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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A chamada coerência do caralho

por josé simões, em 30.04.25

 

“According to the precepts of Ilyich” Soviet poster, 1980 (1).jpg

 

 

Assim de repente: o muro que é mau entre Gaza e Israel e na fronteira dos Estados Unidos com o México é o muro que era bom em Berlim, apesar de ter caído para o lado de cá;

a CGTP, a força sindical representativa dos trabalhadores e das suas reivindicações, o Solidariedade na Polónia, uma manipulação da CIA e do Vaticano;

os milhares nas ruas de Lisboa e do Porto em genuínos protestos contra a troika, contra a governação à direita, contra o que quer que seja, os milhares manipulados pelos 'amaricanos', pela União Europeia, e pela NATO nas ruas de Kyiv, Tiblissi, Erevan;

o imperialismo 'amaricano' no Vietname e na Coreia, a invasão de Granada, as ditaduras sul-americanas patrocinadas pelos Estados Unidos e as invasões da Hungria e da Checoslováquia que nunca aconteceram nem tampouco a do Afeganistão, tudo pedidos de ajuda de governos legítimos;

a justeza das eleições na Venezuela, na Bielorrússia, em Cuba, a fraude que é Zelensky na Ucrânia e Jaruzelski a fazer o que tinha de ser feito na Polónia em defesa dos trabalhadores.

 

"Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, podemos ter muitos defeitos, mas se há coisa que somos é coerentes". É a chamada coerência do caralho.

 

[Imagem: "According to the precepts of Ilyich" Soviet poster, 1980]

 

 

 

 

A vida privada e a decisão política e lol

por josé simões, em 08.04.25

 

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Obviamente que quem toda a vida, profissional e política, trabalhou na defesa do interesse privado em detrimento do interesse público "nada do que fez na vida privada influenciou qualquer decisão política", não há barreiras, não há linhas vermelhas, não há ideologia, uma e outra - vida privada e vida política, são a mesma coisa.

 

[Imagem]

 

 

 

 

O agente provocador

por josé simões, em 25.03.25

 

Stalin s inner circle during the last years of his reign Anastas Mikoyan, Nikita Khrushchev, Joseph Stalin, Georgy Malenkov, Lavrenty Beria, Vyacheslav Molotov.jpg

 

 

Um  manhoso com carteira de jornalista entalou um anjinho, investido secretário-geral dos comunistas só Deus sabe porquê [mesmo partindo da quote "a religião é o ópio do povo"], impreparado, pobrezinho de léxico, crescido e educado na cartilha casseteira, de cassete, dos anos 70/ 80, à nora sem daí conseguir sair, e que no primeiro minuto não soube pôr logo cobro ao interrogatório. "Já está?!", dez minutos que pareceram um, até para quem estava em casa. Boa sorte com isso de accionar todos os meios legais.

 

A "provocação", o "agente provocador", o "sabotador",  termos que passaram de Estaline até Brejnev, sempre invocados como desculpa para erros próprios, incompetência, e a teimosia do mundo em não se ajustar às teses do partido.

 

[Imagem Stalin s inner circle during the last years of his reign: Anastas Mikoyan, Nikita Khrushchev, Joseph Stalin, Georgy Malenkov, Lavrenty Beria, Vyacheslav Molotov]

 

 

 

 

O método de aprendizagem da tábua de multiplicar pela repetição colectiva

por josé simões, em 14.10.24

 

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Até para repetir o discurso de Jerónimo de Sousa de "o grande capital e os grandes grupos económicos", que repetia o de Carlos Carvalhas, que repetia o de Álvaro Cunhal, Paulo Raimundo tem de ler uma papeleta. Caiu em desuso o método de aprendizagem da tábua de multiplicar pela repetição colectiva na sala de aula "nove vezes um nove, nove vezes dois dezoito, nove vezes três vinte e quatro, nove vezes quatro trinta e seis"...

