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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Uma, duas nulidades

por josé simões, em 08.10.23

 

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De valor era marcar um dia e uma hora com toda a gente na janela a aplaudir o alegado ministro da Saúde pelo excelente desempenho do SNS, hospitais e centros de saúde.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

Adenda: o Governo dos prémios de consolação, Medina nas Finanças por ter perdido a câmara do Porto, Pizarro na Saúde por os eleitores não confiarem nele para o Porto.

 

 

 

 

O ministro é pateta ou goza com o pagode?

por josé simões, em 04.10.23

 

New Year in a psychiatric hospital. USSR, Moscow, 1988. Photographer Pavel Krivtsov.jpg

 

 

Portanto, alguém levar um ordenado decente para casa no final do mês obriga estar 14 horas à disposição da entidade empregadora, pública ou privada. Das 6 às 20 horas, sendo que para entrar às seis tem de se levantar da cama pelo menos uma hora antes para se preparar, higiene pessoal, vestir, etc, e ainda mais algum tempo para quem trabalha longe de casa. E depois sair às oito da noite, pelo menos mais uma hora para entrar na porta da rua às 21 horas, até já acabou o telejornal. E depois faz o quê? Janta e vai para a cama porque está todo partido e no dia seguinte tem de repetir a rotina. Nem televisão, nem saída à noite com a mulher ou os amigos, nem ida ao teatro, ao cinema, a um concerto, e se tiver filhos o crescimento e a educação passam-lhe completamente ao lado. 

 

As urgências hospitalares, desde que o Serviço Nacional de Saúde existe, funcionaram sempre na base da boa vontade dos médicos que aceitavam fazer horas extraordinárias em quantidades muito significativas e desse ponto de vista não há nenhuma mudança

 

Manuel Pizarro, o alegado ministro da Saúde, é pateta ou simplesmente goza com o pagode?

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

E ainda gozam com o pagode

por josé simões, em 17.10.22

 

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Um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, anda toda a vida a tentar endireitar a vidinha e constitui uma empresa para levar a vida direita.

Um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, mete-se na política, faz-se militante de um partido do arco da governação, para ficar mais próximo dos centros de decisão, por causa da tal empresa que constituiu para levar a vida direita, ou um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, constituiu a empresa depois de se ter metido na política e ter percebido que o melhor para endireitar a vidinha era fazer-se à vida e constituir uma empresa para levar a vida direita, já que os centros de decisão estavam mesmo ali à mão de semear.

Um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, mete-se de tal maneira na política que um dia chega a ministro e à incompatibilidade entre o ser e ser dono de uma empresa constituída para endireitar a vidinha e levar a vida direita. Perante isto um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, vende a sua parte da empresa a outrem e abdica, em prol de servir o pagode, de todo o esforço despendido ao longo da vida para endireitar a vidinha e levar a vida direita através da constituição de uma empresa.

Um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, espera que o pagode acredite nisto, que daqui para a frente não tem nada a ver com a empresa que criou para endireitar a vidinha e levar a vidinha direita, a troco de um mandato ministerial de termo incerto ou um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo ainda goza com  o pagode?

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

||| Afinal parece que há almoços grátis

por josé simões, em 01.08.15

 

 

 

Diz o ministro da Saúde que "são oito hospitais que passam a ser do SNS e em que os utentes apenas têm que pagar a taxa moderadora". Só. O que é excelente, para o utente que paga pouco, para o contribuinte que não paga nada, uma vez que a dotação de 25 milhões de euros [num montante global de 125 milhões] a oito misericórdias para consultas e operações é dinheiro caído dos céus, por obra e graça do Criador, já que é de heterónimos da Igreja Católica de que falamos, e não dinheiro caído do bolso do contribuinte por via das transferências do Orçamento do Estado. O utente só paga a taxa moderadora, deviam sublinhar isto. Amém.


Afinal parece que há almoços grátis.


