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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Os pregadores evangélicos

por josé simões, em 04.10.21

 

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O pregador evangélico da Igreja Universal da Honestidade, Moral e Bons Costumes, com lugar cativo no horário nobre da televisão do militante n.º 1.

 

"O antigo bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, teve um papel central em duas sociedades "offshore" constituídas por João Rendeiro, a Penn Plaza Management e a Corbes Group."

 

"Offshores" de Rendeiro tinham Júdice como representante legal

 

E o pregador evangélico da Igreja do Homem Providencial, da Lei e da Ordem, e dos Portugueses de Bem, depois de anos na Tiago Caiado Guerreiro a planear a fuga aos impostos dos Rendeiros desta vida, vulgo  planeamento fiscal, em conflito de interesses com o cargo de deputado eleito da Nação.

 

É isto Portugal. Os poderosos fogem, provavelmente cheios de dinheiro, e passam impunes. Paraíso para criminosos. Temos de pôr ordem neste país.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Com o voto contra do PS

por josé simões, em 29.11.18

 

 

 

Banco de Portugal obrigado a dar informação detalhada ao fisco sobre transferências para offshores

 

 

 

 

O poder da palavra

por josé simões, em 08.03.17

 

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O que o Governador do Banco de Portugal tem, sem vir consignado em lei ou num qualquer estatuto, é o poder da palavra. Não para ser o Donaltim boneco ventríloquo de alguém ou de algum Governo mas para fazer valer o interesse público e as boas regras de gestão. O poder da palavra, senhor Governador, não é preciso uma estrela de xerife colada ao peito ou uma farda de polícia, é só o poder da palavra.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Os truques

por josé simões, em 01.03.17

 

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Decorria no Parlamento a audição a Paulo Núncio quando, depois de Eurico Brilhante Dias, deputado do PS, "levar várias vezes ao tapete" o ex-secretário de Estado, entra em cena Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, para os mais distraídos o 3.º partido mais votado nas últimas legislativas, e, com meia dúzia de perguntas simples e sem levantar a voz, apanha Paulo Núncio em sucessivas contradições e obtendo o silêncio como resposta a algumas questões colocadas. Penoso de se ver, vergonha alheia e a televisão do militante n.º 1 a SIC Notícias não está com meias medidas, vai para estúdio para ouvir David Dinis, director do jornal Público. Do estúdio de onde só havia de sair para regressar à Assembleia da República mesmo a tempo de ouvir o ensaio de bajulação e puxada de lustro ao seu camarada de partido pela deputada do CDS Cecília Meireles. É que dois KO's seguidos era demais para tão nobre audiência.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 01.03.17

 

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Achei que a publicação podia dar algum tipo de vantagem ao infrator, que podia prejudicar o combate à fraude e evasão fiscal

 

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A direita do "sentido de Estado" e da marcha do balão do "arco da Governação"

por josé simões, em 26.02.17

 

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"Grande elevação de carácter" era Paulo Núncio, quando foi convidado para secretário de Estado, ter dito "desculpa lá ó Paulo" ou, como a direita muito gosta, cheio de forma e salamaleque, "o doutor Paulo queria desculpar mas dado o meu passado ao serviço de offshores não me é eticamente permitido aceitar, vou ter de declinar o convite".

 

"Grande elevação de carácter", e uma vez que o leque da direita do "sentido de Estado" e da marcha do balão do "arco da Governação" para a ética tem uma abertura "de costa a costa", era Paulo Núncio ter sido imparcial e independente e não ter metido 10 mil milhões de euros na gaveta do esquecimento. Mas, como sói dizer-se, é mais forte do que ele, é a raça dele.

 

Não, doutora Maria de Assunção, isto não demonstra uma "grande elevação de carácter" coisíssima nenhuma, demonstra outra coisa completamente diferente e que me abstenho, aqui e agora, de nomear.

 

 

 

 

 

Por falar em "claustrofobia democrática"

por josé simões, em 25.02.17

 

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Corria o Ano da Graça de 2014 quando no dia 1 de Outubro a direita, a maioria de direita, deu por encerrada a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava o negócio dos submarinos porque a maioria dispunha do poder de aceitar ou não as propostas da oposição - a minoria, a esquerda, as "esquerdas unidas" como diria Assunção Cristas. Escreveu na altura o jornal Público que "Nunca se esteve tão perto de perceber o destino final da comissão de 30 milhões de euros pagos pelos alemães à Escom e que levantou suspeitas". As suspeitas que linkavam [de link] para o CDS e para Paulo Portas e para as offshore, que voltaram à ribalta por via de um ex-secretário de Estado do CDS, do CDS de Paulo Portas, de Paulo Portas dos submarinos, dos submarinos das comissões, das comissões que a maioria de direita PSD/ CDS se recusou saber o destino final em Comissão Parlamentar de Inquérito Mas isso foi no tempo da maioria boa, a maioria de direita, o tempo em que o ar democrático era puro e respirável, sem asfixias e claustrofobias, sem a necessidade do líder do CDS pedir audiências ao Presidente da República.

