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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O melhor Governo da História de Portugal, desde que Afonso III conquistou o Algarve aos mouros

por josé simões, em 03.09.24

 

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Como reza a lenda, laboriosamente construída nos espaços de comentariado nos jornais, nas rádios e nas televisões, o Governo patriótico que teve a hercúlea tarefa de tirar o país da banca-rota e de restaurar a credibilidade de Portugal no mundo e aos olhos dos mercados, antes do primeiro-ministro, Passos Coelho, saber que um dia ia ser sonhado para Presidente da República, antes da ministra das Finanças, Maria Luís, ser entronizada comissária europeia pela sua mui grande experiência e sentido de responsabilidade, antes do secretário de Estado, Pinto Luz, saber que mais à frente iria ser o ministro com a pasta nas unhas outra vez.

 

TAP foi comprada com o seu próprio dinheiro: relatório revela suspeitas de crime na privatização

 

Andou o Ministério Público quatro anos a pescar à linha na linha de telefone do João Galamba, andou um parágrafo manhoso a ser martelado entre uma ida e uma volta da Procuradora ao palácio do Marcelo, foi um presidente de câmara detido por ter pedido a uma empresa privada apoios para o futebol juvenil da cidade.

Ninguém se demite, continuam a andar por aí fresquinhos que nem alfaces, a pátria foi salva do socialismo, o Galamba fuma ganzas, soube-se pelo Correio da Manha, sem til, que teve acesso às escutas em primeira mão, o Pinto Luz não é motivo de ira entre os M&M's laranja - Marcelo e Monetenegro.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A direita e os guetos

por josé simões, em 02.05.24

 

Lisbon (Lissabon) by Georg Braun & Frans Hogenberg

 

 

Toda a gente com um mínimo de formação sabe que as cidades com história, em geral, e a cidade de Lisboa, em particular, cresceram a partir do centro, na base do turismo, dos alojamentos locais, e de lojas de artesanato diversas, que a partir de uma determinada hora as ruas ficam vazias de gente e não se vê vivalma, que os conceitos "lisboeta", em particular, e "bairrismo" e "tradição", no geral, são uma invenção ideológica, que os verdadeiros cidadãos, em geral, e os "alfacinhas", no particular, viviam fora das cidades, é por isso que em algumas cidades ainda é possível encontrar vestígios de muralhas e nalgumas até muralhas completas, desde esses tempos áureos, da divisão dos cidadãos genuínos,  nos guetos, e dos cidadãos fake, os que fazem a cidade renovar e prosperar, no centro, sendo que a questão da mobilidade nem se colocava, não havia o caos do trânsito como nos tempos que correm, o tempo tinha outra velocidade e outro ritmo, uma pessoa metia-se rapidamente em qualquer lado a cavalo num burro, numa carroça ou até mesmo a penantes.

 

Miguel Pinto Luz: "O problema da habitação não tem de se resolver no centro de Lisboa"

 

[Imagem]