"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
A bus with passengers sitting on the roof with belongings, drives past a damaged vehicle, a day after separatist militants conducted deadly attacks, in Bolan district of Pakistan's restive province of Balochistan, Pakistan. Reuters/ Naseer Ahmed
Relatives and mourners carry the casket of a victim killed in Sunday’s suicide bomber attack in the Bajur district of Khyber Pakhtunkhwa, Pakistan, Monday, July 31, 2023. Pakistan held funerals on Monday for victims of a massive suicide bombing that targeted a rally of a pro-Taliban cleric the previous day. AP Photo/ Mohammad Sajjad
Flood victims use an inflatable tube as they travel in flood waters, following rains and floods during the monsoon season, in Dera Allah Yar, Jafferabad, Pakistan August 31, 2022. Reuters/ Amer Hussain
A displaced man transports usable belongings salvaged from his flood-hit home across a flooded area in the Shikarpur district of Sindh province, Pakistan, Tuesday, Aug. 30, 2022.
«At least five times this month, a Pakistani bureaucrat who works from a colonial-era barracks in Karachi, just down the street from the former home of his country’s secularist founder, Mohammed Ali Jinnah, asked Twitter to shield his compatriots from exposure to accounts, tweets or searches of the social network that he described as “blasphemous” or “unethical.”
All five of those requests were honored by the company, meaning that Twitter users in Pakistan can no longer see the content that so disturbed the bureaucrat, Abdul Batin of the Pakistan Telecommunications Authority: crude drawings of the Prophet Muhammad, photographs of burning Qurans, and messages from a handful of anti-Islam bloggers and an American porn star who now attends Duke University.»
Até porque da sua boa sorte e do seu bom sucesso depende a visibilidade de milhões de mulheres, adolescentes e crianças do sexo feminino, espalhadas por todas as latitudes do globo, vítimas inocentes e indefesas às mãos dos islamo-fascistas.
Mas que me desculpem, não é defeito é feitio, não me convence o estrelato e a mediatização da miúda, isto soa, e reluz, a descarga de consciência da hipocrisia ocidental, pródiga em arranjar ícones que lhe permitam continuar descansada, de pantufas no sofá, tablet nos joelhos e comando da tv ao lado, enquanto a realpolitik dos negócios, sujos, com regimes ditatoriais, corruptos e desrespeitadores dos direitos humanos, segue o seu caminho, à luz do dia e ao lusco-fusco – o "filão" começou com Agnes Gonxha Bojaxhiu, para a aldeia global Madre Teresa de Calcutá.
Bibi Aisha, vítima de uma barbaridade inominável, estava bem colocada na grelha de partida, mas, por acaso do destino, Malala Yousafzai, para azar dela própria, ultrapassou-a na recta da meta. Uma criança a caminho da escola, um direito tão natural como respirar, aqui na "civilização", toca mais fundo nos corações moles ocidentais, com exércitos profissionais para fazer a guerra, instagramada, e manter a paz e o way of life.
Que tenha muita sorte, que seja muito bem sucedida, Allah maik e assim. Vai crescer, aprender e descobrir por ela própria como é que é o outro lado, este lado. Nós por cá continuamos muito preocupados quando as Bibis e as Malalas aprecem em 30 segundos de telejornal. Depois dá a telenovela e o reality show e o resumo da jornada do pontapé na bola e damos qualquer coisa nas campanhas à porta do hiper e do super.
Os sapatos que Paulo Portas calça são Made in S. João da Madeira?
E quando ele começa a debitar populismo não há um jornalista, um só que seja, que lhe diga: oh stôr (assim mesmo que a direita é muito ciosa do seu estatuto) mostre lá aí as etiquetas da sua roupa (sff, que também se usa).
(Imagem de Narendra Shrestha para a EPA, via Guardian)