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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

1000 dias

por josé simões, em 20.11.24

 

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1000 dias de guerra na Ucrânia, mas a culpa é nossa, da União Europeia da liberdade e dos direitos humanos, que insistimos em apoiar quem resiste ao imperialismo fascista russo, financiador da extrema-direita para minar a democracia no continente.

 

1000 dias de Guerra na Ucrânia, e se o conflito escalar para o apocalipse nuclear a culpa é nossa, da NATO, responsável pelo maior período de paz de que não há memória no continente da liberdade e dos direitos humanos.

 

"A mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é o fascismo imperialista russo, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é o pior de dois mundos na China comunista do capitalismo selvagem, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é um louco na Coreia do Norte, a "República Democrática Popular", com acesso a arsenal nuclear e a exportar para a Europa tropas carne para canhão,  "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" é a NATO a UE e o G7. Tal e qual 1930 na Alemanha,  a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentavam era a social-democracia, não era o nazismo. Há coisas que nunca mudam, nem com lições de história.

 

[Imagem "Natali Sevriukova reacts next to her destroyed apartment building following a rocket attack in Kyiv, Ukraine, Friday, Feb. 25, 2022. AP Photo/ Emilio Morenatti]

 

 

 

 

Os sonsos

por josé simões, em 05.11.24

 

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Os da "intensificação da escalada belicista", também conhecidos por Brigada Brejnev, dizem haver um problema com o bipartidarismo 'amaricano', que entre Harris e Trump não sabem em quem votar. O partido que engoliu um sapo chamado bochechas para alegadamente salvar a democracia. A sonsice não é um exclusivo da direita do "sentido de Estado". 

 

 

 

 

No tempo em que a religião era o ópio do povo

por josé simões, em 23.10.24

 

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Pelo menos até à data da impressão do poster que ilustra o post, 1981, a religião era o ópio do povo. Dez anos depois, 1991, a pátria do socialismo desmoronou-se e as coisas ficam um bocado ao "deus-dará", sem ironia, até ao ano de 2006 onde temos um partido comunista a estabelecer relações diplomáticas com uma organização terrorista fundamentalista islâmica, dos inteligentes com trapos enrolados na cabeça, como no poster, um Estado dentro do Estado, com exército próprio, responsável pelo assassinato de um primeiro-ministro do próprio país, um ano antes da embaixada a Beirute. Tudo por causa da "luta contra o imperialismo" 'amaricano', contra o sionismo, e o caralho. Nada mal para quem anda sempre com a boca cheia de constituição, do respeito pela legalidade, pelas instituições e e pelo Estado democrático.

 

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O método de aprendizagem da tábua de multiplicar pela repetição colectiva

por josé simões, em 14.10.24

 

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Até para repetir o discurso de Jerónimo de Sousa de "o grande capital e os grandes grupos económicos", que repetia o de Carlos Carvalhas, que repetia o de Álvaro Cunhal, Paulo Raimundo tem de ler uma papeleta. Caiu em desuso o método de aprendizagem da tábua de multiplicar pela repetição colectiva na sala de aula "nove vezes um nove, nove vezes dois dezoito, nove vezes três vinte e quatro, nove vezes quatro trinta e seis"...

 

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100 paus para o assunto

por josé simões, em 15.09.24

 

 

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O partido que quer os centros comerciais fechados ao domingo e feriados, "mais qualidade de vida para os trabalhadores e para o povo", dá o exemplo e abre o mercado municipal do Livramento ao domingo, feriado municipal, dia de Bocage, dia da cidade de Setúbal. Espectáculo.

 

 

 

 

A nova bitola do apoio eleitoral

por josé simões, em 28.08.24

 

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Parece que o camarada Raimundo não sabe escolher entre um condenado por suborno, falsificação de documentos, abuso sexual, difamação, e instigador de insurreição contra o Estado de direito democrático, com vista a golpe de Estado, por não aceitar os resultados eleitorais, e uma democrata. Não consegue escolher entre um boçal, misógino, racista e genuíno anti-democrata e uma pessoas culta, educada e respeitadora das regras da democracia. E, quando todos pensávamos que isto era mais um episódio da saga "entre Lula e Bolsonaro não sei em quem votar" que tanto chateou os camaradas do camarada Raimundo, afinal tem a ver com não ser cidadão americano, norte-americano mais propriamente, porque entre Maduro e María Corina Machado o camarada Raimundo sabe em quem votar, tem a ver com o povo palestiniano, tem a ver com genocídio, tem a ver com colonialismo, que até o senhor da foto se riu da forma que foi construída a União Soviética, tem a ver com capitalismo neo-liberal, atenção camarada Xi Jinping. Nunca acabem. O ponto é que vão mesmo acabar.

