||| As notícias sobre a morte do arco da governação eram manifestamente exageradas
Pedro Passos Coelho que, em tempos que já lá vão, havia recusado a demissão irrevogável de Paulo Portas, foi agora incapaz de travar o voto contra do CDS ao último Orçamento Rectificativo da coligação PSD/ CDS, porque o CDS não era parte do Governo que meteu 700 milhões de euros do contribuinte num banco falido, porque o CDS não era parte do Governo que aguentou 8 – oito – 8 planos de reestruturação do banco recusados – 8 – oito – 8 vezes pela Comissão Europeia, porque o CDS não era parte do Governo que escondeu o BANIF dos contribuintes para não sujar a saída limpa e dos eleitores para não manchar a limpeza da campanha eleitoral, porque o CDS não era parte do Governo que viu o BANIF desvalorizar 97% desde que recebeu 700 milhões de euros do dinheiro do contribuinte, porque o CDS não era parte do Governo que reconduziu Carlos Costa como Governador do Banco de Portugal para esconder o BANIF depois de ter feito de biombo ao Banco Espírito Santo. E, enquanto Pedro Passos Coelho, a começar a ficar sem mão no partido, gastava quase metade de uma manhã para assegurar a abstenção do PSD na votação ao Orçamento Rectificativo do Governo PSD/ CDS, Paulo Portas, autor do bestseller "O Contorcionismo Sem Mestre", dois anos e meio depois da demissão irrevogável declarava oficialmente o óbito da coligação aventesma e fazia um upgrade à geringonça, com os voto contra do CDS ao Rectificativo do Governo PSD/ CDS, ao lado das bancadas do PCP e do Bloco de Esquerda.
As notícias sobre a morte do "arco da governação" eram manifestamente exageradas, assim como manifestamente exageradas eram as notícias que davam conta do fim dos partidos de protesto que viram o "arco do reviralho" aumentado com a inclusão do CDS.
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