Já ninguém inventa nada
Parece que Netanyahu quer fazer aos palestinianos o mesmo que Estaline fez às diversas nacionalidades que integravam a União Soviética. Já ninguém inventa nada.
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Parece que Netanyahu quer fazer aos palestinianos o mesmo que Estaline fez às diversas nacionalidades que integravam a União Soviética. Já ninguém inventa nada.
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Não, quem compara a Ucrânia a Goa e Zelensky a Salazar não pode ser um bom candidato presidencial quanto mais um bom Presidente da República.
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Assim de repente: o muro que é mau entre Gaza e Israel e na fronteira dos Estados Unidos com o México é o muro que era bom em Berlim, apesar de ter caído para o lado de cá;
a CGTP, a força sindical representativa dos trabalhadores e das suas reivindicações, o Solidariedade na Polónia, uma manipulação da CIA e do Vaticano;
os milhares nas ruas de Lisboa e do Porto em genuínos protestos contra a troika, contra a governação à direita, contra o que quer que seja, os milhares manipulados pelos 'amaricanos', pela União Europeia, e pela NATO nas ruas de Kyiv, Tiblissi, Erevan;
o imperialismo 'amaricano' no Vietname e na Coreia, a invasão de Granada, as ditaduras sul-americanas patrocinadas pelos Estados Unidos e as invasões da Hungria e da Checoslováquia que nunca aconteceram nem tampouco a do Afeganistão, tudo pedidos de ajuda de governos legítimos;
a justeza das eleições na Venezuela, na Bielorrússia, em Cuba, a fraude que é Zelensky na Ucrânia e Jaruzelski a fazer o que tinha de ser feito na Polónia em defesa dos trabalhadores.
"Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, podemos ter muitos defeitos, mas se há coisa que somos é coerentes". É a chamada coerência do caralho.
[Imagem: "According to the precepts of Ilyich" Soviet poster, 1980]
"Uma maravilha esta coisa da liberalização e privatização do setor elétrico, não é?", perguntava João Ferreira no Xis a quem experimentava por umas horas o dia-a-dia de um cidadão cubano ou venezuelano.
"Quando é que nós vendemos a nossa soberania energética?" pergunta no Público o comissário marcelista para o Dia da Raça em Portalegre que não viveu em Portugal entre 21 de Junho de 2011 e 26 de Novembro de 2015.
* "Ora agora viras tu, Meu amor mais eu", folclore minhoto.
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Um manhoso com carteira de jornalista entalou um anjinho, investido secretário-geral dos comunistas só Deus sabe porquê [mesmo partindo da quote "a religião é o ópio do povo"], impreparado, pobrezinho de léxico, crescido e educado na cartilha casseteira, de cassete, dos anos 70/ 80, à nora sem daí conseguir sair, e que no primeiro minuto não soube pôr logo cobro ao interrogatório. "Já está?!", dez minutos que pareceram um, até para quem estava em casa. Boa sorte com isso de accionar todos os meios legais.
A "provocação", o "agente provocador", o "sabotador", termos que passaram de Estaline até Brejnev, sempre invocados como desculpa para erros próprios, incompetência, e a teimosia do mundo em não se ajustar às teses do partido.
[Imagem Stalin s inner circle during the last years of his reign: Anastas Mikoyan, Nikita Khrushchev, Joseph Stalin, Georgy Malenkov, Lavrenty Beria, Vyacheslav Molotov]
Gajo que recusou reconhecer a derrota nas urnas e que patrocinou um motim com vista a impedir a tomada de posse do legitimo vencedor em eleições livre e democráticas, repete a conversa de gajo no poder há 26 anos, que alterou a constituição para por lá se manter até 2036, que é eleito por chapelada no país onde os opositores caem das varandas ou são assassinados, depois de prisão arbitrária ditada por tribunais subservientes ao poder político, sobre a ausência de legitimidade de um presidente de país em guerra, sob lei marcial, com milhões de deslocados - internos e externos, zonas desertificadas e outras em constante mutação fronteiriça. Que é um ditador que não vai a votos. Que não quer a paZ. Pela repetição da cassete, que ambos são leitores do órgão oficial do partido português que não é putinista [e agora nem trumpista] com saída periódica às quintas-feiras é a grande novidade nisto tudo.
[Imagem de autor desconhecido]
1000 dias de guerra na Ucrânia, mas a culpa é nossa, da União Europeia da liberdade e dos direitos humanos, que insistimos em apoiar quem resiste ao imperialismo fascista russo, financiador da extrema-direita para minar a democracia no continente.