 

 

 

 

A "Cidade Internacional" na Festa do Avante!

por josé simões, em 31.07.24

 

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Alertamos a la opinión pública internacional que así como el Gobierno de Nicolás Maduro ha despojado al pueblo venezolano de sus derechos sociales y económicos, hoy pretende privarlo de sus derechos democráticos.

 

O PCP saúda a eleição de Nicolás Maduro como Presidente da República Bolivariana da Venezuela, bem como o conjunto das forças progressistas, democráticas e patriotas venezuelanas que alcançam mais uma importante vitória com esta eleição, derrotando o projecto reaccionário, antidemocrático e de abdicação nacional.

 

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O estado miserável a que uma alegada esquerda chegou

por josé simões, em 29.07.24

 

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O estado miserável a que uma alegada esquerda chegou.

 

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De onde mais menos se espera sai um Jacques Doriot

por josé simões, em 11.07.24

 

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Minions do "partido que não é putinista" nas redes a elogiarem o sentido de Estado do neo-fascista Órban, a toupeira de Putin na União Europeia, por afirmar que a guerra foi despoletada pela aproximação da NATO e da UE à fronteira russa, de uma assentada metendo no bolso detrás das calças o famoso "direito dos povos à auto-determinação e independência", na Constituição que tanto exigem ser cumprida, ou o direito de integrarem ou não blocos e alianças que muito bem entenderem, na famosa Acta de Helsínquia, sempre invocada pelos candidatos à Presidência da República e ao Parlamento Europeu, onde foi metida por Brejnev como defesa no tempo em que a fronteira da Rússia URSS ficava em Berlim.

De onde mais menos se espera sai um Jacques Doriot.

 

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"Derrubar monumentos"

por josé simões, em 28.06.24

 

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"Andou a derrubar monumentos de quem combateu o nazismo", mais rápido que a própria sombra foi o responso dos minions, do partido que não é putinista, de plantão às redes assim que se soube que Kaja Kallas tinha sido nomeada chefe da diplomacia Europeia.

Kaja Kallas não andou a derrubar monumentos a soldados da União Soviética, a potência invasora e ocupante em 1940 de um país independente da Rússia desde 1918, após o pacto Ribbentrop-Molotov, em 1939 a dividir a Europa em esferas de influência entre a URSS e a Alemanha, a tal dos nazis.

Kaja Kallas não andou a derrubar monumentos a soldados da potência ocupante que entre 1940 e 1941 assassinou e deportou os líderes políticos do país para o Gulag em regiões remotas da União Soviética, assim como milhares de cidadãos anónimos cujo único pecado foi querem a independência do seu país.

Kaja Kallas não andou a derrubar monumentos a soldados da potência ocupante que integrou à força no Exército Vermelho milhares de jovens estonianos, assim como Kaja Kallas não andou andou a derrubar monumentos a soldados da potência ocupante que pelas mãos da polícia política - NKVD, depois KGB, executou sumariamente os presos políticos do país.

Não, Kaja Kallas "andou a derrubar monumentos de quem combateu o nazismo" o que em pecepêz significa que Kaja Kallas é no mínimo nazi. Pior que isto só os azoves na Ucrânia que, quais salazarinhos, querem Goa independente da Índia.

 

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Pattern Recognition

por josé simões, em 24.06.24

 

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O taberneiro pode insultar toda a gente, o taberneiro pode levantar falsos testemunhos, o taberneiro pode mentir com quantos dentes tem na boca [porque estamos na era do pós-verdade], o taberneiro pode dizer coisas e a seguir dizer que nós não o ouvimos dizer aquilo que disse, o taberneiro pode dizer tudo isso e o mais que lhe aprouver, mas ninguém pode dizer nada ao taberneiro, ninguém pode apontar nada ao taberneiro, ninguém pode dizer "o senhor diz e faz exactamente o contrário daquilo que diz quando está ao balcão da taberna" porque isso entra na categoria de ataque a um deputado eleito por um partido com assento parlamentar na casa da democracia, coitada da democracia.

