simões, em 03.11.14

 

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Se o Partido Socialista, em "arco da governação", assinasse de cruz, vulgo consenso com o alto patrocínio de S. E. o Presidente da República, as medidas inconstitucionais do Governo de direita Pedro Passos Coelho/ Paulo Portas, só por esse facto elas passavam a constitucionais aos olhos da Tribunal Constitucional na sua interpretação da Constituição da República Portuguesa.


Foi o Partido Socialista que teve uma "posição deslizante e de falta de compromisso" e não a maioria PSD/ CDS-PP que, por cegueira e fanatismo ideológico e desprezo pelo maior partido da oposição, deslizou, derrapou, entrou em slide effect e aquaplaning, para a inconstitucionalidade. Que nome é que se dá a um espécime destes?


«Se o PS tivesse assumido alguns compromissos com o Governo, em especial para a reforma da Segurança Social e para a redução de despesas no Estado, o Tribunal Constitucional não teria chumbado tantas propostas deste Executivo.


Quem o diz é o secretário de Estado Adjunto do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba [...]»


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||| É só mudar o "e" pelo "i"

por josé simões, em 28.08.14

 

 

 

O Governo que aconselhou os portugueses a emigrar é o mesmo Governo que vai agora lançar um programa com «o objectivo de apoiar a integração de estrangeiros» imigrantes, a começar já pelos «quadros de empresas que põem as suas competências ao serviço de quem precisa delas» [e não de quem lhes paga bem e lhes dá qualidade de vida]. E o alvo primeiro são os filhos e os netos dos que partiram e que se espera que regressem agora pela yellow brick road de um país com a economia aberta, como diz o mentor do secretário de Estado que é adjunto de um ministro que é adjunto [nem na emigração há tanta adjunção]. A gente faz que acredita e a gente dá um desconto. Ao fim e ao cabo estamos em Agosto, o calor na moleirinha, a silly season como sói dizer-se, o deslumbramento de um cargo governativo e o homenzinho grande a brincar ao "sentido de Estado". O melhor mesmo é encolher os ombros.

 

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||| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 05.04.14

 

 

||| Somos governados por perfeitos idiotas

por josé simões, em 06.01.14

 

 

 

Não explicou como é que as causas que potenciam a saída da geração de elevado potencial ou de grande valor acrescentado de Portugal para o estrangeiro vão ser ignoradas pelos imigrantes, "de elevado potencial ou de grande valor acrescentado", que se pretende captar ou, na mesma linha de raciocínio, vão esses potenciais imigrantes optar por Portugal e não por outro qualquer país, da opção dos portugueses de elevado potencial ou de grande valor acrescentado. Se calhar recorrendo à "fórmula fisico-química", na moda, da "mobilidade social", explicada a anjinhos...

 

«Lomba quer ACIDI a aliciar imigrantes "de elevado potencial"»

 

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|| O pós-25 de Abril explicado às criancinhas

por josé simões, em 19.01.10

 

 

 

Sá Carneiro e Freitas do Amaral fizeram a transição para a Democracia vindos directamente, e sem passar pela casa da partida, do “antigo regime”, da “outra senhora”; Mário Soares e Álvaro Cunhal vieram da resistência à ditadura ou, como então se dizia, eram do reviralho, do contra. E foi pelo seu carisma e personalidade, aliado ao percurso político e aos campos em que (se) combateram, e que definiram para sempre as regiões demarcadas das Esquerdas e das Direitas em Portugal, que os tornaram históricos. E o resto são efabulações e estórias de caracacá e guiões para filmes cor-de-rosa.

 

 

 

 

|| Comissões Parlamentares de Inquérito e Telepatia

por josé simões, em 03.12.09

 

 

 

Pedro Lomba pode ser acusado de plágio a João Marcelino ou como o Diário de Notícias faz fretes ao Governo e João Marcelino é um Sócratista ferrenho esta não conta? Ou se calhar ouve aqui alguma fuga de e-mails e nem sequer se preocuparam em esconder as fontes…

 

(Na imagem cena do filme de Fritz Lang, Dr. Mabuse - The Gambler, 1922)

 

 

 

E de súbito, combinaram-se

por josé simões, em 11.12.08

 

 

Ontem tinha sido Rui Tavares no Público (só assinantes), hoje é o Pedro Lomba no Diário de Notícias.

