"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
E não explicou como e porque é que as famílias que até meados do século passado trabalhavam em profissões de grande esforço e desgaste físico, com horários de sol a sol e de domingo a domingo, sem férias nem feriados nem dias santos, tinham seis, oito, dez e doze filhos por casal.
Disfarçar um brutal aumento de impostos no recibo do ordenado no final do mês e libertar as empresas do pagamento de dois salários num só mês, como forma de atenuar as dificuldades de tesouraria causadas pela acção governativa. Um Govermo de Houdinis, cegos e surdos, e que nem lhes abrindo a cabeça lhes entra que quem cria a riqueza de um país são as pessoas e não as empresas.
E também paga 55% da renda da casa ao banco, da conta da luz e da água, do avio mensal no supermercado, do material escolar para os filhos, da conta na farmácia, etc. etc. etc. , numa altura da vida em que mais necessita do salário para fazer face às adversidades?
Beneficiários do Rendimento Social de Inserção com mais de 25 mil euros no banco e possuidores de aeronave? Temos um Governo que em vez de fazer aquilo para que foi eleito – governar, anda na brincadeira a gozar com a cara dos cidadãos.
[Na imagem "Porn Dialog" de David Buckingham, via]
E se de repente, como que por artes mágicas, os partidos de Direita passassem a ser os maiores defensores do Rendimento Social de Inserção? O mundo ao contrário? Não. O mundo tal e qual ele deve ser, a bem das empresas e do crescimento económico e da criação de riqueza.
Embaratecer o despedimento até à indemnização zero, limitar aos mínimos dos mínimos [no custo e na duração] o subsídio de desemprego, até não haver distinção entre este e o RSI, e compensar as faltas com cheques-géneros e cantinas sociais nas IPSS.