Recapitulando
Caso BPN: Ministério Público arquiva inquérito contra Dias Loureiro e Oliveira e Costa
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Caso BPN: Ministério Público arquiva inquérito contra Dias Loureiro e Oliveira e Costa
Vejamos a coisa pelo lado positivo. As defesas oficiosas que antes eram feitas pelos advogados estagiários sem um mínimo de experiência – daí a celeridade dos julgamentos e a grande percentagem de condenações –, e que foram abolidas pelo actual bastonário Marinho Pinto, continuam a sê-lo na prática, uma vez não ser de todo plausível um advogado de renome intervir num processo de milhões para receber honorários que podem não chegar a € 500.
Portanto, é dar ao “pobrezinho” cidadão a sua defesa oficiosa. Pode ser que por uma vez na história de Portugal se assista a um julgamento que não se arraste ad eternum nos tribunais, enredado em teias processuais e recursos por dá cá aquela palha, e todos previstos em códigos de processo penal, para no final toda a gente ir à sua vidinha muito satisfeita e condenações nem vê-las.
(Imagem Fu, Sheet Music 1909)
(Obrigado)
Não sei até que ponto é para levar a sério alguém que aquando da primeira ida à Assembleia da República não deu pio, e na segunda leva cinquenta e não sei quantas folhas formato A4, para ler em mais de 4 horas. E já lá vão mais de 7 - sete - horas de audição com coisas de mentirosos, trafulhas e vigaristas. Os outros.
O espectáculo do estertor do cavaquismo é muito triste de se ver.
(Na imagem The Last Days of Pompeii,1935, Directed by Ernest B. Shoedshack)
Dezanove engravatados dentro de uma sala (eram 20 os deputados, mas o do Bloco não levava gravata), esperaram uma hora por um engravatado, que esteve 45 minutos dentro de uma sala sem dizer coisa nenhuma.
Devia haver espelhos espalhados pelos corredores e pelas salas da Assembleia da República.
(Foto de Cindy Sherman via New York Times)