Porque é que os portugueses estão a virar “à esquerda”; porque é que os portugueses são “de esquerda”?

 

Parece-me (a eles) que é por causa das desigualdades. E das assimetrias. E das injustiças sociais. E por ganharem pouco. Ainda tentei saber se havia uma equação demonstrativa, tipo: Baixos Salários + Aumento do Custo de Vida = Comunismo, ou Desemprego + Inflação : Taxas de Juro = Esquerda, mas não dei fé de existir.

 

Este tipo de análises soa(m)-me sempre a “manhosa”, porque se baseia(m) essencialmente no factor económico, ignorando o resto. E a meu ver “o resto” tem um peso muito maior a ter em conta na abordagem do “fenómeno”. Não explicam, por exemplo, que sendo a Direita tradicionalmente tão ciosa da ordem e da paz social não aproveite para quando é poder se manter ad eternum na governação, através de politicas que melhorem os salários e a qualidade de vida das populações e inibam “a rua”, que por sua vez é capitalizada pela Esquerda para chegar ao poder. Que inevitavelmente o vai perder nas urnas para a Direita, porque afinal não tinha a varinha mágica para acabar com as desigualdades e as injustiças, e que na maior parte das vezes a solução encontrada para as corrigir é fazer o nivelamento por baixo. É um circulo. Assim como um cão a morder a cauda.

 

Para já não falar de uma personagem da vida pública de Setúbal que é dono de 4 – quatro – 4 ourivesarias na baixa, militante do Partido Comunista e que quando vai de férias é para o parque de campismo. Expliquem lá esta; não era suposto ser um reaccionário direitista do caraças?

 

Adenda: para um dos itens d’ “o resto” que falta, recupero um excerto de um artigo de Gonçalo Reis na saudosa Revista Atlântico que usei como introdução a este post.

 

 

 

Já tentou hoje?

por josé simões, em 12.07.07

«Já é difícil fazer reformas em Portugal. Os grandes ignoram os pequenos. Os instalados perpetuam-se. As elites reproduzem-se com outras elites. Os que estão dentro tapam o caminho aos que estão fora. Mas a nossa crise de natalidade ameaça dificultar ainda mais a renovação do País. Tudo seria bem melhor se os portugueses percebessem o que têm de fazer em cada dia. Levantar cedo, pôr os filhos na escola, trabalhar, encher o bucho, trabalhar outra vez, regressar a casa a 60 km/ hora, buscar os filhos, ver televisão, dormir. No dia seguinte repetir a dose.»

 

Pedro Lomba no Diário de Notícias, hoje.

O pequeno poder

por josé simões, em 24.05.07

 “O que inquieta mais em Portugal não é a desvergonha do grande poder mas, no essencial, do pequeno poder. Contra o grande poder há eleições, oposição, uma imprensa tendencialmente livre, mil e um procedimentos e garantias e até um Tribunal Constitucional que José Sócrates costuma faustosamente desrespeitar. Contra o pequeno poder não há nada disso. O pequeno poder pode lesar, oprimir, abusar, sacanear e arruinar com absoluta liberdade e anormalidade, sem que as vítimas tenham capacidade para se defenderem. O pequeno poder é feito de governadoras civis como a de Lisboa que, exercendo uma competência que ninguém percebe porque é que tem, marcam as eleições autárquicas na data que mais favorece o partido do Governo. O pequeno poder é feito de “directoras” como a da Direcção Regional da Educação do Norte, que decidiu a suspensão preventiva (?) e a abertura de processo disciplinar contra um professor que contou uma pilhéria sobre o curso de José Sócrates.”

 

Pedro Lomba, para ler no Diário de Notícias de hoje.