Um bom dia para a whataboutery
Um bom dia para a whataboutery:
Rússia veta 81 'media' europeus no país, incluindo quatro portugueses
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Um bom dia para a whataboutery:
Rússia veta 81 'media' europeus no país, incluindo quatro portugueses
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A vergonha e o pudor, daqueles que ainda o têm, pela previsível reacção da generalidade das pessoas que se pautam pela boa educação e formação, que não lhes permite assumir que, sim senhor, o ataque à casa da democracia em Brasília, pela horda de alucinados telecomandada à distância via WhatsApp e Telegram, foi uma coisa bonita de se ver, e que têm razão de sobra por se terem mal comportado daquela maneira, leva-os a equivaler quem luta por mais democracia e direitos com os outros, os que querem acabar com a democracia e classificam os direitos humanos como "esterco da vagabundagem". Esta manobra já tinha sido ensaiada por Trump, presidente, na defesa dos gangues Proud Boys e fanáticos MAGA nos confrontos com o movimento Black Lives Matter e nos ataques às comunidades LGBT, e pelos minions de Bolsonaro, "ah e tal, as pessoas têm razões para o descontentamento". As redes estão pejadas destes sonsos, mais militantes ou apoiantes do Iniciativa Liberal que do partido da taberna, e vão todos beber a doutrina nas páginas do diário da direita radical, o online Observador. Curiosamente alguns actuais colunistas das falsas equivalências, do "é tudo farinha do mesmo saco, estiveram nas elegias, brochuras e demais literatura pulp, com a capa de ensaio político e sociológico, sobre o fabuloso destino de Trump na América dominada pela esquerda woke e da ideologia de género.
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A direita, que acusa o PCP de usar a Festa do Avante como forma de financiar o partido e fugir aos impostos, é a mesma direita a dizer depois que a Festa do Avante! dá prejuízo. Prejuízo na festa de um partido político, cujo objectivo final não é o lucro, e prejuízo em jornais que apesar disso continuam online e a sair para as bancas, todos os dias sem falhar, todos os dias a martelar a agenda política. Isto é que devia dar que pensar e ser motivo de "fact check".
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Erro é escrever fato sem c. Falta de profissionalismo é ter alguém na redacção a fazer copy/ paste sem rever os textos.
[Link na imagem para a notícia posteriormente corrigida]
"Em Aubervilliers, os empresários agrícolas queixam-se que os franceses fazem demasiadas exigências e não querem trabalhar. A opção foi empregar portugueses, que não se importam de viver em bairros de lata", os famosos bidonvilles, imortalizados para a eternidade pela lente de Gérald Bloncourt quando, nos anos 50 e 60 do século XX, iam a salto para França para fugir à miséria do fascismo e à guerra colonial.
Há sempre um sabujo que se presta a ser porta-voz do opressor.
Carlos Macedo e Cunha, colunista no jornal da direita radical Observador e militante do PSD, em tempos de fake news, teorias da conspiração, agitação e sobressalto social, forjou um plano de desconfinamento com o logótipo do Governo. Defina terrorismo, sff.
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Estão chocados com a recusa de Trump em sair graciosamente da Casa Branca? Pois nada se comparará à saída dos socialistas de São Bento, se isso lhes parecer o princípio do fim do seu senhorio em Portugal.
O revisor de História Rui Ramos no online da direita radical.
[Imagem de autor desconhecido]
A metade esquerda do móvel é ocupada por fotos com pessoas várias ao lado do vulto Cavaco Silva, Aníbal. Desde Gungunhana ao Padre Américo, passando pelo Juan Manuel Fangio ou Nuno Álvares Pereira. A metade direita são as quintas-feiras e outros dias, e as facturas da água, da luz, mais os recibos da reforma da mulher. Na secretária uma placa antecedida pelo grau académico ainda assim não vá alguém enganar-se no trato.
Esta nulidade, Cavácuo, foi dez anos primeiro-ministro e mais dez Presidente da República e, não explicando tudo, ajuda a perceber.
[Imagem da entrevista ao Observador]
André Ventura, há dias escreveu esta frase nas redes sociais: "Deus confiou-me a difícil mas honrosa missão de transformar Portugal". Quando é que isso aconteceu?
