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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O belo do algoritmo

por josé simões, em 27.03.23

 

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Era esta a publicidade que aparecia quando se entrava no Notícias ao Minuto para saber que o Tribunal da Relação de Lisboa deu razão ao Sócras sobre os "prazos para recorrer e arguir irregularidades e nulidades da decisão instrutória do processo Operação Marquês". Perfeito, perfeito, era ter o Gabriel Cardoso a cantar "Ericeira, onde o mar é mais azul", como música de fundo enquanto se fazia uma tournée pelo T3+1.

 

 

 

 

O valente soldado Salgado

por josé simões, em 29.07.21

 

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A questão que se coloca é: Ricardo Salgado leu Jaroslav Hasek?

 

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Jacinto Leite Capelo Rego *

por josé simões, em 15.04.21

 

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Juventude Popular [JP] – Protesto contra José Sócrates [Ericeira, 14 de Abril de 2021]

 

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* Título do post

 

 

 

 

Ainda gozam com o pagode

por josé simões, em 14.04.21

 

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Primeiro foi o Chicão, alegado líder do partido de Jacinto Leite Capelo Rego, do caso Portucale arquivado, das escutas que davam um banqueiro a pagar o salário do líder, dos submarinos sem corrompidos em Portugal pelos corruptores julgados e condenados na Alemanha, vir a terreiro que "o sistema judicial está doente".

 

Dias depois aparece o doutor Rui 'banho de ética' Rio, eleito chefe de facção pelo sindicato dos votos dirigido por Salvador Malheiro, do PSD desde o PPD a acumular casos até ao apogeu no cavaquismo, tantos que para referir tudo era preciso um blogue só dedicado à causa, clamar que "o regime está muito doente".

 

A lata. Quarenta e tal anos de construção de um monstro emaranhado jurídico, a meias entre PS e PSD com a prestimosa colaboração do CDS, com mais buracos de fuga que um queijo suíço e escapatórias para pesados que uma auto-estrada, chegando ao ponto da contagem de uma data ser passível de duas interpretações. "o sistema judicial está doente". "o regime está muito doente". Adoeceu sozinho. Ou então é tudo culpa do 'gonçalvismo', há muito tempo que ninguém fala nisso.

 

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"Dantes é que era"

por josé simões, em 12.04.21

 

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Quando um dos principais beneficiados com a instrução do "Processo Marquês" foi o intitulado "Dono Disto Tudo" - Ricardo Salgado, que viu todas as acusações contra si caírem, por incompetência do Ministério Público e dos juiz encarregado da investigação, é convocado por WharsApp um panelaço sul-americano para a hora em que José Sócrates é entrevistado na televisão, invocado os "donos disto tudo que governam o país há quase 50 anos", que são precisamente os 47 anos que o 25 de Abril faz este mês. E só este "peru menor" dos "quase 50 anos" devia meter a pensar o "povo honesto que é obrigado a trabalhar [sic] sem a devida compensação", os "portugueses que pagam impostos",  como é moda agora dizer, para não acabarem portugueses que votam no André Ventura, que ajudava portugueses a fugir aos impostos e a branquear capitais quando trabalhava para Tiago Caiado Guerreiro enquanto era funcionário da Autoridade Tributária com acesso a informação privilegiada. Os "portugueses de bem" que agora retribuem com o financiamento do Chega e de André Ventura, o André Ventura investigado no "Processo Monte Branco" por fraude fiscal e branqueamento de capitais enquanto deputado e empregado da Finpartner, o André Ventura que foi chamado a depor na investigação "Vistos Gold" por ter colaborado num parecer, enquanto inspector tributário, que isentou em 1.8 milhões de euros a empresa Intelligent Life Solutions, de Paulo Lalanda de Castro, ex-patrão de Sócrates.

 

"Há quase 50 anos", porque antes dos "quase 50 anos" houve outros quase 50 anos, mais precisamente 48 de fascismo, em que Portugal era um paraíso de ética, honestidade e integridade para os actuais, e antigos, "Cheganos", e onde o "povo honesto" não era obrigado a trabalhar para pagar nada a ninguém e recebia por isso a "devida compensação": fome, pé descalço na rua, instrução só para "portugueses de bem", falta de saneamento básico, água e luz, saúde para quem a pagasse, analfabetismo e mortalidade infantil, pensões e reformas do que conseguisse amealhar entre o nascer e morrer a trabalhar sem horário, folgas e férias, filhos para a guerra colonial e respeitinho é muito bonito porque manda quem pode e obedece quem deve.

 

Como diz o "povo honesto", Deus quando deu a cabeça não foi só para pôr o chapéu.

 

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Socorro, vem aí o Ventas!

por josé simões, em 10.04.21

 

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Que o Estado de direito democrático deve abdicar de sê-lo e condenar a pedido da turba só porque se não o fizer vai favorecer a ascensão do Chaga, é o argumento mais espantoso que se tem ouvido nestes dias, desde anónimos a políticos super star com assento e acento no prime time, passando por jornalistas. O medo do populismo de extrema-direita para se passar a actuar como se vivêssemos num Estado governado por um partido populista de extrema-direita é um jogo perigoso de se jogar e o Ventas, percebendo isso melhor que os anónimos, os políticos super star e os jornalistas, chapéu, começa a capitalizar por antecipação e força ainda mais com pressões inaceitáveis sobre o tribunal guardião da Constituição da República sob a forma de manifestações.

