"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Podemos sempre recuperar a polémica anos 80, e anos-quando-der-jeito, da "traição à Pátria" pelo suposto financiamento do PCP pela então URSS, a menos que os campos da luta ideológica sejam mais, substancialmente mais, traição à pátria, para um país membro da União Europeia e da NATO, do que o campo do selling England by the ruble pound, segundo o mui liberal princípio de que o dinheiro não tem cor nem bandeira nem pin na lapela.
Entre o humanismo e a lucidez de António Guterres e o populismo demagogo de Nigel Farage, os tories optaram por Nigel Farage, numa fuga para a frente e numa tentativa de minimizar os danos da anunciada vassourada nas próximas eleições. [O passo seguinte, e depois do descalabro, é encostar à agenda xenófoba e racista de Nick Griffin...].
É já um clássico na Europa do séc. XXI, "casa onde não há pão e todos ralham e ninguém tem razão", e com a respectiva correspondência no lado de cá do canal, com o "socialista" Manuel Valls a trabalhar pelos enfants de la Patrie em modo Marine Le Pen.