Agora com um desenho
Portugal, ano 20 do século XXI, e há um deputado Telmo Correia na Assembleia da República.
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Portugal, ano 20 do século XXI, e há um deputado Telmo Correia na Assembleia da República.
Um tem estátua na Parliament Square, o outro não. Um foi derrotado e escorraçado pelo povo e pela democracia, o outro ganhou uma guerra mundial e a eternidade. A estátua de um é defendida pelos discípulos do outro.
Setenta e cinco anos depois da vitória aliada sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial ver a extrema-direita e os nazis a marchar nas ruas de Londres em defesa da estátua Churchill. Com as voltas que o mundo dá ainda há palermas que juram que a Terra não é redonda.
Paulo Ferreira, Prémio Pinóquio do Ano de 2018, lídimo escudeiro da direita radical e competentíssimo no cumprimento da agenda política e ideológica nos media, aparece no Twitter a desculpar o hotel SANA por ter dado asilo à reunião de saudosos do nazi-fascismo, e contra o "pelourinho" onde foi colocado pelas "redes sociais" [sempre boas para os escudeiros da direita radical passarem o spin, depois repetido e amplificado ad nauseam pelos aios de plantão] sem explicar como é que, ou porque é que, a Sábado destacou jornalistas para fazer a cobertura de evento organizado por cidadã anónima, já que só a posteriori se soube ser o nome da mãe de Mário Machado.
Há no entanto um upgrade nesta aparição do Prémio Pinóquio do Ano de 2018 no Twitter: não enveredou pelo whataboutism do "também já lá ouve uma conferência de uma organização de esquerda e a esquerda e o comunismo e o Estaline e o Pol Pot [Mao fica sempre fora da equação, se calhar porque os ex maoistas são os actuais... vocês sabem], e que é o caminho invariavelmente trilhado pela direita radical para desculpar e absolver a extrema-direita que se atreve a dizer em público e em voz alta o que eles só se atrevem a pensar em privado.
Cerca de 100 mortos, 30 000 detenções, mais de 1 000 sinagogas incendiadas, mais de 7 000 lojas destruídas ou seriamente danificadas. Foi assim que tudo começou.
O Der Tagesspiegel chama para a primeira página a "caganita de pássaro de Alexander Gauland", líder dos neo-fascistas AfD só o maior partido da oposição no Bundestag.
"My father was in the commandos, my mother was in the SS, together they burned Jews cause Jews burn the best" and "Hamas, Hamas, Jews to the gas."
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Quando toda a gente sabe que o que põe as chancelarias europeias a tremer e causa o pânico nas agências de notação financeira e provoca a desconfiança e o receio dos "investidores", que o perigo está na subida do rating eleitoral do Syriza, os extremistas de esquerda. Os mortos e os assassinatos são danos colaterais, e necessários, no caminho para o futuro radioso que nos espera proporcionado pelo Deus Mercado.
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E foi com os ensinamentos da I Guerra Mundial aprendidos que as potências vencedoras da II Guerra Mundial optaram pela inclusão da derrotada Alemanha, ao invés de mais sanções, compensações e impostos de guerra, e que Jean Monnet, Robert Schuman, Konrad Adenauer, puseram mãos à obra para construir a Europa que nós, a última geração privilegiada, ainda tivemos o prazer de conhecer e viver; para evitar que situações destas se voltassem a repetir. [Via]
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Parece que a divulgação da destruição dos ficheiros, pouco depois, foi recebida com incredulidade de políticos da esquerda à direita. Não se percebe é se a incredulidade é pela destruição, pela divulgação da organização, ou pela divulgação da destruição. Políticos da direita à esquerda. Pois. É que, além da RFA, também houve uma coisa, um serviço de segurança com um Estado dentro, que deu pelo nome de RDA.
«Aparentemente, a destruição foi levada a cabo por um agente sem ter sido ordenada pela sua chefia». E isso é mau porque se presta a "teorias da conspiração". E a gente vai fazer de conta que não sabe nada de nada de História e vai repetir 3 vezes: aparentemente, aparentemente, aparentemente.
[Otto Von Bolschwing na imagem]