 

A Rússia pode invadir um Estado soberano, porque sim, porque aquilo é tudo União Soviética, e "por causa da intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia"; a Rússia pode bombardear áreas residenciais, infantários, escolas e hospitais, porque aquilo estava tudo pejado de azoves, como reportou o excelentíssimo militante do PCP jornalista tuga, que viu e fotografou uma bandeira nazi e um exemplar do Mein Kampf em todas as casa onde em que entrou no Donbass, e que continua a ver mesmo sem lá estar; a Rússia pode fazer isso tudo e ainda ameaçar os vizinhos da Ucrânia com uma invasão e o resto do mundo com uma guerra nuclear; a Ucrânia não pode efectuar ataques cirúrgicos em território ucraniano ocupado pela Rússia - Donbass e Crimeia, por causa da morte de civis inocentes e porque isso é o envolvimento da Ocidente, da União Europeia, da NATO, e dos Estados Unidos, não necessariamente por esta ordem, no ataque a um estado soberano, a Rússia.

 

A Rússia financia partidos que se sentam no Parlamento Europeu ao lado do partido do taberneiro. O Partido Comunista da URSS Rússia apoia a política de Putin contra a Ucrânia e o resto do mundo. O Partido Comunista Português não é putinista.

 

 

 

 

Ninguém leu a puta da acta

por josé simões, em 20.05.24

 

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E, numa manobra circense de distracção, quase, quase, quase no final do debate, João Oliveira diz que a solução para a guerra e para a paz e para a prosperidade e para o sol brilhar para todos nós, "está aqui", brandido para João Cotrim de Figueiredo uma papeleta que se supõe ser a Acta Final de Helsínquia. E o que é que diz a Acta Final de Helsínquia? Consagra o "respeito pela igualdade e individualidade soberana de cada Estado; o respeito por todos os direitos inerentes à sua soberania, incluindo o direito de cada Estado à igualdade jurídica, à integridade territorial e à liberdade e independência política [coisa que a Rússia não reconhece à Ucrânia]; o direito de cada Estado de definir e conduzir como desejar suas relações com outros Estados de acordo com o direito internacional; o direito de pertencer ou não a organizações internacionais, de ser ou não não ser parte de tratados bilaterais ou multilaterais, incluindo o direito de ser ou não ser parte de tratados de aliança, o direito à neutralidade". E assim cai por terra toda a justificação putinista do PCP para a invasão da Ucrânia pela Rússia por causa da "intensificação da escalada belicistas dos Estados Unidos, da NATO, e da União Europeia". Como toda a gente embatucou e o candidato do PCP passou por grande pacifista, ao contrário de todos os outros, a conclusão a tirar é que ninguém leu a puta da acta, a começar pelo "pacifista" João Oliveira.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Irmãos Inseparáveis

por josé simões, em 08.05.24

 

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Também não compreendo o coro de lamentações que se ergue da parte daqueles que não se indignaram quando os Estados Unidos e seus aliados e a NATO atacaram, invadiram e ocuparam, sob falsos pretextos, territórios a milhares de quilómetros de distância, como foi o caso da Jugoslávia, do Afeganistão, do Iraque e da Líbia, para só referir os mais recentes.

 

Estamos a assistir a um genocídio sem que os tais que invadiram a Jugoslávia, a Sérvia, o Iraque, o Afeganistão e a Síria para derrubar "regimes sanguinários" façam o que seja.

 

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O diluente

por josé simões, em 13.03.24

 

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Surpreendendo exactamente zero pessoas o PCP mostrou--se disponível para aceitar o repto do Bloco de Esquerda para uma convergência na oposição à direita, salvaguardando que o faz desde que isso não implique a diluição do partido, porque, como é por todos sabido, desde Outubro 1917 que diluições, "amigáveis" ou por OPA hostil, só as dos socialistas, social-democratas, socialistas revolucionários, ou anarquistas, nos partidos bolcheviques. 

 

 

 

 

Adeus PCP

por josé simões, em 13.03.24

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Começam agora os exercícios de entretenimento na desmontagem das teses que os votos não foram do PCP para o partido da taberna que, ao contrário do que muitos alardeiam, está aí vivinho da silva e para as curvas, quando a verdadeira questão, no partido da "análise histórica" e do "materialismo dialéctico", aquela questão que vale um milhão, devia ser "porque é o taberneiro a chegar a esse eleitorado e ainda a recuperar algum à abstenção?" e não o PCP, que vai minguando eleição atrás de eleição.

 

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