"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Entre a ala esquerda do PSD, assim uma espécie de Paulo Rangel mais soft, e um intervalo para uma sesta, tão carismático e empolgante quanto uma madalena na borda do pires de uma chávena de carioca de limão pode ser, talvez o mais aconselhado fosse Francisco Louçã retirar-se por um período de dois anos, como Paulo Portas fez, e voltar depois, fresquinho que nem uma alface e cheio de “sentido de Estado”.
Durante os anos da minha vida em que exerci a actividade de Roadie só “impus” duas condições - e por objecção de consciência - para efectuar espectáculos (leia-se recusar trabalho e deixar de ganhar dinheiro). Uma aconteceu e foi esta. A outra nunca chegou a acontecer, mas é o princípio que me une a Paulo Pedroso.
O PS de Ferro, Pedroso & Ana Gomes, à época, não incomodava ninguém. E de tanto não incomodar até se atrapalhava a si próprio. Barroso dá de frosques para Bruxelas e Ferro dá de frosques do PS zangado com Sampaio pela opção Santana Lopes. Que foi o que se viu e que proporcionou ao PS a primeira maioria absoluta da sua história, com Sócrates a liderar, depois de ter ganho o partido com uma goleada à antiga.
E por demais óbvio que quem beneficiou da suposta decapitação politica do PS foi… o PS de Sócrates.
Era (é) aqui que Ana Gomes quer chegar?
(Na foto roubada no New York Times, Estaline, o mestre da Teoria da Conspiração, retocando, retocando, retocando o negativo, até ficar sozinho…)