"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Na RDA eram combatentes leais ao estado do SED - Sozialistische Einheitspartei Deutschlands, agora também podem ser encontrados nas fileiras da AfD. Segundo uma investigação da CORRECTIV, várias dezenas de antigos funcionários a tempo inteiro da Stasi fazem parte das estruturas da AfD. Mostramos o que eles estão fazendo hoje. A AfD permanece em silêncio sobre isso.
Normalizar o nazismo é de cada vez que se fala na Ucrânia, em solidariedade com a Ucrânia, condenar Putin e a invasão russa da Ucrânia, aparecem aqueles com "ah e tal os nazis do Batalhão Azov", estes sim são os normalizadores do nazismo, os que reduzem toda a resistência de um povo ao invasor opressor à existência de uns quantos nazis num batalhão integrado num exército.
«Carabinieri seized photographs of Hitler, swastikas and a book listing Jewish surnames during coordinated raids on Monday on the homes of 12 alleged members of the Roman Aryan Order, a Nazi-inspired white supremacist group. One of the accused was voted the winner of an online Miss Hitler beauty pageant in 2019, calling herself Miss Eva Braun.
The investigation began in 2019, as part of a wider probe into white supremacist and far-right movements. Police said in a statement that this group was “dedicated to publishing racist and discriminatory, Nazi-inspired, anti-Semitic and Holocaust-denying content, videos and images on social media.»
Um tem estátua na Parliament Square, o outro não. Um foi derrotado e escorraçado pelo povo e pela democracia, o outro ganhou uma guerra mundial e a eternidade. A estátua de um é defendida pelos discípulos do outro.
Setenta e cinco anos depois da vitória aliada sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial ver a extrema-direita e os nazis a marchar nas ruas de Londres em defesa da estátua Churchill. Com as voltas que o mundo dá ainda há palermas que juram que a Terra não é redonda.
Paulo Ferreira, Prémio Pinóquio do Ano de 2018, lídimo escudeiro da direita radical e competentíssimo no cumprimento da agenda política e ideológica nos media, aparece no Twitter a desculpar o hotel SANA por ter dado asilo à reunião de saudosos do nazi-fascismo, e contra o "pelourinho" onde foi colocado pelas "redes sociais" [sempre boas para os escudeiros da direita radical passarem o spin, depois repetido e amplificado ad nauseam pelos aios de plantão] sem explicar como é que, ou porque é que, a Sábado destacou jornalistas para fazer a cobertura de evento organizado por cidadã anónima, já que só a posteriori se soube ser o nome da mãe de Mário Machado.
Há no entanto um upgrade nesta aparição do Prémio Pinóquio do Ano de 2018 no Twitter: não enveredou pelo whataboutism do "também já lá ouve uma conferência de uma organização de esquerda e a esquerda e o comunismo e o Estaline e o Pol Pot [Mao fica sempre fora da equação, se calhar porque os ex maoistas são os actuais... vocês sabem], e que é o caminho invariavelmente trilhado pela direita radical para desculpar e absolver a extrema-direita que se atreve a dizer em público e em voz alta o que eles só se atrevem a pensar em privado.
Cerca de 100 mortos, 30 000 detenções, mais de 1 000 sinagogas incendiadas, mais de 7 000 lojas destruídas ou seriamente danificadas. Foi assim que tudo começou.
Quando toda a gente sabe que o que põe as chancelarias europeias a tremer e causa o pânico nas agências de notação financeira e provoca a desconfiança e o receio dos "investidores", que o perigo está na subida do rating eleitoral do Syriza, os extremistas de esquerda. Os mortos e os assassinatos são danos colaterais, e necessários, no caminho para o futuro radioso que nos espera proporcionado pelo Deus Mercado.