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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| A propaganda continua de vento em popa

por josé simões, em 20.03.15

 

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Correndo o risco de me repetir, por que cargas de água há-de alguém de Setúbal ou de Lisboa ou de Coimbra ou do Porto ou de Aveiro, do litoral urbano, onde há de tudo menos empregos, deixar casa e família por 1258 € mensais, e a dormir debaixo da ponte e a fazer as refeições na Carátias ou numa organização do género, porque é de mil duzentos e cinquenta e oito euros de que falamos, ir para Évora ou Portalegre ou Castelo Branco ou a Guarda ou Miranda do Douro, onde não falta tudo mas faltam muito mais coisas do que as que há disponíveis no litoral e nem oferta de emprego a ganhar o salário mínimo nacional há para os que lá estão, ajudar a combater "a desertificação e as assimetrias regionais"?


Já nem digo um trabalho de investigação jornalística sobre o real impacto destas medidas na economia e nas zonas "desertificadas" e "assimétricas" a que se destinam, nem sequer um trabalho sobre estas trambiquices que entram a 100 por um dos ouvidos do cidadão, anónimo e desempregado, e saem pelo outro a 200, mas pelo menos alguém perguntar a um secretário de Estado ou a um ministro o que é que se pretende concretamente com isto, se acham que as pessoas nasceram ontem ou se acreditam no Pai Natal.


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||| T. P. C. : Definir "mobilidade geográfica"

por josé simões, em 02.09.14

 

 

 

Partindo da revolução cultural que foi a sedentarização, permitida pelo adquirir de técnicas agrícolas e pecuárias, e da sua crucial importância na evolução da espécie humana e na organização política, social e económica das sociedades modernas, a partir do surgimento de agregados populacionais – aldeias, vilas e cidades.

 

«IRS: Daniel Bessa destaca apoios a famílias com filhos, à poupança e à mobilidade geográfica»

 

Confesso que fico com "pele de galinha" quando ouço estes gordos anafados, de sedentários, habituados que estão a pôr e dispôr sobre vidas alheias, falar em "mobilidade geográfica" como uma das panaceias para os males da sociedade, como se os de Setúbal, por exemplo, fossem alegremente cantando e rindo para Braga, por exemplo também, ocupar postos de trabalho que em Braga não há para os bracarenses, ou vice-versa. A menos que seja a "mobilidade geográfica" do pai da "mobilidade geográfica" moderna – Estaline, desenraizar para subjugar e reinar. Desta gentinha já espero tudo.

 

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