 

 

 

 

 

Só estou a ler jornais

por josé simões, em 24.02.17

 

 

 

A gente lê no jornal que Paulo Portas e Abel Pinheiro foram escutados no âmbito do "Processo Portucale" a discutir o pagamento do salário do futuro líder do CDS por parte de um banco [não nomeado]. Depois o CDS chega ao Governo e mete um homem - Paulo Núncio, à frente do Fisco e a primeira medida é criar  o terceiro Regime Especial de Regularização Tributária [RERT III], que permitiu a quem escondeu dinheiro em contas no estrangeiro legalizar a situação e proteger-se de futuras condenações a troco de uma taxa de 7,5% sobre o montante declarado e que, entre outros negócios obscuros, o RERT III serviu para ilibar os dirigentes do Grupo Espírito Santo de qualquer acusação a respeito das luvas recebidas pela compra dos submarinos ao consórcio alemão Escom e depois a gente lê no jornal que a maioria de direita PSD/ CDS se recusou seguir o rasto do dinheiro em Comissão Parlamentar de Inquérito.

 

A gente lê no jornal que Paulo Núncio antes de ser colocado pelo CDS à frente do Fisco tinha sido advogado fiscalista na sociedade Morais Leitão, Galvão Teles & Associados onde esteve ligado ao ramo do escritório para o offshore da Madeira, sendo representante da MLGTS Madeira Management & Investment SA e que, pouco tempo depois de entrar no Governo, assinou o despacho sobre a tributação dos dividendos dos grupos com sociedades gestoras de participações sociais [SGPS] que isentou os grandes grupos económicos do pagamento de milhões de euros em impostos e depois a gente lê no jornal que "durante todo o tempo em que foi governante e tutelou a administração tributária, as estatísticas das transferências de dinheiro para contas offshores feitas a partir de Portugal" não foram publicadas.

 

Não estou a insinuar nada, nem sequer estou a levantar falsos testemunhos, longe de mim tal intenção, só estou a ler jornais.

 

 

 

 

 

O nosso homem na Madeira

por josé simões, em 22.02.17

 

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O advogado fiscalista, assessor de multinacionais no offshore da Madeira, responsável pelo Regime Especial de Regularização Tributária III que permitiu "ilibar os dirigentes do Grupo Espírito Santo de qualquer acusação a respeito das luvas recebidas pela compra dos submarinos", militante do partido onde o salário do líder era pago por um banqueiro, não explica por que razão o fisco não publicou, "durante todo o tempo em que foi governante e tutelou a administração tributária, as estatísticas das transferências de dinheiro para contas offshores feitas a partir de Portugal", vai-se ver também abrangidas por alguma "lista VIP", nem nenhuma televisão sabe fazer contas de somar ao senhor que é exímio em fazer contas de subtrair e lampeiro a largar postas de pescada na televisão sobre o ministro Centeno e as sms com o banqueiro Domingues.

 

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Panamá Tretas, sétima semana

por josé simões, em 21.05.16

 

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Governo aprova injeção de €4 mil milhões na Caixa. Acordo fechado na TAP. Chineses entram em Agosto. Sanções de Bruxelas? UE precisa de um Governo de esquerda bem-sucedido. Zzzzzz...


O trabalho do jornal do militante n.º 1 para descredibilizar toda e qualquer futura investigação sobre offshores, e provocar na opinião pública a indiferença às respectivas notícias, está feito. Mission accomplished.

 

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||| O resto é conversa

por josé simões, em 10.04.16

 

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A pergunta que importa fazer é se pagou todas as obrigações fiscais no país, se cumpre escrupulosamente todos os procedimentos legais porque é que leva o dinheiro para uma offshore? O resto é conversa.


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||| Circo PSD

por josé simões, em 05.04.16

 

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Primeiro o aviso de que nem todo o Panama Paper é Panama Paper resultante de esquemas fora-da-lei e de lavagens mas também de esquemas juridicamente perfeitamente legais e de lavagens, que a moralidade não é para aqui chamada.


Depois rios de caracteres, escritos nos jornais do economês e nas redes e na bloga, que está de regresso depois de 4 anos de interregno, pelos ideólogos liberais do “social-democrata, sempre!”, o primeiro-ministro no exílio Pedro Passos Coelho, pedagogicamente a ensinar ao pagode ignaro que planear fiscalmente a fuga ao pagamento de impostos, altos, é uma coisa bué louvável, compreensível e aceitável face ao Estado ladrão, e que a fuga aos impostos, baixos, também, que o Estado, ladrão, só atrapalha o direito do mais forte à liberdade no capitalismo que se quer selva.


Por fim os his master's voice vêm insinuar que os Panama Papers são todos Panama Papers e que todos os esquemas e lavagens são esquemas e lavagens e que o Estado está a ser ludibriado e a perder dinheiro a olhos vistos, dinheiro que faz falta ao Estado e às suas funções sociais, para corrigir desequilíbrios e atenuar desigualdades e que o capitalismo tem de ter um rosto humano e não pode ser tudo uma selva do vale tudo. Fazer barulho, muito barulho, que enquanto se faz barulho faz-se prova de vida e até os mais distraídos ficam a pensar que há aqui interesses obscuros da "Geringonça" em que estas coisas não se saibam, que não se saiba quem são os meliantes que andam pelo Panamá a viver acima das nossas possibilidades.


Se isto não é um circo...


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||| Da série "Não há dinheiro para nada"

por josé simões, em 04.04.16

 

“Borderlife” an installation by Biancoshock in

 

 

Este é só um escritório de advogados, esta é só uma offshore, esta é a primeira de uma das faces, agora conhecida, do "não há dinheiro para nada" e do "andámos demasiado tempo a viver acima das nossas possibilidades", o jargão usado em todo o mundo e em todas as línguas para justificar retirada de direitos e garantias, o embaratecimento dos custos do trabalho, a fragilização das relações laborais, o aumento das desigualdades e os Estados colocados ao serviço de interesses privados.


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