1000 dias de Guerra na Ucrânia, e se o conflito escalar para o apocalipse nuclear a culpa é nossa, da NATO, responsável pelo maior período de paz de que não há memória no continente da liberdade e dos direitos humanos.
"A mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é o fascismo imperialista russo, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é o pior de dois mundos na China comunista do capitalismo selvagem, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é um louco na Coreia do Norte, a "República Democrática Popular", com acesso a arsenal nuclear e a exportar para a Europa tropas carne para canhão, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" é a NATO a UE e o G7. Tal e qual 1930 na Alemanha, a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentavam era a social-democracia, não era o nazismo. Há coisas que nunca mudam, nem com lições de história.
[Imagem "Natali Sevriukova reacts next to her destroyed apartment building following a rocket attack in Kyiv, Ukraine, Friday, Feb. 25, 2022. AP Photo/ Emilio Morenatti]
Os da "intensificação da escalada belicista", também conhecidos por Brigada Brejnev, dizem haver um problema com o bipartidarismo 'amaricano', que entre Harris e Trump não sabem em quem votar. O partido que engoliu um sapo chamado bochechas para alegadamente salvar a democracia. A sonsice não é um exclusivo da direita do "sentido de Estado".
Pelo menos até à data da impressão do poster que ilustra o post, 1981, a religião era o ópio do povo. Dez anos depois, 1991, a pátria do socialismo desmoronou-se e as coisas ficam um bocado ao "deus-dará", sem ironia, até ao ano de 2006 onde temos um partido comunista a estabelecer relações diplomáticas com uma organização terrorista fundamentalista islâmica, dos inteligentes com trapos enrolados na cabeça, como no poster, um Estado dentro do Estado, com exército próprio, responsável pelo assassinato de um primeiro-ministro do próprio país, um ano antes da embaixada a Beirute. Tudo por causa da "luta contra o imperialismo" 'amaricano', contra o sionismo, e o caralho. Nada mal para quem anda sempre com a boca cheia de constituição, do respeito pela legalidade, pelas instituições e e pelo Estado democrático.
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Até para repetir o discurso de Jerónimo de Sousa de "o grande capital e os grandes grupos económicos", que repetia o de Carlos Carvalhas, que repetia o de Álvaro Cunhal, Paulo Raimundo tem de ler uma papeleta. Caiu em desuso o método de aprendizagem da tábua de multiplicar pela repetição colectiva na sala de aula "nove vezes um nove, nove vezes dois dezoito, nove vezes três vinte e quatro, nove vezes quatro trinta e seis"...
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O partido que quer os centros comerciais fechados ao domingo e feriados, "mais qualidade de vida para os trabalhadores e para o povo", dá o exemplo e abre o mercado municipal do Livramento ao domingo, feriado municipal, dia de Bocage, dia da cidade de Setúbal. Espectáculo.
Parece que o camarada Raimundo não sabe escolher entre um condenado por suborno, falsificação de documentos, abuso sexual, difamação, e instigador de insurreição contra o Estado de direito democrático, com vista a golpe de Estado, por não aceitar os resultados eleitorais, e uma democrata. Não consegue escolher entre um boçal, misógino, racista e genuíno anti-democrata e uma pessoas culta, educada e respeitadora das regras da democracia. E, quando todos pensávamos que isto era mais um episódio da saga "entre Lula e Bolsonaro não sei em quem votar" que tanto chateou os camaradas do camarada Raimundo, afinal tem a ver com não ser cidadão americano, norte-americano mais propriamente, porque entre Maduro e María Corina Machado o camarada Raimundo sabe em quem votar, tem a ver com o povo palestiniano, tem a ver com genocídio, tem a ver com colonialismo, que até o senhor da foto se riu da forma que foi construída a União Soviética, tem a ver com capitalismo neo-liberal, atenção camarada Xi Jinping. Nunca acabem. O ponto é que vão mesmo acabar.
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O estado miserável a que uma alegada esquerda chegou.
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Minions do "partido que não é putinista" nas redes a elogiarem o sentido de Estado do neo-fascista Órban, a toupeira de Putin na União Europeia, por afirmar que a guerra foi despoletada pela aproximação da NATO e da UE à fronteira russa, de uma assentada metendo no bolso detrás das calças o famoso "direito dos povos à auto-determinação e independência", na Constituição que tanto exigem ser cumprida, ou o direito de integrarem ou não blocos e alianças que muito bem entenderem, na famosa Acta de Helsínquia, sempre invocada pelos candidatos à Presidência da República e ao Parlamento Europeu, onde foi metida por Brejnev como defesa no tempo em que a fronteira da Rússia URSS ficava em Berlim.
De onde mais menos se espera sai um Jacques Doriot.
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