 

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Um RIP para a "excelência" de Joana Marques Vidal

por josé simões, em 09.04.21

 

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Ivo Rosa, aquele juiz legalista dos filmes 'amaricanos', que quer tudo by the book, e que a direita do tugão gosta de invocar para mostrar a eficácia e a superioridade do sistema em relação ao nosso, desmonta toda uma acusão feita sem provas - anos e anos nos media "o Ministério Público acredita", "o Ministério Público suspeita", nunca "o Ministério Público tem provas irrefutáveis". E as provas que há foram obtidas de forma ilegal, as que não foram obtidas de forma ilegal são insuficientes, e nas que bastam o crime já prescreveu. É mau demais para ser verdade, mas é. E a verdade é que isto é todo um programa de incompetência, não começou com José Sócrates, é toda uma construção que vem de trás, o caso Portucale arquivado, o caso dos submarinos com condenados por corrupção na Alemanha sem corrompidos em Portugal, por exemplo. É mais fácil julgar e condenar na primeira página do Correio da Manha e é uma irresponsabilidade levar alguém à barra do tribunal na  base do "quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vêm", como ainda se fez público. Carlos Alexandre e Rosário Teixeira prestaram um grande serviço ao populismo e ao justicialismo. E a José Sócrates, que saiu lampeiro e sorridente do tribunal a falar em "compensação" e a dar lições de jornalismo aos jornalistas. Isto vai acabar tudo no Tribunal de Justiça da União Europeia com indemnização paga pelo Estado português, que é como quem diz nós, os contribuintes.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Corrupção e poças de água

por josé simões, em 08.04.21

 

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Diz o Zé Gomes 'programa de governo' Ferreira na televisão do militante n.º 1 que não precisamos ver a chuva a cair para saber que choveu durante a noite, basta sair à rua de manhã e ver as poças de água, logo, se o Sócras metia torneiras de luxo no apartamento de Paris e ia às compras ao Sunset Boulevard de Los Angeles é mais do que provado que é corrupto.

Daí até ao Zé Gomes 'programa de governo' Ferreira aparecer na televisão do militante n.º 1 a dizer que estava a almoçar num restaurante e que ouviu um casal na mesa ao lado, que iam tirar todo o dinheiro do BES, que o banco estava em risco de falir, e que interrompeu o repasto para se dirigir à mesa e dizer que não senhor, que isso era tudo uma treta e que ele próprio, se tivesse poupanças assinaláveis, ia já amanhã comprar acções do GES, para no dia a seguir o GES ter dado o peido mestre, com todo o rol de desgraças e misérias que sobrou até ao dia de hoje para o contribuinte, e sem perspectivavas de tão cedo vir a acabar, para uns tempos depois o jornal do militante n.º 1 avançar que tinha uma lista de jornalistas avençados do BES, que eram pagos pelo Ricardo Salgado para só dizer bem do banco e constuir narrativas de modo a enrolar investidores e pequenos aforradores, em linguagem comum conhecidos por totós, e depois essa lista nunca mais ter aparecido até aos dias que correm, os dias em que a gente sai à rua e vê as poças de água e sabe que choveu durante a noite. É isto, não é?

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 22.11.19

 

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"As minhas despesas são igualzinhas a um pai que decide mandar estudar um filho para uma universidade inglesa. Fizemos uma vida normal em Paris. E financiei isto com os 450 mil euros que a minha mãe me deu e com os rendimentos da Octapharma… Somente nas mentes maldosas se chama vida de luxo. Nunca tive vida de luxo!". José Sócrates ouvido pelo juiz Ivo Rosa.

 

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O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 01.08.19

 

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Depois de anos de fugas de informação em segredo de justiça para julgamento e condenação no tribunal da rua que é a primeira página do Correio da Manha em cima de todas as mesas de taberna e balcões de café de norte a sul do país, sem que aos implicados tenha sido "concedida previamente a faculdade de poder exercer devidamente o seu direito de defesa" e sem que da boca do Meritíssimo Juiz se tenha ouvido uma palavra, vem agora o Venerando e Digno Juiz Carlos Alexandre alegar "estar a ser julgado na praça pública sem direito a defesa" por causa de uma entrevista dada a propósito do sorteio do juiz para a instrução do processo Operação Marquês onde, sem a mínima intenção, presume-se, queimou o sistema e o colega de profissão sorteado.. Como se usa em terras de Vera Cruz, "pimenta no cu dos outros para mim é refresco".

 

[Imagem Judges by Jerrold Litwinenko]

 

 

 

 

As palavrinhas mágicas

por josé simões, em 08.07.19

 

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Quando toda a gente já percebeu que invocar o nome de "José Sócrates" é garantia de parangona e abertura de telejornal, de que tudo o resto passa a acessório, assim uma espécie de salvo-conduto para a credibilidade perdida.

