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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| O Presidente de uns quantos portugueses

por josé simões, em 20.01.14

 

 

 

Não passa pela cabeça de ninguém no seu perfeito juízo que, sendo o Representante da República para as regiões autónomas um cargo de nomeação presidencial, o envio para o Tribunal Constitucional do Orçamento dos Açores para 2014, a pedido de Pedro Catarino, o representante, não tenha sido sob prévia consulta e que não tenha tido a anuência do Presidente da República Cavaco Silva, o nomeador do representante.

 

Assunto despachado pelo Tribunal Constitucional "em menos de um fósforo", "enquanto o Diabo esfrega um olho", no que diz respeito às normas que suscitaram dúvidas ao representante, normas aprovadas por unanimidade pelo parlamento regional, e cujos partidos da oposição, depois de conhecida a decisão do Tribunal Constitucional, foram os primeiros a assestar baterias contra o representante de Cavaco Silva do Presidente da República na Região Autónoma.

 

O mesmo Cavaco Silva Presidente da República que, escudado em carradas de pareceres fornecidos por rebanhos de assessores e consultores, se recusou enviar o Orçamento do Estado para 2014 para o Tribunal Constitucional, aprovado na Assembleia da República com os votos favoráveis da maioria e com os votos contra de toda a oposição.

 

Cavaco Silva, o avisador avisado, em todo o seu esplendor, Presidente de uns quantos portugueses, na defesa do Governo do seu partido e de sua iniciativa presidencial, e apostado numa guerra de guerrilha a um governo legítimo de uma região autónoma, parte integrante do território nacional, só porque não lhe agrada a cor.

 

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