A verdade alternativa da direita radical
Não, o Governo de Passos Coelho não teve nada a ver com o estado lastimoso em que ainda se encontra o Serviço Nacional de Saúde cinco anos depois de se ter ido embora.
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Não, o Governo de Passos Coelho não teve nada a ver com o estado lastimoso em que ainda se encontra o Serviço Nacional de Saúde cinco anos depois de se ter ido embora.
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Ano de 2015: "Portugueses já deram 13 mil milhões para salvar bancos"
Ano de 2016: "Portugal gastou 14 mil milhões com a banca desde 2008"
Ano de 2017: "Salvar bancos já custou 14,6 mil milhões aos contribuintes"
Ano de 2018: "Ajudas à banca já custaram 17 mil milhões aos contribuintes"
Ano de 2019: "Ajudas aos bancos já custaram 1.800 euros a cada português"
"Nunca quem tem uma casa, nunca quem tem um crédito a um banco, pagou tão pouco como hoje. Estamos a falar em termos históricos, não em termos de um ou três anos. O atual ambiente de nível de taxas de juro nunca foi tão baixo"
"Nunca os custos financeiros foram tão baixos" para empresas e famílias, defendeu Paulo Macedo.
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Paulo Macedo, que é principescamente pago pelo contribuinte para fazer bem feito o trabalho para o qual é pago, vai receber um prémio de gestão por ter aplicado taxas e taxinhas a pensionistas, reformados, e funcionários públicos em todas as operações bancárias existentes na Caixa Geral de Depósitos e em todas as que no futuro vierem a ser inventadas, e por ter metido os depositantes a pagar ao banco para usar as suas economias, mal habituados que estavam a receber juros por emprestarem dinheiro à Caixa, vulgo depósitos. Muito bem.
E não, não há qualquer erro no título do post.
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[Imagem de autor desconhecido]
A falta de respeito do ministro da Saúde pelo dinheiro dos contribuintes e pelo sacrifico das famílias que, em 40 anos, construíram um dos melhores sistemas de saúde público da Europa e do mundo, conjugada com a falta de respeito do seu colega da Educação na destruição e desmantelamento de um dos também melhores sistemas de educação públicos da Europa, assente na mentira da excelência do privado.
Enquanto a Educação continuar a produzir os profissionais de que a Saúde precisa mas não contrata há que pôr as exportações "a bombar", parafraseando outro ministerial colega e que se lixem [também de ministro] os contribuintes e as famílias.
O ministro da Saúde do Governo que fez a 'reforma do IRS' por via da redução dos escalões e do encolhimento da sua progressividade, é o mesmo ministro da Saúde do mesmo Governo que vem agora clamar por uma ‘reforma’ do financiamento do Serviço Nacional de Saúde por via da progressividade dos impostos, os que podem mais pagam. Ou anda distraído, ou anda a gozar com a cara dos cidadãos, ou anda a apostado em lançar a confusão a três meses das eleições...
[Imagem de autor desconhecido]
E porque há-de o dinheiro do contribuinte, por interposta pessoa o Ministério da Saúde, pagar a um heterónimo da Igreja Católica, com a inócua e incolor denominação de Instituições Particulares de Solidariedade Social, para fazer aquilo que o Estado, que já paga às IPSS, e não é assim tão pouco quanto isso, por via das transferências do orçamento do Estado, não faz?
Dito de outra maneira, porque é que um médico faz numa IPSS, pago pelo dinheiro do contribuinte, por interposta pessoa o Ministério da Saúde, aquilo que não faz no Serviço Nacional de Saúde, pago pelos mesmos suspeitos do costume e sem intermediários?
Porque é que o ministro da Saúde, por interposta pessoa o Ministério da saúde, se demite das suas competências?
Ninguém perguntou ao ministro...
«Quer ter médico de família? Pode ter de ir a uma IPSS»
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O que nós gostavamos todos de saber é quanto é que foi, em percentagem e em euros, o aumento para o bolso do contribuinte entre 2011 e 2014 no pagamento pelo Governo a agências de comunicação [e já agora o nome das agências e quem é quem nas "relações perigosas" com o poder] para plantarem notícias nos jornais a enaltecer o espírito de missão e o serviço público e a defesa do Estado social pelo Governo PSD/ CDS, por coincidência e só por coincidência logo logo logo a seguir ao caso dos doentes com hepatite C, danos colaterais "custe o que custar".