[Imagem Helge Nissen, Leaves Out of the Book of Satan, 1921. Dir. Carl Theodor Dreyer]

 

 

 

 

||| A falta de respeito

por josé simões, em 16.07.15

 

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A falta de respeito do ministro da Saúde pelo dinheiro dos contribuintes e pelo sacrifico das famílias que, em 40 anos, construíram um dos melhores sistemas de saúde público da Europa e do mundo, conjugada com a falta de respeito do seu colega da Educação na destruição e desmantelamento de um dos também melhores sistemas de educação públicos da Europa, assente na mentira da excelência do privado.


Enquanto a Educação continuar a produzir os profissionais de que a Saúde precisa mas não contrata há que pôr as exportações "a bombar", parafraseando outro ministerial colega e que se lixem [também de ministro] os contribuintes e as famílias.

 

 

 

 

||| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 23.06.15

 

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O ministro da Saúde do Governo que fez a 'reforma do IRS' por via da redução dos escalões e do encolhimento da sua progressividade, é o mesmo ministro da Saúde do mesmo Governo que vem agora clamar por uma ‘reforma’ do financiamento do Serviço Nacional de Saúde por via da progressividade dos impostos, os que podem mais pagam. Ou anda distraído, ou anda a gozar com a cara dos cidadãos, ou anda a apostado em lançar a confusão a três meses das eleições...


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| Ninguém perguntou ao ministro...

por josé simões, em 10.04.15

 

Compostition VIII by Lauren Hillebrandt.jpg

 

 

E porque há-de o dinheiro do contribuinte, por interposta pessoa o Ministério da Saúde, pagar a um heterónimo da Igreja Católica, com a inócua e incolor denominação de Instituições Particulares de Solidariedade Social, para fazer aquilo que o Estado, que já paga às IPSS, e não é assim tão pouco quanto isso, por via das transferências do orçamento do Estado, não faz?


Dito de outra maneira, porque é que um médico faz numa IPSS, pago pelo dinheiro do contribuinte, por interposta pessoa o Ministério da Saúde, aquilo que não faz no Serviço Nacional de Saúde, pago pelos mesmos suspeitos do costume e sem intermediários?

 

Porque é que o ministro da Saúde, por interposta pessoa o Ministério da saúde, se demite das suas competências?


Ninguém perguntou ao ministro...


«Quer ter médico de família? Pode ter de ir a uma IPSS»


[Imagem]

 

 

 

 

||| Publicidade institucional

por josé simões, em 07.02.15

 

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O que nós gostavamos todos de saber é quanto é que foi, em percentagem e em euros, o aumento para o bolso do contribuinte entre 2011 e 2014 no pagamento pelo Governo a agências de comunicação [e já agora o nome das agências e quem é quem nas "relações perigosas" com o poder] para plantarem notícias nos jornais a enaltecer o espírito de missão e o serviço público e a defesa do Estado social pelo Governo PSD/ CDS, por coincidência e só por coincidência logo logo logo a seguir ao caso dos doentes com hepatite C, danos colaterais "custe o que custar".


«[...] a despesa do Serviço Nacional de Saúde com medicamentos inovadores disparou de 56 milhões de euros em 2011 para mais de 142 milhões em 2014, apenas com dados até Setembro.»


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| Liberalismo e neoliberalismo rimam com lei da selva

por josé simões, em 06.02.15

 

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O direito do mais forte à vida, o direito do mais forte à liberdade. Quem tiver dinheiro paga pelo acesso aos cuidados de saúde, pelo acesso à justiça, pelo acesso à educação. Tudo são números e as pessoas acima de tudo são números e quando as pessoas deixam de ser números é porque passaram a ser danos colaterais, menos um a atrapalhar na cadeia alimentar. Ao contrário do que escreveu Jean-Jacques Rousseau em "O Contrato Social", o homem é naturalmente mau, sendo a sociedade, instituição regida pela política, a responsável pela sua humanização. É por isso que é importante desregular, desmantelar o Estado, liberalizar, abolir a solidariedade e expurgar qualquer réstia de humanidade. Louvor ao Deus Mercado que matou a herança e a tradição judaico cristã.


