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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| “Nada de novo em cima do planeta Terra”

por josé simões, em 07.04.11

 

 

 

 

 

Dizem que alguns se alambazaram com um milhão de euros. Mas isso agora também não interessa nada, não é?

 

(Imagem de Caspar Benson via Getty Images/ fStop)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

||| Tragédia grega à portuguesa

por josé simões, em 21.12.08

Há por aí uma malta que tem orgasmos múltiplos mal vê uma imagem de uma centena de estudantes concentrados numa rua de Atenas. Se essa malta voltar a ler Platão percebe que a vaselina tem areia.

 

Tomás Vasques no Hoje Há Conquilhas Amanhã Não Sabemos

 

 

 

"Regressados do Brasil"

por josé simões, em 09.06.08

 

Logo a seguir ao 11 de Março de 75 assistiu-se a uma debandada geral dos grandes proprietários para os mais diversos destinos, com o Brasil e a África do Sul à cabeça. Vinham aí os comunistas!

Das propriedades; das fábricas deixadas para trás, todos sabemos a(s) história(s). As casas, moradias e habitações, aos centos deixadas ao abandono nos centros urbanos e nas cidades, foram prontamente ocupadas pelos famélicos e deserdados do Portugal antes de 74. No tempo em que ocupa ainda não se escrevia com K. Alguns de “geração espontânea”, outros, a grande maioria, habilmente manobrados por personagens a que hoje em dia se convencionou chamar de “populistas”. Quando anos mais tarde (não muitos) regressaram, pelas novas perspectivas que se vislumbravam, e porque afinal os comunas antes de “virem aí” já se iam embora, foi o cabo dos trabalhos para as desocupar e entregar aos seus legítimos proprietários.

Vem este escrito a propósito da “nova” direcção do PSD. Parece que regressam agora do Brasil e tratam de devolver os okupas (agora com K) à procedência.

 

É necessário que alguma coisa mude para que fique tudo na mesma.

 

(Foto fanada no La Repubblica)

 

 

 

Hackers-Okupas

por josé simões, em 06.03.08

 

 

 

 
Esta notícia faz-me lembrar a recente pseudo-ocupação do Insurgente. Com uma diferença: aqui é mesmo a sério. Nada de palhaçadas insurgentes, com linguagem pseudo-esquerdalha, com linguagem pseudo-okupa; a ideia que certa direita tem do discurso de determinada esquerda, e que fez a indignação de muita alma penada por esses blogues fora.
 
Qual seria a reacção do Insurgente perante uma okupação mesmo a sério?
Qual seria agora, a reacção na blogosfera, perante uma okupação mesmo a sério?
O conto do Pastor e do Lobo?
 
 

Breves

por josé simões, em 07.11.06
O movimento “Pelo Porto Juntos no Rivoli”, pela voz de Francisco Beja, ontem em conferência de imprensa, comentando o despacho camarário que extingue os subsídios a partir de Janeiro de 2007, lança o desafio a Rui Rio de encerrar o pelouro da Cultura.
Pessoalmente vejo a questão por outro prisma. Rui Rio devia criar um pelouro da Cultura na Câmara Municipal do Porto, uma vez que o pelouro da distribuição de subsídios vai ser encerrado.
 
Carmem Miranda (não aquela de Marco de Canavezes que cantava com uma fruteira no alto da pinha), do mesmo movimento afirma que a cidade agora “é um atraso de vida”. Agora?
Numa cidade em que entre as musicas de um concerto de uma super banda de rock se grita na assistência “S. L. B. filhos da P…”, nos “Jogos Sem Fronteiras” inter-cidades, eliminatória Setúbal / Porto a claque grita “Pinto da Costa, olé”, ou numa passagem de ano popular, numa praça da cidade se entoa “O Benfica vai pró C…” …
 
A Secretaria da Agricultura dos Açores decidiu conceder um subsídio de cem mil euros, (sim, leram bem, cem mil euros), ao clube Lusitânia para divulgação dos produtos agrícolas açorianos no exterior.
Aguardo ansiosamente pelos confrontos futebolísticos por essa Europa fora.
Manchester / Lusitânia, Bayern / Lusitânia, Real Madrid / Lusitânia, Milan / Lusitânia, etc., etc., e o respectivo impacto na economia do arquipélago.
 