 

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A nova bitola do apoio eleitoral

por josé simões, em 28.08.24

 

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Parece que o camarada Raimundo não sabe escolher entre um condenado por suborno, falsificação de documentos, abuso sexual, difamação, e instigador de insurreição contra o Estado de direito democrático, com vista a golpe de Estado, por não aceitar os resultados eleitorais, e uma democrata. Não consegue escolher entre um boçal, misógino, racista e genuíno anti-democrata e uma pessoas culta, educada e respeitadora das regras da democracia. E, quando todos pensávamos que isto era mais um episódio da saga "entre Lula e Bolsonaro não sei em quem votar" que tanto chateou os camaradas do camarada Raimundo, afinal tem a ver com não ser cidadão americano, norte-americano mais propriamente, porque entre Maduro e María Corina Machado o camarada Raimundo sabe em quem votar, tem a ver com o povo palestiniano, tem a ver com genocídio, tem a ver com colonialismo, que até o senhor da foto se riu da forma que foi construída a União Soviética, tem a ver com capitalismo neo-liberal, atenção camarada Xi Jinping. Nunca acabem. O ponto é que vão mesmo acabar.

 

 

 

 

O Silêncio dos Indecentes

por josé simões, em 11.02.24

 

 

 

O Silêncio dos Indecentes.

 

 

 

 

 

3 de Abril de 1976

por josé simões, em 10.02.24

 

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"Porto, 3 - A poucos quilómetros de Santa Marta de Penaguião, uma poderosa carga de trotil accionado pelo sistema de relógio, deflagrou, esta madrugada, no carro do ex-padre Maximino candidato da U. D. P. às próximas eleições pelo círculo de Vila Real, provocando-lhe a morte quase imediata e a de uma jovem que o acompanhava, Maria de Lurdes Ribeiro Correia, aluna liceal e simpatizante daquele partido de esquerda".

[...]

"cerca de trezentos atentados terroristas perpetrados só no Norte contra sedes e veículos de partidos de esquerda"

 

André Ventura falou em assassinatos no PREC e disse que todas as intervenções do PCP na história "acabaram em morte, em roubo e destruição"

 

"O Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP) foi uma organização terrorista portuguesa ativa durante o período que se seguiu à revolução de 25 de abril de 1974.[1] Entre as ações atribuídas ao MDLP estão uma tentativa de golpe de estado em 11 de março de 1975, uma vaga de atentados à bomba a sedes de partidos de esquerda no início de 1976 e o atentado à bomba que vitimou o candidato a deputado Padre Max e uma estudante que o acompanhava.
[...]
 

A cassete

por josé simões, em 27.12.23

 

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O "operário" Raimundo está mais solto, já fala escorreito, sem interrupção para pensar o que há-de dizer, e sem olhar para o papel escrito pelo comité central. Se isto é suficiente para evitar ser o Chicão do PCP é outra história.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

No túmulo de Lenine

por josé simões, em 21.12.23

 

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Começamos o séc. XXI com o regresso do fascismo. Em força. Em toda a Europa e nos Estados Unidos. E na Rússia, um dos países vencedores do fascismo no fim da II Guerra Mundial. Mas o comunismo não regressa. Antes pelo contrário, desaparece. E não só não regressa e desaparece como pisca o olho ao eleitorado do partido fascista. Certinho como o destino é a explicação "científica" do regresso do fascismo como a "decadência do capitalismo". Apesar do comunismo ter [de]caído primeiro. E da esquerda se ter demitido.

 

[Imagem "No túmulo de Lenine", Leni Yakovlev, 1930]

 

 

 

 

 

Dizer coisas

por josé simões, em 20.09.23

 

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O "operário" Raimundo foi à Madeira dizer coisas. A Madeira que, assolada com o regresso de milhares de retornados e descendentes de emigrados a fugirem à fome e à miséria na Venezuela, insiste em não perceber a mensagem do "operário" Raimundo, que a alternativa à governação de 47 anos é a CDU, a CDU do PCP que apoia Maduro na Venezuela, de onde esta gente toda parece não parar de chegar.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Quem diz a verdade não merece castigo

por josé simões, em 03.09.23

 

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É isso camarada, menos armas, menos munições, menos destruição, mais uma república, ficavam a faltar 13 para ser outra vez a URSS [a Bielorrússia já está integrada], e a Carta das Nações Unidas mais a Acta de Helsínquia é o fumo que que a gente sopra para os olhos de gente que não sabe o que diz a Carta das Nações Unidas nem a Acta de Helsínquia, nem se preocupa em procurar saber, com os pés de microfone à cabeça, a famosa "comunicação social a soldo do grande capital".