[Imagem de autor desconhecido]
O direito do mais forte à vida, o direito do mais forte à liberdade. Quem tiver dinheiro paga pelo acesso aos cuidados de saúde, pelo acesso à justiça, pelo acesso à educação. Tudo são números e as pessoas acima de tudo são números e quando as pessoas deixam de ser números é porque passaram a ser danos colaterais, menos um a atrapalhar na cadeia alimentar. Ao contrário do que escreveu Jean-Jacques Rousseau em "O Contrato Social", o homem é naturalmente mau, sendo a sociedade, instituição regida pela política, a responsável pela sua humanização. É por isso que é importante desregular, desmantelar o Estado, liberalizar, abolir a solidariedade e expurgar qualquer réstia de humanidade. Louvor ao Deus Mercado que matou a herança e a tradição judaico cristã.
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Um ministro da Saúde que aparece nas televisões a dizer, sem se rir ou sem sequer pestanejar ou enrolar a voz, que «o caos nos hospitais se deve aos 600 médicos que se reformaram», que a «culpa é das reformas antecipadas», é um ministro que não tem a noção da dimensão e do impacto das "reformas estruturais" e das "reformas sectoriais" levadas a cabo pelo ministro da Saúde do Governo e pelo Governo do ministro da Saúde. Vive numa realidade paralela, portanto.
O ministro da Educação garantiu a abertura do ano escolar a tempo e horas e uma colocação eficaz dos professores.
A ministra da Justiça garantiu que ia tudo correr sobre rolamentos oleados com a "maior reforma no sector desde os idos de D. Maria".
O ministro da Saúde garante que Portugal está preparado para o vírus do ébola.
[Imagem 'Mickey is also a Rat' Series by Nicolas Rubinstein]
Um Governo de fanáticos, ideologicamente cegos e sem a mínima intenção de flexibilização negocial, mete mãos à obra de aplicar à sociedade uma cartilha política que, além de não ter sido sufragada em eleições, foi escondida dos cidadãos pela omissão e pela mentira e, quando determinados sectores da sociedade reagem em defesa do bem comum, ó da guarda que é "por motivos políticos" que exploram o descontentamento da sociedade. Se calhar a sociedade que se sente enganada e usada pela mentira política que não foi a votos. Fazer os outros de estúpidos é isto.
[Imagem de Fred Stein]
Taxa-se, por exemplo, a cerveja a pretexto… não interessa o pretexto porque para este Governo todos os pretextos para taxar são bons e quando não há pretexto inventa-se um. A taxa reflecte sobre o consumidor no preço a pagar. O consumidor retrai-se e deixa de comprar ou passa a comprar menos. Como o consumidor não compra, ou compra menos, a fábrica não produz. Como a fábrica não produz, por falta de procura, faz o ajustamento interno e despede trabalhadores e/ ou rescinde contratos de trabalho. Aumenta o número de desempregados a receber subsídio na proporção exacta ao número de empregados que deixa de descontar para a Segurança Social. Como o número de desempregados a receber subsídio aumenta reduz-se o valor do subsídio a pagar e a sua duração temporal. Como o consumo sofreu uma queda, por via da taxa, os hipermercados, supermercados e pequeno comércio deixam de vender. Algum pequeno comércio [bares, restaurantes] despede empregados ou fecha portas, não só porque o preço do produto aumentou mas também porque há mais gente a receber menos e um desempregado tem mais onde gastar dinheiro do que andar por aí a comprar e a beber cervejas. Mais gente a recorrer ao subsídio de desemprego. Como o comércio não vende o volume de impostos a recolher pelo Estado baixa consideravelmente. Para substituir os impostos que o Estado deixou de arrecadar o Governo cria uma nova taxa. Se calhar sobre o ar que se respira. Até uma criança percebe, excepto estas crianças que se entretêm nas artes da desgovernação de um país.
O que o ministro pensa ou deixa de pensar, diz ou deixa de dizer vale tanto quanto fiador na praça, é apenas mais um verbo-de-encher cúmplice na destruição da economia e do país.
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Estar no Parlamento só por estar, porque alguém a mandou estar, para fazer número e "levantar a mão" na hora da votação, com total desconhecimento das metas e dos objectivos do Governo, que a maioria PSD/ CDS-PP a que pertence suporta, para, e nomeadamente, a saúde: cortar, cortar, cortar, privatizar, privatizar, privatizar, destruir as funções sociais do Estado. Castigo com ela.
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