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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| O banqueiro bolchevista

por josé simões, em 05.01.13

 

Acreditar que a intervenção do Estado no Banif terá sucesso corresponde à mesma coisa que supor serem os êxitos iniciais da ofensiva alemã das Ardenas, em dezembro de 1944, uma sólida garantia da capacidade de Hitler inverter a sorte da guerra... Não há leitura técnica de mais este caso revoltante. Apenas uma leitura política e ideológica. Este é um governo que promove a luta de classes. Quis colocar os portugueses uns contra os outros, conseguindo unir sindicatos e patrões na mesma recusa ética da redução da TSU. Incita os jovens a hostilizarem os pensionistas. Desmoraliza os trabalhadores no ativo, alimentando o ressentimento de desempregados contra modestos salários, apresentados como privilégios. Movido pela sua ideologia da luta de classes, este governo não respeita a palavra dada, como se viu na abrupta redução para 12 dias da indemnização por despedimento. A transferência, num plano kamikaze, de 1,1 mil milhões de euros das dívidas do BANIF para o erário público, numa nacionalização de prejuízos, sem qualquer discussão parlamentar, exorbitando as competências do executivo, violando o princípio republicano do consentimento fiscal, constitui uma verdadeira confissão da natureza classista da política que o ministro das Finanças conduz em Portugal, em articulação com a fação predatória de ministros-banqueiros e banqueiros-ministros que visa submeter os povos da Europa ao jugo da indigência. Este ministro desembarcou em Lisboa como uma espécie de Lenine monetarista na Gare da Finlândia. Ele constitui a principal ameaça à coesão social e à tranquilidade pública. Veio com a missão de subverter o país e obrigar Portugal a uma nova revolução. Só que, na revolução tal como na guerra, sabe-se como as coisas começam, mas nunca como e quando acabam.

 

Viriato Soromenho Marques

 

 

 

 

 

|| Risco sistémico

por josé simões, em 02.01.13

 

 

 

Nem um pio agora se ouve…

E já foi no tempo de compensação, com o público a "abandonar o estádio".

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

Quem é amigo, quem é?

por josé simões, em 04.11.08

 

Uma vez que os problemas no BPN não são consequência da crise financeira, antes vinham detrás, com conhecimento do Banco de Portugal, que preferiu a presunção da inocência ao invés de agir, quer-me parecer que esta nacionalização era desnecessária. Bastava ao Estado assegurar os depósitos; deixar o banco falir; criminalizar os responsáveis. Assim, e olhando para a lista de accionistas e responsáveis que já passaram pelo banco e que por lá continuam, cheira-me a favor entre amigos do Bloco Central. Os Pê Pê Dês/ Pê Ésse Dês ficam a dever uma aos amigos Pê Ésses. Ao contribuinte, que é quem vai suportar todas estas diabruras ninguém fica a dever nada. Daqui por uns anos, com os passivos e activos limpos, haverá nova privatização. Tudo está bem quando acaba em bem.

 

E no entretanto, Vítor Constâncio lá vai fazendo pela vidinha, ganhando o ordenado e contando os dias que faltam para a reforma.

 

(Foto fanada no Chicago Tribune)