Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A direita do pastel de nata

por josé simões, em 25.06.19

 

Chang Chao-Tang.jpg

 

 

De cada vez que uma qualquer Bloomberg se lembra de aparecer com um "The Unlikely Rise of the Pastel de Nata, and Why It’s Suddenly Everywhere" saem logo a terreiro os aios e os escudeiros da direita radical de plantão às "redes sociais" em defesa do Álvaro com um "estão a ver? gozaram com o homem eppur si muove" sem se darem ao trabalho de explicar aos povo ignaro o que é que Portugal ganha, quanto é que Portugal ganha, qual é o impacto na economia, o crescimento das padarias e pastelarias, pequenas, médias e micro empresas, por haver produção de pastel de nata desde a China à Rússia, passando pela Indonésia e pelas ilhas Fidji e Santa Cona do Assobio, e que o pastel de nata da Bloomberg, do Economist ou do Charlie Hebdo é tão português como italiana é a pizza do Lidl para aquecer no forno em 6 minutos, a pizza, esse produto originário de Little Italy em Mulberry Street, Nova Iorque.

 

[Imagem]

 

 

 

 

|| Um Governo de pastéis

por josé simões, em 16.01.12

 

 

 

Há mais de 30 anos, ou há 30 anos atrás como agora se usa, andava o nosso primeiro-ministro a frequentar o curso de aprendiz de feiticeiro e o ministro da Economia a jogar ao berlinde, ido de Portugal, com uma mão à frente e outra atrás, o senhor Carlos abriu em Portobello, Londres, mesmo na rua em que Notting Hill, com Hugh Grant e Julia Roberts, foi filmado, e à época uma espécie de Zona J lá do sítio, o café Lisboa, a vender galões, bicas, pastéis de nata e outra doçaria tradicional portuguesa, e, mesmo em frente, do outro lado da rua, uma mercearia portuguesa, com bacalhaus na porta e tudo.

 

E fez uma casa que, sendo frequentada por portugueses, não é ponto de encontro da comunidade portuguesa, é universal e cosmopolita numa cidade com mais de 10 milhões de habitantes. E, mais importante, não precisou do Governo português para nada, nem de um ministro da Economia idiota [do grego idiótes, o homem privado - em oposição ao homem de Estado, ou público], sublinhado e assinado por baixo por um primeiro-ministro não menos idiota.

 

[Na imagem print screen do Google Earth com a localização do café Lisboa e do café Porto, também propriedade de um emigrante português. Logo a seguir à curva, no canto superior direito, fica a sede do Sporting, mas como não há cidades perfeitas…]

 

 

 

 

 

 

|| Volta Manuel Pinho!

por josé simões, em 12.01.12

 

 

 

Com cornos e tudo que a gente perdoa.

 

[Cenas dos próximos capítulos: a seguir o ministro da Economia vai perguntar porque é que Portugal não tem ministro da Economia]