Já aqui uma vez tinha perguntado se o “BASTA!” de Sócrates era insularmente delimitado ou extensível a outras regiões. A pergunta mantém-se.
 
Calimero está de volta. Não ao ecrãs de televisão para fazer as delicias dos mais pequenos, mas em livro. Aguarda-se a publicação de “A crise de 2004” da autoria de Pedro Santana Lopes. Depois da Teoria da Conspiração, a Teoria da Perseguição…
 
Foi ontem votado na Câmara Municipal de Lisboa o projecto para a Baixa-Chiado.
O PS e o PC abstiveram-se, “não há segurança de que o plano seja exequível”, leia-se “abstemo-nos porque o plano não é nosso”.
O Bloco por Sá Fernandes, votou contra, “esta maioria tem medo que o meu projecto seja melhor que este”. ?!?
 
Na Nicarágua, Daniel Ortega regressa à presidência pela via eleitoral.
Muitas conspirações urdidas, muitas ditaduras militares passadas, muitos anos depois, milhares de mortos e milhões de dólares gastos, os Estados Unidos começam a perder mão do “seu quintal”. Bolívia, Peru, Brasil e Venezuela, com o México a morder-lhes os calcanhares. Sempre pela via eleitoral.
Quando daqui por muitos anos se olhar para a história da América Latina, os estados Unidos surgiram como obstáculo epistemológico?

Ocupas no Rivoli

por josé simões, em 17.10.06

 Há mais de 24 horas que o Teatro Rivoli se encontra ocupado por manifestantes que contestam a decisão da Câmara Municipal do Porto de ceder a exploração do espaço à iniciativa privada, com o argumento de que os custos, ultrapassam largamento as receitas, o que torna a situação insustentável.

 

Numa leitura atenta ao manifesto (www.juntosnorivoli.com), pode-se constatar que a argumentação dos ocupas é, "(...) a defesa de um Teatro Municipal contemporâneo, de vocação multidisciplinar, aberto à inteligência, motor do conhecimento e criatividade, capaz de ajudar o Porto como cidade cosmopolita (...)".

 

Pergunta inocente, da minha parte: E isso é incompatível com uma gestão privada da coisa?

Resposta, também inocente: É, porque o que aqui está em causa, é o direito de uns quantos auto proclamados criadores, subsidio-dependentes, a usufruírem de um espaço, em principio público para todo o género de representações supostamente culturais.

A Câmara Municipal ou o Estado subsidiam, eles levam à cena, e depois é o normal, meia dúzia de espectadores por apresentação, durante meses ou anos a fio, numa sala duma cidade europeia e cosmopolita.

Ou as pessoas são burras, ou os criadores são uns incompreendidos, porque as salas estão permanentemente às moscas.

 

Não será preciso ir por essa Europa fora para encontrar exemplos,  em que espaços do género, explorados por iniciativa privada, interagem com a comunidade e dão frutos. Nem sequer recorro ao exemplo Lisboa.

No Rivoli existe um excelente restaurante, de exploração privada.

No Rivoli existe um lounge caffé, com dj's e música ao vivo, de exploração privada.

 

Mas o caricato nesta situação é o facto de Isabel Pires de Lima, Ministra da Cultura, se ter oferecido para servir de mediadora entre os ocupas e Rui Rio. A Mesma ministra que tinha declarado guerra, através do IPPAR, a Rui Rio, aquando do caso túnel de Ceuta, em frente ao Museu Nacional Soares dos Reis!

Não quero interpretar, que Isabel Pires de Lima tem Rui Rio como inimigo de estimação, mas parece-me que todas as ocasiões são propicias à ministra para largar umas farpas.

O PS tem mau perder? Ainda não digeriu a derrota autárquica? Se Fernando Assis fosse presidente da Câmara do Porto as atitudes seriam as mesmas, ou já teríamos assistido à intervenção da Policia para repor a ordem pública?

 

Seria bom  a senhora ministra titular da cultura, não esquecer que faz parte de um governo, em que o ministro das Finanças diz preto no branco que é preciso reduzir custos, e fazer mais com menos, exactamente aquilo a que Rui Rio se propõe no Rivoli.

 

P. S. - O que é que o Bloco de Esquerda tem a haver com os rastas-tocadores-de-tambor-ocupas do Rivoli? (pergunta minha, também inocente).