"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Vamos lá a ver se percebemos isto, as eleições autárquicas de Setembro, aquelas que Passos Coelho já deixou bem claro não ir tirar ilações políticas, porque autarquias são autarquias e Parlamento é Parlamento [e só António Guterres é que caiu daí abaixo], são as mesmas eleições autárquicas de Setembro em que, contrariando a tendência desde 1975, a abstenção vai diminuir drasticamente porque os "pestes grisalhas" vão todos a correr votar no PS, no Bloco e na CDU por o Governo da 'Geringonça' lhes ter aumentado a pensão/ reforma em Agosto?
[Na imagem a inspiração para o manual para políticos que nunca ninguém escreveu, "O Contorcionismo Sem Mestre"]
A DBRS não baixou o rating do país e isso “são boas notícias para o Governo”, a menina do telejornal do Mário Crespo na televisão do militante n.º 1 – SIC Notícias, porque se isto tudo der para o torto quem arca com as culpas e as consequências é o Governo, coisa que nos idos do Governo da direita radical eram “boas notícias para o país” e, com um bocado de jeito, para toda a zona Euro.
A menina do telejornal do Mário Crespo na televisão do militante n.º 1 – SIC Notícias antes de introduzir a "análise" do Zé Programa de Governo. Que isto da DBRS não baixar o rating do Governo da Geringonça, quando antes podia baixar o rating de Portugal, é tudo concertado com os mercados, porque os os investidores precisam de dívida pública rentável, já que a alemã dá juro negativo, e porque há buéeeee fundos de pensões espalhados por esse mundo fora que vivem dos juros de países lorpas como Portugal.
Se isto não é a filha da putice em directo e em horário nobre...
Só por si o jornalismo engagé e a imprensa do pensamento único dominante explicam que o relatório do éfe éme i "mau" tenha tido honras de primeiras páginas e de aberturas de telejornais e o outro, o do éfe éme i "bom", tenha passado pelos intervalos da chuva?
Não só a estapafúrdia regra dos 3% é cumprida como até fica abaixo da linha de água e o resto é conversa. A conversa dos dois éfe éme is que ciclicamente aparecem para nos atormentar, o éfe éme i bom, com o relatório a apontar o erro de reduzir salários e pensões, o éfe éme mi mau, a avisar que não só é preciso conter salários e pensões como é urgente cortar ainda mais. Siga.
"mudam os discursos em função das plateias que têm pela frente, nós não somos desses". Luís Montenegro, líder do grupo parlamentar do PSD dirigindo-se à bancada do PS antes da votação do Orçamento do Estado para 2016.
Foi por isso que nós votámos contra, na generalidade, e nos vamos abster, na especialidade, por ser "mais realizável". Uma coisa e o seu contrário no mesmo dia, na mesma ocasião e até na mesma frase são pormenores e a coerência é mesmo essa já que o sentido de responsabilidade fica para melhor ocasião. "Social-democracia, sempre!".
O tempo corre contra Passos Coelho. Passos Coelho corre contra o tempo. O tempo corre mais rápido que Passos Coelho. O tempo está a esgotar-se para Passos Coelho. O tempo de Passos Coelho não é o tempo do partido de Passos Coelho. O partido de Passos Coelho começa a ficar sem tempo. Passos Coelho não tem a noção do tempo.
Ver Miguel Morgado, um dos ideólogos do "social-democrata, sempre!" Pedro Passos Coelho, no debate parlamentar ao Orçamento do Estado para 2016, "muito bem! muito bem!", sentado ao lado de Marco António, de Gaia, diz muito da espinha dorsal dos nossos liberais de pacotilha.
Enquanto Hugo Soares, o deputado do PSD cujos únicos contributos conhecidos para a democracia são o ter feito de his master’s voice com um referendo à co-adopção nos intervalos de passar manhãs e tardes no Parlamento a mandar bocas à oposição e a dizer "muito bem!" quando os seus correligionários discursam, gozava à descarada com o deputado do PAN, André Silva, demonstrando uma total falta de respeito e de educação, que se adquire em casa e não com o exame da 4.ª classe, o "primeiro-ministro no exílio", Pedro Passos Coelho, acompanhado de grande burburinho nas bancadas PàFiosas, abandonava o hemiciclo durante a intervenção do primeiro-ministro de facto, aparentemente em protesto por António Costa ter usado o termo "mavioso" para adjectivar Paulo Portas.
Independentemente de, em 2016, século XXI, haver em Portugal quem se auto-denomine "Journalist, business and politics, web addicted", ostente no currículo "former Editor-in-Chief of Económico" e ganhe a vida como "editorial committee of TVI" sem perceber nada de jornalismo, de comunicação, de comunicação social, de web e de "redes sociais" [se fosse Obama a falar directamente pelo tubo era a descoberta da pólvora, a next big thing e blah-blah-blah, como foi António Costa é só o Caetano 2. 0], não sei se o mais estúpido, neste estúpido tuite, é, implicitamente, admitir que António Costa para contornar a deturpação da mensagem e a censura imposta pela comunicação social do pensamento único dominante recorre a ferramentas de comunicação global e massiva, sem filtros e que já não são a televisão do futuro mas a televisão do presente, se a estupidez, revisionista da história, ao afirmar que o Presidente do Conselho do Estado Novo, Marcello Caetano, para fugir à censura imposta à imprensa escrita pelo Comissão de Censura - "lápis azul", do Estado Novo, comunicava pela televisão estatal única do Estado Novo de que era Presidente do Conselho de ministros.
Pedro Passos Coelho acusa o Governo de falta de transparência no processo de privatização da TAP e espera obter esclarecimentos "o mais rapidamente possível", defendendo, ainda, que o Governo não deve ficar à espera que sejam os partidos a chamar o executivo ao parlamento.
"Esta não é uma maneira correta, adulta, não é uma forma madura de tratar os portugueses e a política portuguesa", disse.