Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Bago a bago...

por josé simões, em 29.01.15

 

MarlousvanderSloot_Likijsje-London Art Fair.jpeg

 

 

 

Quando a tarefa é desmantelar o Estado social em favor das IPSS da caridadezinha e dos negócios com a miséria alheia é ver, principalmente os cê-dê-ésses, de Paulo Portas a Pedro Mota Soares passando por Nuno Magalhães e Telmo Correia, todos lampeiros de parlapiet e sem ser preciso uma ordem do tribunal, com a justificação de que é porque são os que estão desde sempre no terreno, mais próximos das pessoas, de quem precisa, blah-blah-blah, que têm melhor conhecimento das carências e das necessidades, blah-blah-blah, o quarto sector e a economia social que cria emprego, nem que seja às custas do bolso do contribuinte por via das transferências do Orçamento do Estado, o que nunca é dito no blah-blah-blah, mesmo que isso implique criar desemprego no Estado, que é o que interessa e que também nunca ninguém se lembra de dizer nem de traçar "linhas vermelhas", e que uma vez acabado o subsídio de desemprego e os apoios ao ex-trabalhador do Estado agora desempregado este vai, inevitavelmente, ser socorrido pela economia social e pelo quarto sector que cria emprego às custas do bolso do contribuinte.

 

 

“O Instituto de Segurança Social tem mais pessoas em regime de outsourcing do que os trabalhadores que pretende dispensar através da requalificação. Nos vários serviços do ISS há [...] 692 pessoas contratadas a empresas externas para as áreas da limpeza e 120 postos de vigilância. Ao todos são mais de 800 trabalhadores em regime de outsourcing, mais do que os 635 funcionários do ISS que estão nas listas para a requalificação e que, em muitos casos, poderiam desempenhar essas funções.

 

 

A informação foi prestada pelo ISS à Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), depois de ter sido intimado pelo tribunal.

 

 

E há mais, muito mais, até ao dia das eleições que o Presidente do Governo e iniciativa presidencial recusou antecipar a data por o trabalho ainda não estar terminado.

 

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| Me liga, vai…

por josé simões, em 10.02.14

 

 

 

Aqui há uns tempos, já na vigência da troika e na implementação do programa de desmantelamento do Estado social e extermínio dos funcionários públicos, deu grande rebuliço nos media um dos tais a exterminar que gastou não-sei-quantos milhares de euros em chamadas para linhas de valor acrescentado. Um funcionário público, o malandro, o chulo, o Orçamento do Estado, o dinheiro dos contribuintes, se fosse no privado… Aliás, ou há liaz como diz o senhor Coelho, no privado estas coisas nem se colocam, andam ali direitinhos que nem fusos, olá se andam.

 

Deve ser alguma linha dessas, jogos, concursos, ou chamadas eróticas. Me liga, vai…

 

«Passos Coelho contratou uma empresa, em regime de outsourcing, para assegurar o atendimento telefónico na residência oficial do primeiro-ministro por 25,1 mil euros. Isto apesar de ter no seu gabinete dez secretárias pessoais, nove auxiliares, e 12 pessoas a prestar apoio técnico-administrativo em São Bento.»

 

[Nina Parks na imagem]