Miguel Pinheiro entrevista André Ventura para a Rádio Observador.
No Observador, o online da direita radical.
O Iraque de Saddam tinha armas de destruição maciça e era merecedor de invasão pelos Estados Unidos, unilateralmente e sem dar cavaco à ONU;
inventou, a meias com Fernando Lima, assessor de Cavaco Silva, que alguém, não se sabe quem, tinha plantado escutas no gabinete do Presidente da República, se calhar o "manhoso" do Sócras;
o pior momento profissional foi ter dado a morte de Ribeiro Telles no dia de aniversário de Ribeiro Telles.
Coitadinho do Ribeiro Telles...
José Manuel Fernandes, publisher do jornal da direita racial - Observador, em entrevista ao jornal i.
O liberal Observador, e porta-voz da alt-right no "tugão", entre outros detido e financiado pelos liberais Luís Amaral, António Carrapatoso, António Alvim Champalimaud, Alexandre Relvas, Filipe de Botton, António Viana Baptista e João Talone, empenhados no desmantelamento do Estado social em favor de interesses privados até a meta Estado mínimo ser atingida, propõe, face à queda das receitas com a publicidade motivada pela pandemia global Covid-19, "um programa específico para o sector, para além das medidas transversais de que já beneficia estabelecidas para a economia e empresas em geral".
[Imagem de autor desconhecido]
"Por regra, havia humanidade no modo como as penas eram impostas pela Inquisição. Assim, por exemplo, houve cristãos detidos – só os fiéis podiam ser julgados por este tribunal da Igreja! – a quem se permitiu que fizessem férias, ausentando-se da prisão por um período de tempo determinado, com a obrigação de, expirada a licença, regressarem ao presídio, para completarem a pena.
[...]
Permitiu-se igualmente que os condenados pelo tribunal da Igreja fossem dispensados, por razão de doença, do internamento penitenciário.
[...]
Também se conhecem histórias de condenados que foram dispensados do cárcere por razões familiares.
[...]
Quer isto dizer que a Inquisição era um exemplo de humanidade e não houve excessos na aplicação da justiça eclesiástica? Claro que não: certamente que houve abusos e a própria prática da tortura, como meio processual para a confissão do arguido, que tem a sua origem no direito romano, é abominável. Os inquisidores eram, como todos os homens, pessoas capazes do bem e do mal. Houve, com certeza, juízes do tribunal do Santo Ofício que foram rectos e justos na aplicação da lei eclesiástica então vigente, como também os houve que se excederam, sendo responsáveis por abusos deploráveis, que não podem ser justificados, nem esquecidos. Mas a Inquisição não só foi melhor do que os estabelecimentos prisionais do seu tempo e posteriores – piores foram, decerto, os tormentos infligidos aos Távoras – como também era mais humana do que muitas prisões contemporâneas como, por exemplo, a de Guantánamo."
O padreco que confessa e dá a hóstia à direita radical a reescrever a História e a lavar a Inquisição com OMO no Observador.
[Na imagem o "verdadeiro manual de ódio, de tortura e morte"]
As crianças, que viram o seu direito à tranquilidade trucidado com ruído feito pelo inner circle de Assunção Cristas, com Francisco Rodrigues dos Santos, João Almeida e João Gonçalves Pereira à cabeça, a manipularem e truncarem o que no despacho consta.
Se "vem aí uma crise", que toda a gente diz fruto da guerra comercial Trump - China, da desaceleração da economia chinesa e alemã, dos erros das políticas austeritárias seguidas pela União Europeia, "é melhor despachar já o Governo do PS" porque o que eles sabem é pôr o país numa crise com origem no estrangeiro.
Os eleitores, que não são estúpidos, "não perceberam as prioridades do "CDS" e resolveram castigar o partido nas urnas, logo há que arranjar outro léxico, que coloque os eleitores no papel de estúpidos que lhes compete, para que o CDS deixe de ter um problema de comunicação.
Muito bem.
[As imagens são print screens da conta do jornal Observador no Twitter]