 

[Na imagem Stanley Kubrick's Shining Overlook Hotel 1921 Art Print]

 

 

 

 

Homens providencais e pessoas que acreditam em homens providenciais

por josé simões, em 17.10.18

 

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Tivesse a hombridade de pedir escusa por incompatibilidade, separação de poderes, transparência, o que quiserem, entre quem investiga e quem instrui o processo e podia ir "refeiçoar espartanamente" por a questão do sorteio e da suposta "manipulação" algorítmica já não se colocar. Não anda erecto quem pode, anda quem quer.

 

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E depois temos pessoas que gastam a vida a apregoar o sistema judicial 'amaricano' e que ficam genuinamente indignadas com juízes que fazem as coisas à 'amaricna', by the book.

 

 

 

 

Uma chatice

por josé simões, em 28.09.18

 

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Ditou o sorteio que a instrução do processo caiba a um juiz que acredita que os arguidos têm direitos e que não vale tudo ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal na investigação nem ao Ministério Público na organização dos processos. Se fosse na América era a democracia no Estado de direito dos checks and balances a funcionar, como é em Portugal é só mais uma chatice [do caralho], com os profissionais de serviço às "redes" no próprio minuto do sorteio a lançarem rajadas de suspeitas sobre a idoneidade do juiz. Depois de meses em campanha eleitoral pela reeleição de Joana Marques Vidal. Isto nunca pára. Habituem-se.

 

 

 

 

CSI Rosário Teixeira, Capítulo II

por josé simões, em 17.04.18

 

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Primeiros: levámos com a primeira parte. José Sócrates vítima às mãos de Rosário Teixeira, acossado, a defender-se com unhas e dentes frente ao totalitarismo do poder judicial não eleito. Segundos: levamos com a segunda parte, uma reviravolta ao melhor estilo de Hollywood, José Sócrates, o manhoso, corrupto, corrompido, que enriqueceu no exercício do cargo de primeiro-ministro à conta da cousa pública que jurou defender e desempenhar, "pela minha [dele] honra".  "A investigação deduz" e "O Ministério Público pensa". "O Ministério Público acredita" e "a investigação calcula". Ok, demos de barato que o Sócras foi corrompido, arrecadou milhões de euros, que é um gastador compulsivo [que é], "que quem cabras vende...", em quem os totós acreditam piamente na inocência. E votam no homem, de tal forma que até pode ser candidato à Presidência da República e ganhar. [A história das compras do livro não é para aqui tida nem achada porque se limitou a fazer o que as editoras de música faziam nos 80s, com compradores de singles e LP's cirurgicamente distribuídos pelas lojas que contavam para o Top + por forma a manter o artista nos primeiros três lugares fo top. I just called to say i love you, lembra-se?]. Adiante."A investigação deduz" e "O Ministério Público pensa". "O Ministério Público acredita" e "a investigação calcula". Ok, até aqui estamos no nível da dedução. do "pensismo" [de pensa], da apreciarão [estima], e do cálculo. Ok. Então e o Ministério Público tem provas? E a investigação tem provas irrefutáveis? A + B? 1 + 1 = 2?. Pois. Daí a novela interminável com as fugas ao segredo de justiça todos os dias nas primeiras páginas do Correio da Manha [sem til]. José Sócrates até já é culpado e condenado no affair Vale do Lobo apesar da acusação ter deixado cair a acusação. Daí as gravações vídeo dos interrogatórios com o título de "investigação jornalística" na SIC e da SIC Notícias. E agora já está julgado e condenado. E agora se um juiz se atrever a dizer que isto é tudo muito bonito mas são tudo suposições e conjecturas, provas não as há, relação causa-efeito tampouco.. E agora se um juiz resolver absolver o Sócras, como é que fica o desgraçado [com o devido respeito ao Meritíssimo]? E isto é com o Sócras, um ex-primeiro-ministro, uma figura pública. E se fosse consigo, e se fosse contigo?

 

Capítulo I

 

[Miss Marple na imagem]

 

 

 

 

CSI Rosário Teixeira

por josé simões, em 16.04.18

 

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Não sei se foi por ter passado muito tempo a ver séries e filmes 'amaricano's sobre investigação criminal e julgamento em tribunal, que não nas páginas dos tablóides, pensava eu, na minha santa ignorância, que uma acusação em tribunal era baseada em provas irrefutáveis e não em especulações e suposições. E também, pelo muito tempo que passei a ver séries e filmes 'amaricanos', sou levado a concluir que, num tribunal 'amaricano', os senhores Rosário Teixeira e Calex era corridos para fora do tribunal pelo juiz sem sequer tocarem com os pés no chão. À parte uma coisa inexplicável que foi o favor que a televisão do militante n.º 1 fez a José Sócrates com o "trabalho jornalístico" assente única e exclusivamente em meter no horário nobre o ex-primeiro-ministro aos berros perante o procurador, ladeado pelos advogados que se limitavam a pedir calma, enquanto tentava desmontar uma acusação assente em nada, vamos acabar todos, contribuintes, a pagar uma indemnização choruda a José Sócrates por condenação do Estado português, em última instância, pelo Tribunal Europeu.

 

[Na imagem]