"Por culpa do Governo" ganha nova alínea
Multado em excesso de velocidade, por culpa do Governo [que só quer arrecadar].
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Multado em excesso de velocidade, por culpa do Governo [que só quer arrecadar].
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Desde o dia da maioria absoluta até ao dia da tomada de posse do novo Governo quantas medidas mais vão cair, como é que vai ficar o Orçamento do Estado mais à esquerda de todos os tempos, mostrado como cenoura à frente do burro por António Costa no debate para as Legislativas?
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A narrativa, desde o primeiro minuto a seguir ao chumbo do Orçamento do Estado, em todas as televisões, rádios, jornais e mais espaço de comentário: "A esquerda à esquerda do PS vai ser penalizada nas urnas pelo chumdo do OE".
A sondagem Aximage para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF.
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Marcelo já conseguiu aparecer no Banco Alimentar Contra A Fome, em Alcântara, na noite do rescaldo das eleições, fazendo questão de previamente avisar as televisões para, não comentar comentando, disfarçado de voluntário. Ontem, chumbado o Orçamento do Estado, em mais um acto circense, imagem de marca, foi ao multibanco. Partindo do princípio que não foi pagar as quotas de umas centenas de militantes do PSD, do sindicato de votos do dilecto Rangel na corrida à liderança, porque é que na ida e volta se arrependeu de comentar é a grande incógnita.
Porque há-de ser a esquerda e não o PS penalizado nas urnas por não viabilizar o Orçamento de Estado? Porque os comentadeiros vitalícios assim o decidiram e já estão a trabalhar para isso. Como diz o povo, o que tem de ser tem muita força.
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O PCP e o Bloco a verem-se na obrigação de votar, abdicando dos seus princípios, para evitarem a chegada ao poder da extrema-direita, fruto do descontentamento de décadas de governação do PS, coligado com a direita e/ ou com a agenda da direita, mas que não sai um milímetro do seu lugar nem que chegue a extrema-direita. É o regresso do bicho-papão, freneticamente agitado por tudo o que comentador e analista, prontamente replicado nas redes pelas câmaras de eco.
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E António Costa, como é quer ficar para a história, como o político que pela primeira vez conseguiu unir a esquerda ou como o homem que entregou o poder à direita para desmantelar de vez aquilo que resta do Estado social?
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Ouvir o presidente do sindicato dos patrões à saída da audiência com o primeiro-ministro acusar o Governo de alterar a legislação laboral no Parlamento para fugir à responsabilidade na Concertação Social, depois de décadas de sucessivos governos a usarem a Concertação Social para fugirem às responsabilidades na Assembleia da República, como se a Concertação Social fosse uma câmara alta parlamentar e não uma conversão do corporativismo à democracia, como forma de desresponsabilizar os governos perante parlamentos democraticamente eleitos.
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Ver Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, com genuíno prazer a comentar em tempo real as declarações e tomadas de posição dos partidos à esquerda do PS que suportam o Governo no Parlamento, a antecipar cenários a semanas e meses de distância, a certa altura completamente desligado de tudo o que o rodeava, olhar perdido no vazio, a ouvir-se a si próprio, quiçá deslumbrado com o seu brilhantismo, sem que nenhum pé de microfone tenha iniciativa de lhe dizer "senhor Presidente, quando chegar a casa vá à box e faça rewind". É o que há.
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Miguel Albuquerque queixa-se de Passos Coelho, do tempo em que Miguel Albuquerque era escudeiro de Passos Coelho.
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Pessoas que há 30 anos não são despedidas nem têm salários em atraso queixam-se nas televisões de que não são aumentadas há 10 anos.
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"Só". Quantos portugueses são 1,5 milhões de famílias?