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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Entretanto nos States, que é onde tudo sempre começa e onde tudo acaba sempre

por josé simões, em 12.06.18

 

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Naomi Klein em No Logo - O Poder das Marcas [em português] já havia demonstrado como os sucessivos cortes orçamentais pela agenda liberal e neo-liberal das administrações norte-americanas obrigaram as universidades a recorrer a subsídios e financiamentos de empresas privadas para sobreviver e, como a consequência da entrada das marcas globais no campus universitário, a adulteração dos currículos e dos cursos, direccionados e orientados consoante a vontade e exigência do pagador, a empresa ou a marca que os subsidia. Como disse uma vez a dona Manuela Ferreira Leite "quem paga é quem manada". Agora, e fazendo honra ao escrito por Marx em 1852 no Dezoito Brumário de Louis Bonaparte, assistimos à repetição da história em farsa, com os cortes orçamentais, na Europa a austeridade, a obrigarem os municípios  aceitar o contributo das empresas privadas por forma a conseguirem manter as estradas minimamente aceitáveis e circuláveis.

 

Domino’s Pizza ($DPZ) is filling in potholes in towns across the U.S. with a new ‘”Paving for Pizza” initiative. The American pizza chain announced on Monday that it will help “smooth the ride home” for deliveries by making pothole repairs in towns nominated by their customers

 

 

 

 

||| O dia 25 de Novembro de 1975 no dia 25 de Novembro de 2013

por josé simões, em 25.11.13

 

 

 

Explicado às criancinhas e a outros analfabetos, com um mural do MRPP do "dia 26 de Novembro de 1975".

 

A transição dos fiéis escudeiros de Mao, o maior genocída da história da humanidade [ao pé dele Pol Pot era um menino escuteiro], para a democracia, directamente, "sem passar pela casa de partida" e sem que na consciência lhes pese a cúmplicidade, sempre prontos a adjectivar todos os que pensam de modo diferente de "socialistas", "estalinistas" [oh ironia!] e, crime grave, de "keynesianos"; os actores políticos em lugares chave da governação, departamentos de Estado e instituições públicas, empresas públicas e empresas privadas, o que realmente importa reter está aqui tudo condensado.

 

A verdadeira homenagem a fazer no dia 25 de Novembro não é a homenagem a Ramalho Eanes e a Jaime 'Busca! Busca! Ataca! Ataca!' Neves, não. A homenagem a fazer no dia 25 de Novembro é a Arnaldo Matos, o grande educador do neo-liberalismo. Já merecia medalha ou comenda no Dia da Raça.

 

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||| O liberalismo em todo o seu esplendor

por josé simões, em 19.11.13

 

 

O Super Estado

por josé simões, em 16.09.08

 

Um cidadão anónimo, entrevistado pela SIC à porta da AIG na Avenida da Liberdade em Lisboa, após ter feito o resgate das suas poupanças:

 

«Não quis arriscar, mas vou informar-me se o Estado cobre este género de fundos»

 

Ora aqui está o espírito neo-liberal em todo o seu esplendor!

 

Os “burros” descontam para a Segurança Social e se quiserem uma consulta levantam o rabinho cedo da cama e vão para a bicha; se necessitarem duma intervenção cirúrgica vão para a lista de espera que pode levar anos; e andam “ó tio! ó tio!” com a corda na garganta porque não sabem se alguma vez vão usufruir duma reforma, apesar de descontarem uma vida inteira.

 

Os “espertos” têm seguros de saúde privados e são atendidos e tratados na hora, Planos Poupança Reforma, e se der para o torto, o «Estado cobre». Com o dinheiro que não se sabe se chega para pagar as reformas dos “burros”.

 

 

 

A Sombra

por josé simões, em 08.10.07

«(…) Por decisão do Governo francês da Frente Popular, presidido pelo escritor, judeu e socialista Léon Blum, foi reconhecido aos trabalhadores, em 1936, um novo direito: o de terem, cada ano, 12 dias de férias pagas.
(…)
Se fosse hoje e um Governo instituísse as primeiras férias pagas, logo viriam todos os economistas do mundo mostrar as suas contas, com cuja exactidão nos quereriam provar que a economia, a concorrência internacional (reduzir direitos para competir com países que não os têm) e as empresas não aguentariam o esforço de pagar 12 dias de férias aos seus trabalhadores. Nesses anos distantes, também os patrões se lhes opuseram, mas o poder político não se deixou confiscar pelo poder económico. E, actualmente como é? Um outro determinismo, agora neo-liberal, substitui o velho e simétrico determinismo marxista. Ao contrário do que quer parecer, este novo determinismo económico é, na sua essência, contrário à liberdade. É um fatalismo que domina a política e paralisa a democracia, anulando as alternativas. Esse determinismo, que também se vê como um finalismo e um historicismo, sobre cuja matéria era preciso aparecer a denúncia de um outro Karl Poper, representa uma regressão e uma hostilidade à tradição da liberdade. (…)»
 
José Manuel dos Santos “A sombra” no caderno Única do Expresso