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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O “modelo social chinês” (o poder das Marcas)

por josé simões, em 16.06.08

 

Na minha perspectiva, o aumento de 48 para 65 horas de trabalho semanais é o que menos importa neste acordo.

 

À grande maioria das pessoas não importa a possibilidade de poder vir a ter de trabalhar mais horas, o que aliás essa mesma grande maioria já faz, quer no próprio emprego, quer em part-time fora do emprego e/ ou profissão, para conseguir compor o orçamento familiar.

 

O que importa à grande maioria das pessoas é a justa retribuição pelas horas de trabalho dispendidas; por outras palavras: trabalhar sim, mas auferir a justa compensação; ganhar dinheiro; trabalhar para aquecer não! Ora isso não acontece com as actuais 48 horas, e é de todo improvável que venha a acontecer com as 65. Sessenta e cinco horas de trabalho semanais iguais a maiores mais-valias para as marcas e para as empresas; e maiores lucros para os seus accionistas, e na proporção inversa, mais miséria e menos qualidade de vida para as populações.

 

E esta é que é uma cedência inaceitável ao “modelo social chinês”!

 

(Foto de Issei Kato via Reuters)