"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Alguém devia dizer a Luís Montenegro, por exemplo Marcelo II, O Velhaco, e ao grupo de incompetentes por si nomeados para os diversos ministérios, que os poucos portugueses que neles votaram fizeram-no com a ideia de que resolvam problemas e apresentem soluções, de preferência com rapidez e em tempo útil, não foi para se andarem permanentemente a queixar do que herdaram e a escudar com o Governo anterior. O Governo com o maior número de incompetentes por m2 na história da democracia também é o Governo com o maior número de Calimeros.
Entrar numa discussão sobre de que lado deve estar a fronteira em Olivença é fazer cumprir a função do CDS no Governo, haver um palerma que diz umas merdas para desviar atenções daquilo que realmente interessa, a governação do país.
Todos os dias aparece um ministro ou um secretário de Estado numa televisão a anunciar alguma medida que vai resolver um problema qualquer na vida do cidadão, uma negociação concluída para entrar em vigor, a prestações, ao logo dos próximos anos, um projecto aprovado que vai estar concluído daqui por uma década, um processo de intenções apresentado como um dado adquirido. No tempo do governo anterior isto era propaganda socialista, e nem sequer tinha esta dimensão, nem de longe nem de perto, agora é "o Governo em movimento".
Nos idos do fascismo estava fundeada entre os rios Sado e Tejo uma fragata da Marinha - D. Fernando e Glória, onde eram enfiados os órfãos e outros gandins menores avulso, apanhados nas ruas na mendigagem e pequenos delitos, a maioria dos quais para matar a fome. "Para aprenderem a ser homens". "Os meninos da fragata". Cresci a ouvir a avó Ilda dizer "portas-te mal, vais para a fragata", e já não havia fragata nesse tempo. Nos 50 anos do 25 de Abril esta ideia recuperada pelo partido que mais fascistas acolheu no pós revolução - CDS, e sublinhada pelo partido que herdou a estrutura da União Nacional e que mais quadros e militantes de base dá ao Chega, um pormenor que diz muito da "evolução" da direita, alegadamente democrática.
Um líder cobarde e pobre em argumentação, que encurralado nos debates o melhor que tem para contrapor é "a Venezuela", "Cuba", "socialismo", "trotskismo", que quer alterar as regras a meio do jogo e se propõe ser substituído por outrem, não menos pobre em argumentação, que encurralado nos debates o melhor que lhe vai sair é "a Venezuela", "Cuba", "socialismo", "trotskismo", arrisca acordar substituído, passados os debates, no day after às eleições.
"Por outro lado, (o Irão) o primeiro regime xiita da História não é uma ditadura desmiolada. É uma democracia que há quase três décadas manobra com argúcia na cena mundial.", página não encontrada.
22 de Novembro de 2007:
"Que semelhança entre os horrores nazis e a situação actual do aborto em Portugal? As diferenças são abissais, mas um ponto é comum. (…). Na Berlim de 1923, como hoje em Lisboa, proclamavam-se os direitos humanos, elaborava-se a filosofia política, defendia-se a liberdade e a democracia. Ao mesmo tempo tolerava-se a gestação de um monstro. Foi assim que a sofisticada Alemanha, a terra de Goethe e Beethoven, caiu na decadência máxima da civilização.", página não encontrada.
26 de Maio de 2008:
"ignorar a possibilidade de Deus é como desinteressar-se da existência do pai, benfeitor ou patrão, senhorio ou polícia. E se Ele aparece?", página não encontrada.
22 de Setembro de 2008:
"Já pensaram na pachorra que é preciso para ser Deus? Lidar com toda a humanidade ao mesmo tempo deve ser horrível. É que Deus tem de conviver com todo o tipo de pessoas. Neste caso é mesmo todo o tipo de pessoas. Não há dúvida que Deus tem de ser Deus só para conseguir suportar ser Deus", página não encontrada.
10 de Novembro de 2008:
"Legaliza-se aborto e consumo de droga, proíbe-se o emprego barato. Medidas simplistas têm efeitos inesperados.", página não encontrada.
25 de Maio de 2009:
"(…) tem-se assistido a intensa campanha para coagir a sociedade a seguir alguns princípios, autodenominados de progressistas, justos e livres. Esses princípios são aqueles a que a sociedade até há pouco chamava "porcalhões". As aulas devem mostrar órgãos sexuais às criançase explicar os detalhes de carícias, coito e contracepção. A masturbação é natural, o impulso sexual deve ser promovido, se praticado com segurança (…)."