 

Raimundo critica Marcelo na Ucrânia: contribuiu para "mais armas, mais munições, mais destruição"

 

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Quinta-feira o Avante! explica

por josé simões, em 15.05.23

 

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O operário Raimundo foi à China a convite do Partido Comunista indígena para confirmar in loco, para "ver com estes olhos que a terra há-de comer", expressão cara à base eleitoral do PCP,  o que é liberdade sindical, sindicalismo reivindicativo, direito à greve, 35 horas de trabalho, férias pagas e mais um mês pelo Natal, e outras coisas assim. Quinta-feira o Avante! explica.

 

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Manobras de diversão

por josé simões, em 09.01.23

 

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Para levar a sério era o PCP deixar de vez a palhaçada Os Verdes, aquela coisa que não se sabe quanto vale por nunca ter ido a votos em modo próprio, e desafiar o Bloco de Esquerda para um coligação eleitoral que podia duplicar a representação parlamentar das actuais bancadas. Cada qual ia às suas a seguir ao encerramento das urnas e cada partido continuava com o seu programa e agenda política, mas iam juntos a votos. Agora o PCP aparecer a propor-se solução governativa, prenha de adjectivação a lembrar a Rússia em 1917 ou Venezuela de 2002 do "socialismo bolivariano para o século XXI",  uma "alternativa patriótica e de esquerda", com ministérios e secretarias de Estado distribuídas, depois de nos idos da 'Geringonça' a ter recusado liminarmente, não é para levar a sério, é mais do mesmo, manobras de diversão.  

 

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O Grande Espalhanço em Frente

por josé simões, em 24.11.22

 

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Curioso que num partido que não era chinês, isso era coisa dos eme erres pê pês e dos eme-eles, avulso ou atacado, o novel secretário-geral recorrer do mesmo argumento que a direita radical e liberal recorre para elogiar a globalização capitalista, "a globalização capitalista veio tirar milhões da miséria", falso, meteu os miseráveis globalizados ao nível dos miseráveis globalizadores, versus "a China acabou com a fome", também depois dos milhões de vítimas do Grande Salto em Frente era o que mais faltava, logo a supressão do direito à greve e do sindicalismo livre é um mal menor e até aceitável. "És liberal e não sabias" ou, como dizem os 'amaricanos', what a time to be alive, os liberais que andam em polvorosa nas redes a espalhar o clip, "estão a ver? é mais do mesmo, um ditadorzeco em potência" sem se darem conta de que a base argumentativa é a mesma.

 

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Depois de Bernardino com a democracia na Coreia, da Rato com o desconhecimento do Gulag, o operário Raimundo com o Grande Espalhanço em Frente.

 

 

 

 

Arménio não é nenhum trolha da Areosa

por josé simões, em 17.11.22

 

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Militante destacado para a maior central sindical do país e destacado militante do partido que todos os dias 26 de Dezembro chora o fim da União Soviética, do sindicalismo interventivo e reivindicativo não autorizado e do partido único imposto a toda a sociedade, diz que o PCP, por interposta pessoa o operário Raimundo, se deve deixar de merdas e dizer preto no branco que a Ucrânia foi invadida pela Rússia, porque a prazo o partido pode ser prejudicado eleitoralmente, e até porque a coisa é mais abrangente e inclui, por exemplo, a ilegalização do Partido Comunista da Ucrânia, "Ou seja, o país que se diz que é um Estado de direito, que ilegaliza o Partido Comunista". Ou seja, o partido único era bom na URSS, que urgia aperfeiçoar e não implodir, mas o partido ilegalizado na ex República Socialista Soviética da Ucrânia já é mau. Se calhar porque desde a revolução de 1917, passando pelo Holodomor que não existiu, a colectivização forçada, as purgas paranóicas de Estaline, a industrialização estalinista acelerada, com as transferências massivas de população, e que havia de ser a génese dos actuais problemas actuais no Donbas, até à data da independência, os ucranianos só de ouvirem falar em comunismo ficam com pele de galinha, porque se lembram do partido que ao chegar ao poder acabou com todos os outros. Não, Arménio não é um trolha da Areosa, Arménio é um PhD erm estratégia comunista que consegue ver mais longe que outros na arte da maquilhagem para que tudo fique na mesma.

 

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