[Imagem]

 

 

 

 

||| Realidade paralela

por josé simões, em 20.01.15

 

 

 

Um ministro da Saúde que aparece nas televisões a dizer, sem se rir ou sem sequer pestanejar ou enrolar a voz, que «o caos nos hospitais se deve aos 600 médicos que se reformaram», que a «culpa é das reformas antecipadas», é um ministro que não tem a noção da dimensão e do impacto das "reformas estruturais" e das "reformas sectoriais" levadas a cabo pelo ministro da Saúde do Governo e pelo Governo do ministro da Saúde. Vive numa realidade paralela, portanto.

 

 

 

 

||| Vai ser o bom e o bonito

por josé simões, em 08.10.14

 

'Mickey is also a Rat' Series by Nicolas Rubinstei

 

 

O ministro da Educação garantiu a abertura do ano escolar a tempo e horas e uma colocação eficaz dos professores.


A ministra da Justiça garantiu que ia tudo correr sobre rolamentos oleados com a "maior reforma no sector desde os idos de D. Maria".


O ministro da Saúde garante que Portugal está preparado para o vírus do ébola.


[Imagem 'Mickey is also a Rat' Series by Nicolas Rubinstein]

 

 

 

 

||| Fazer os outros de estúpidos

por josé simões, em 09.07.14

 

 

 

Um Governo de fanáticos, ideologicamente cegos e sem a mínima intenção de flexibilização negocial, mete mãos à obra de aplicar à sociedade uma cartilha política que, além de não ter sido sufragada em eleições, foi escondida dos cidadãos pela omissão e pela mentira e, quando determinados sectores da sociedade reagem em defesa do bem comum, ó da guarda que é "por motivos políticos" que exploram o descontentamento da sociedade. Se calhar a sociedade que se sente enganada e usada pela mentira política que não foi a votos. Fazer os outros de estúpidos é isto.

 

[Imagem de Fred Stein]

 

 

 

 

 

 

||| Até uma criança percebe

por josé simões, em 19.04.14

 

 

 

Taxa-se, por exemplo, a cerveja a pretexto… não interessa o pretexto porque para este Governo todos os pretextos para taxar são bons e quando não há pretexto inventa-se um. A taxa reflecte sobre o consumidor no preço a pagar. O consumidor retrai-se e deixa de comprar ou passa a comprar menos. Como o consumidor não compra, ou compra menos, a fábrica não produz. Como a fábrica não produz, por falta de procura, faz o ajustamento interno e despede trabalhadores e/ ou rescinde contratos de trabalho. Aumenta o número de desempregados a receber subsídio na proporção exacta ao número de empregados que deixa de descontar para a Segurança Social. Como o número de desempregados a receber subsídio aumenta reduz-se o valor do subsídio a pagar e a sua duração temporal. Como o consumo sofreu uma queda, por via da taxa, os hipermercados, supermercados e pequeno comércio deixam de vender. Algum pequeno comércio [bares, restaurantes] despede empregados ou fecha portas, não só porque o preço do produto aumentou mas também porque há mais gente a receber menos e um desempregado tem mais onde gastar dinheiro do que andar por aí a comprar e a beber cervejas. Mais gente a recorrer ao subsídio de desemprego. Como o comércio não vende o volume de impostos a recolher pelo Estado baixa consideravelmente. Para substituir os impostos que o Estado deixou de arrecadar o Governo cria uma nova taxa. Se calhar sobre o ar que se respira. Até uma criança percebe, excepto estas crianças que se entretêm nas artes da desgovernação de um país.

 

 

O que o ministro pensa ou deixa de pensar, diz ou deixa de dizer vale tanto quanto fiador na praça, é apenas mais um verbo-de-encher cúmplice na destruição da economia e do país.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 26.03.14

 

 

 

"O problema é as pessoas estarem a consumir medicamentos a mais"

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| Castigo com ela

por josé simões, em 03.04.13

 

 

 

Estar no Parlamento só por estar, porque alguém a mandou estar, para fazer número e "levantar a mão" na hora da votação, com total desconhecimento das metas e dos objectivos do Governo, que a maioria PSD/ CDS-PP a que pertence suporta, para, e nomeadamente, a saúde: cortar, cortar, cortar, privatizar, privatizar, privatizar, destruir as funções sociais do Estado. Castigo com ela.

 

[Imagem]