"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"O meu passado chama-se Passos", proclamou o homem sem passado quando se alçou ao cadeirão em S. Caetano à Lapa, o Passos do "baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer", mas [agora] "nós no PSD queremos tirar o país do empobrecimento", disse Luís Montenegro, sem meter a cara de Danny Kaye, imagem de marca durante anos, alguém na entourage lhe deve ter dito que estar sempre com ar de gozo não caía bem na rua. Pelo meio largou umas baboseiras sobre as culpas do PS no estado lastimoso em que se encontra a ferrovia, mas a gente já nem liga, não nos esquecemos dos fundos comunitários para o alcatrão e dos Manéis Queirós desta vida nomeados para a CP.
O cónego Melo, à nora no Largo do Caldas desde que o Ventas roubou as cadeiras do parlamento ao Chicão e anunciou que a seguir vai roubar a rua à esquerda, lol, veio para a manif dos stores, de mãos nos bolsos, com uma a fazer uma figa, com a outra a agarrar um crucifixo, "vai de retro comunismo!", "t' arrenego reviralho!", anunciar que questionou Bruxelas, se lá foi ou se mandou e-mail não disse, sobre contagens de tempo suspenso no tempo em que o CDS rejubilou com a troika e apontou a porta da emigração aos docentes.
O bispo do Porto exortou os fiéis a cumprirem uma Quaresma de penitência por causa dos pecados da Igreja. Uma artista este Linda, que é dom Manuel, segundo a televisão pública do Estado laico. Os padres abusaram sexual e psicologicamente dos putos, mentiram à comunidade com a Bíblia na mão e a "palavra do Senhor" na boca, mas quem cumpre a penitência são os pais, os familiares, os amigos dos ditos. Espectáculo.
"É básico, não é?" que se o Governo taxasse os bens alimentares essenciais a 0% ia aumentar ainda mais a margem de lucro dos patrões e accionistas, tal e qual a lengalenga do Ilusão Liberal com o imposto sobre os produtos petrolíferos, ninguém deu por nada. É básico e o CDS sabe. Mas as preocupações do CDS nunca foram com o consumidor final, naquela faixa que mais sofre com a inflação e com o aumento do custo de vida.
Agora que o La Fontaine morreu e o militante Jacinto Leite Capelo Rego desapareceu, se calhar a caminho do Chaga ou do Ilusão Liberal, Paulo Portas "é caçado" a pedir aos militantes que paguem as quotas para garantir a actividade do partido, e o salário do líder, que até anda de Renault 4L, não é pessoas para grandes despesas, se calhar até fuma tabaco de enrolar.
"A minha política é o trabalho" era a máxima salazarenta usada para manter a carneirada arredada da coisa pública porque "para pensar está cá o chefe" e "manda quem pode e obedece quem deve".
"A utilização do referido excerto de seis minutos, argumentou o eurodeputado do CDS, era um exercício de destilação de “ideologia”, “transformando alunos em cobaias do socialismo”, e “uma aviltante e ignóbil revolução cultural em marcha que pais sem recursos não podem evitar”
Partidos que integram a bancada do PPE no Parlamento Europeu pedem a expulsão do Fidesz, o partido de Viktor Orbán. Paulo Rangel e Nuno Melo, sempre com a boca cheia de democracia, não constam na papeleta. Não sabem assinar metiam o dedo na almofada dos carimbos ou faziam uma cruz se não o quisessem sujar.
Álvaro Amaro - PSD, José Manuel Fernandes - PSD, Maria da Graça Carvalho - PSD, Nuno Melo - CDS, os euro deputados portugueses que votaram contra a Moção para a Busca e Salvamento de Vidas Humanas no Mediterrâneo, chumbada por 2 - dois - 2 votos.
"Consegue dizer-me se esta frase que eu lhe vou dizer é de André Ventura ou de Nuno Melo? "Não queremos fechar a porta a quem procura a Europa como ponto de acolhimento, não podemos é deixar que cheguem e entrem de qualquer maneira". Consegue dizer-me de quem é a frase? Ó Rita, eu não tenho nenhuma dificuldade em identificar aí uma frase do Nuno Melo"
Assunção Cristas a atribuir a Nuno Melo uma frase de André Ventura na entrevista à Rádio Observador, a partir do minuto 40:14.
Na melhor tradição do Querido Líder Paulo Portas, que por ocasião dos motins no bairro da Bela Vista veio à cidade inteirar-se da situação... na Praça do Bocage, Procissão Cristas, a "líder da direita", a "alternativa de Governo", a "rã que quer ser boi", mais o cónego Melo e uma comitiva do CDS, com a cumplicidade das televisões todas, veio em acção de campanha à Lota de Setúbal. A uma segunda-feira, o único dia da semana em que a Lota está fechada. Ainda assim, 45 anos depois do 25 de Abril, na cidade vermelha não fossem levar com um peixe na boca, dado por alguma peixeira de memória e menos dada a pantominices.
[Na imagem "Saltimbancos" do insigne fotógrafo setubalense Américo Ribeiro]
Estrangeirada no sagrado solo pátrio, se calhar pretos e muçulmanos, à vez ou dois em um, e ladroagem na classe política. Os ciganos ficam para a próxima, não perdem pela demora.
Senhoras e senhores, o legitimador do franquista, racista, homofóbico e machista Vox, uma legislatura inteira sentado ao lado de Viktor Orbán, ambos muito preocupados com a democracia na Venezuela, candidato ao Parlamento Europeu pelo país que talvez mais emigrantes tenha dado à Europa e ao mundo, Nuno Melo no Twitter do CDS:
A direita indignada com uma artista plástica que por estar num evento fora de portas em representação do país se deve abster de considerações políticas e ideológicas e preferências partidárias é a mesma direita que pelas suas opiniões políticas e pela posição ideológica e militância partidária veta a candidatura de um escritor a um prémio internacional em representação de Portugal.