"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Sobre esta palhaçada do Salário Mínimo Nacional e dos aprendizes jotas do Paulinho-que-já-foi-das-feiras; todos preocupadinhos da silva com o coitadinho do patrão que não consegue sobreviver – leia-se manter o nível de vida luxuoso a que está habituado (e mesmo assim duvido!), como se fosse alguma enormidade receber o luxuoso salário de 426 – euros – 426 mensais, dá-me vontade de recuperar para aqui o título dos Gang Of Four e que foi o fim-de-semana de 1 de Abril de 2007.
Post-Scriptum: Subescrevo a proposta para a implementação de uma Inteligência Mínima Nacional no Irmão Lúcia.
Os jotas de Paulo Portas manifestaram-se hoje “contra a fixação de um valor para o Salário Mínimo Nacional (SMN) pelo Estado, considerando que este "enfraquece os rendimentos dos portugueses e atrasa a economia”(Aqui); e descobriram o óbvio:
"Este preço mínimo tem dois efeitos muito claros no mercado de trabalho: impedir de trabalhar quem estiver disponível para trabalhar por valor inferior a esse preço", diz.
Por outro lado, acrescenta o documento, a fixação de um valor mínimo "impede de operar todas as empresas e serviços que não tenham a capacidade de remunerarem aquele montante".
Nem mais; um salário mínimo serve exactamente para isso; para impedir que as pessoas sejam remuneradas abaixo do que se estipulou ser o limite mínimo para um nível de vida digno; e, se o mercado funcionar, quem não pode pagar o salário mínimo estipulado por lei, fecha as portas e vai trabalhar para as obras, a ganhar o salário mínimo.