"A alcova substituiu a empresa e o direito à greve foi trocado pelo direito ao deboche. Os esquerdistas andam agora paradoxalmente aliados a marialvas e proxenetas."
"(…) o Governo, incapaz de resolver desemprego e falências, preocupa-se com a facilitação do divórcio dos casais e a promoção do casamento de homossexuais. Os ministros, que fizeram explodir o défice, subsidiam abortos e querem distribuir preservativos gratuitos nas escolas (...)", página não encontrada.
Diz que um grupo de conhecidos economistas ajudam no programa da "nova" AD. Entre eles João César das Neves, um piadista que escrevia às segundas-feiras no Diário de Notícia. Piadista e temente a Deus e à Santa Madre Igreja.
100 anos separam estas duas fotos. Em 1923 Estaline apagava Trotsky da foto com Lenine no palanque, em 2024 os Estalininhos de trazer por casa, Montenegro & Melo, apagam Freitas do Amaral do acto da criação da Aliança Democrática. A foto é manipulada pelo Volksvargas, mas o princípio é o mesmo. Agora imaginemos que esta gente se alça ao poder.
"11:38 Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, foi ao sepulcro; e era uma caverna e tinha uma pedra posta sobre ela. 11:39 Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias."
"O meu passado chama-se Passos", proclamou o homem sem passado quando se alçou ao cadeirão em S. Caetano à Lapa, o Passos do "baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer", mas [agora] "nós no PSD queremos tirar o país do empobrecimento", disse Luís Montenegro, sem meter a cara de Danny Kaye, imagem de marca durante anos, alguém na entourage lhe deve ter dito que estar sempre com ar de gozo não caía bem na rua. Pelo meio largou umas baboseiras sobre as culpas do PS no estado lastimoso em que se encontra a ferrovia, mas a gente já nem liga, não nos esquecemos dos fundos comunitários para o alcatrão e dos Manéis Queirós desta vida nomeados para a CP.
O cónego Melo, à nora no Largo do Caldas desde que o Ventas roubou as cadeiras do parlamento ao Chicão e anunciou que a seguir vai roubar a rua à esquerda, lol, veio para a manif dos stores, de mãos nos bolsos, com uma a fazer uma figa, com a outra a agarrar um crucifixo, "vai de retro comunismo!", "t' arrenego reviralho!", anunciar que questionou Bruxelas, se lá foi ou se mandou e-mail não disse, sobre contagens de tempo suspenso no tempo em que o CDS rejubilou com a troika e apontou a porta da emigração aos docentes.
O bispo do Porto exortou os fiéis a cumprirem uma Quaresma de penitência por causa dos pecados da Igreja. Uma artista este Linda, que é dom Manuel, segundo a televisão pública do Estado laico. Os padres abusaram sexual e psicologicamente dos putos, mentiram à comunidade com a Bíblia na mão e a "palavra do Senhor" na boca, mas quem cumpre a penitência são os pais, os familiares, os amigos dos ditos. Espectáculo.
"É básico, não é?" que se o Governo taxasse os bens alimentares essenciais a 0% ia aumentar ainda mais a margem de lucro dos patrões e accionistas, tal e qual a lengalenga do Ilusão Liberal com o imposto sobre os produtos petrolíferos, ninguém deu por nada. É básico e o CDS sabe. Mas as preocupações do CDS nunca foram com o consumidor final, naquela faixa que mais sofre com a inflação e com o aumento do custo de vida.
Agora que o La Fontaine morreu e o militante Jacinto Leite Capelo Rego desapareceu, se calhar a caminho do Chaga ou do Ilusão Liberal, Paulo Portas "é caçado" a pedir aos militantes que paguem as quotas para garantir a actividade do partido, e o salário do líder, que até anda de Renault 4L, não é pessoas para grandes despesas, se calhar até fuma tabaco de enrolar.
"A minha política é o trabalho" era a máxima salazarenta usada para manter a carneirada arredada da coisa pública porque "para pensar está cá o chefe" e "manda quem pode e obedece quem deve".
"A utilização do referido excerto de seis minutos, argumentou o eurodeputado do CDS, era um exercício de destilação de “ideologia”, “transformando alunos em cobaias do socialismo”, e “uma aviltante e ignóbil revolução cultural em marcha que pais sem recursos não podem evitar”
Partidos que integram a bancada do PPE no Parlamento Europeu pedem a expulsão do Fidesz, o partido de Viktor Orbán. Paulo Rangel e Nuno Melo, sempre com a boca cheia de democracia, não constam na papeleta. Não sabem assinar metiam o dedo na almofada dos carimbos ou faziam uma cruz se não o quisessem sujar.