"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Que os 1% mais ricos sejam "impostados" [como dizem os imbecis] de forma a proporcionarem uma existência mais digna a quem contribuiu ao longo de uma vida de trabalho para o seu acumular de riqueza.
Cinco anos depois a consciencialização chega ao canto mais ocidental da Europa.
No país dos 900 € de salário médio e de 530 € de mínimo, estipulado por lei, para a direita radical a "classe média" é proprietária de imóveis de 500 mil euros como valor patrimonial tributável, primeira habitação excluída e prédios para arrendamento protegidos. Ou estamos perante uma Nação toda ela expert em enganar o fisco - e sem recurso aos serviços da Goldman Sachs, ou o mal parado da banca nacional é aqui explicado, ou a capacidade de aforro das famílias portuguesas é uma coisa nunca por ninguém imaginada, ou...
[Quando a direita radical tratou de esbulhar o contribuinte via IMI com recurso ao Google Earth e ao Google Maps, levando tudo a e conseguindo com que palheiros e arrumos perdidos numa serra aumentassem 50 vezes o valor eito tributável, era a "equidade nos impostos"]
E o dízimo que é pago voluntariamente via declaração de IRS ou por transferência do Orçamento do Estado para os heterónimos vários da Igreja católica, as IPSS.
O sentimento de posse e o direito de propriedade são prejudiciais ao homem novo que se quer na nova relação feudal servo-senhor que é o neoliberalismo libertador do Estado e criador de emprego e riqueza.