"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
De regresso aos blogues, ao Facebook e ao Twitter, ao glorioso ano de 2011, o ano da criação de emprego entre as hostes da direita, os escudeiros do sector privado debaixo do chapéu de chuva e de sol do Estado, às custas do dinheiro dos contribuintes, às custas daqueles que conseguiram manter o emprego depois do glorioso ajustamento da economia e das grandes reformas estruturais para 1 000 anos. Não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe.
Ao "fora-da-lei" no currículo, tantos são os chumbos no Tribunal Constitucional, o Governo junta a "protecção à ilegalidade" e demite-se de uma das suas funções – a defesa do Estado de Direito, numa altura de maior exposição dos trabalhadores a abusos e violações da lei por parte de patrões com menos escrúpulos. Depois das sucessivas desvalorizações do valor do trabalho e dos subsídios e apoios sociais a etapa seguinte só podia ser esta. Mais uma medida em prol da mais-valia dos patrões e accionistas, com a assinatura do CDS "das famílias", com o álibi de "um mercado de trabalho mais dinâmico e eficiente":