Novilíngua
Mentira no currículo = lapso.
[George Orwell na imagem]
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Mentira no currículo = lapso.
[George Orwell na imagem]
Um exercício simples: Imaginar os comentadeiros do PS com lugar cativo nas televisões, replicados nas redes pela tropa fandanga de plantão, com o PSD no Governo e um pantomineiro à nora na Administração Interna, uma suspeita de trafulhice gravíssima com ingerência política na Justiça e o dinheiro do contribuinte a financiar despedimentos na TAP e aumentos pornográficos aos gestores.
Em matéria de paixões, cada um tem direito à sua contradição íntima
[Imagem de autor desconhecido]
Chegámos aquele ponto de ter as "redes" infestadas de comentadores, residentes profissionais ou em part-time, apóstolos e escudeiros do ex Governo da direita radical, do Governo de Rui Machete ministro dos Negócios Estrangeiros, de calças na mão, curvado perante a cleptocracia angolana a pedir desculpas por Portugal ser um Estado de direito, a avançarem com a possibilidade da ministra da Justiça ter dito o que disse para preparar o caminho à substituição da actual Procuradora-geral da República por alguém amigo do novo regime em Luanda. Não ter a puta da vergonha na cara é isto.
[Imagem de autor desconhecido]
Braga: «Duas irmãs violadas em família que as acolheu»
Seia: «Mãe suspeita de prostituir filha menor»
Afixada a lista no hall de entrada das respectivas habitações teria permitido aos menores em causa saber que viviam intra-muros com abusadores sexuais sem escrúpulos.
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A televisão do camarada Chico Balsemão, no intervalo dos comentadeiros do pensamento, único militantes do partido do n.º1, em horário nobre que é como quem diz no telejornal das 8 que é como quem diz no telejornal da hora do jantar que é quando o pagode está todo em casa à mesa à espera da telenovela, passa o projecto de lei do alcatrão e penas da ministra do justicialismo, Paula Teixeira da Cruz, logo a seguir a duas notícias de abusos abusos sexuais sobre crianças, umas até estavam à guarda de amas [vejam só!], e o one size fits all man do CDS, Telmo Correia com aquela cara de Professor Pardal, muito compenetrado e cheio de sentido de Estado, com o proteger a criança, da direita, e o proteger o monstro-violador, da esquerda-oposição, e a Teresa 'Leal ao Vale e Azevedo' Coelho, do PSD, com a mascarilha do Zorro descaída a tapar o pescoço, com o supremo interesse da criança, e a esquerda, toda sem excepção, a defender o indefensável, maquilhado de direitos humanos e de Constituição, os monstros da esquerda, sem coração, da esquerda, como é que possível, a esquerda? Ainda há bocado dois depravados violaram crianças, a esquerda...
Uma maioria, um Governo, um Presidente, uma televisão.
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«Ministra da Justiça entregou aos deputados estatística da pedofilia já desmentida»
[Imagem de autor desconhecido]
Alguém devia explicar isto à ministra Paula Teixeira da Cruz.
[Aqui]
Descontando o facto de neste vale tudo atentatório do Estado de direito a ministra da Justiça poder aparecer amanhã em 'modo Paulo Morais' para justificar a reintrodução do pelourinho em todos os concelhos, «a taxa de reincidência no crime de abuso sexual de menores é de 80% a 90%» e posso prová-lo, uma vez que a «larga maioria dos abusos sexuais de menores acontece no seio da família ou é cometida por pessoas "muito próximas"» a 'Lista de Paula' é para afixar no hall de entrada ou na sala de refeições da casa da vítima, para o menor saber que tem um familiar que abusa sexualmente dele e para o abusador não se esquecer que é um abusador sexual de um familiar?
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No habitual tom mavioso quando quer enrolar os mais incautos:
«Deve de alguma maneira dar-se aos pais e à tutela parental a possibilidade de colherem [sic] alguma informação nesta matéria em certas circunstâncias?»
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1. O Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei que procede à alteração do Código Penal, tornando mais eficaz o combate ao abuso sexual e à exploração sexual de crianças e à pornografia infantil. [Continuar].
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Nos idos de 1984 uma das acusações contra um alegado membro das FP 25 era a de ter em casa o Manual do Guerrilheiro Urbano de Marighella, igualzinho ao meu, o que está na foto que ilustra o post. Em Portugal, antes do 25 de Abril de 1974, os jornais estavam todos no Bairro Alto pela proximidade com o Exame Prévio, a censura. Antes da queda do Muro de Berlim o pessoal da RDA que morava junto à fronteira com a RFA safava-se a ver televisão, assim como os checoslovacos, os húngaros e os jugoslavos, estes pela proximidade com a Áustria. O camarada Hugo Chavéz proibiu os Simpsons antes de encerrar estações de televisão e jornais críticos do "socialismo bolivariano do século XXI", enquanto em Cuba os blogues da oposição são escritos a partir do exterior e as rádios com emissão em Miami são captadas com "batata frita" de interferência. Dos desgraçados da Coreia do Norte nem vale a pena falar e o nosso islamofascista na Turquia vai prendendo jornalistas, cartoonistas, humoristas, e fechando jornais enquanto na Rússia os jornalistas críticos de Putin quando acordam estão mortos com um tiro na nuca. E podíamos continuar pelo "great firewall" da China, para já não falar de queimas de livros e outras coisas que tais em passados recentes. Tudo com o mesmo argumento: a ordem pública, a segurança, das pessoas e do Estado.
«Terrorismo: os novos crimes aprovados pelo Governo
Cá para mim isto é censura, mas isso sou eu que até tenho um blog com um nome "estrambólico-pavoroso", como certa vez disse o saudoso José Medeiros Ferreira.
Quanto é que custou ao bolso do contribuinte o plano de encomendar uma auditoria para contradizer o estudo da ONU, para Paula Teixeira da Cruz ficar bem na fotografia de ministra da Justiça, e quem é quem nas relações perigosas entre a empresa auditora e o inner circle político-partidário com ligações ao poder?
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Se fosse a Catarina Martins, o Luís Fazenda ou o Pedro Filipe Soares era já uma tourada e o César das Neves a rabejador. As causas fracturantes, as prioridades, as pessoas têm mais com que se preocupar, a família, a desconstrução familiar, a hierarquia, os valores, a autoridade do Estado, a sociedade, a moral e os costumes, a anarquia nas ruas, nas escolas, nos locais de trabalho [que ainda há] e a Isilda Pegado e a Conferência Episcopal Portuguesa. Como é Paula Teixeira da Cruz nem sequer ninguém se lembra de argumentar com a percentagem de alcoólicos anónimos, e de figuras públicas, num país de tabernas de portas abertas das 7 da manhã às 10 da noite.
«"Os negócios da droga são profundamente rentáveis, se estiver disponível nas farmácias, se se a puder comprar", há "ganhos para os cidadãos", graças à diminuição de outros crimes, afirmou a ministra.
"Está demonstrado – e para mim isso ficou muito claro com a lei seca nos EUA – que a proibição leva a que se pratiquem não só aqueles crimes, mas também outros, associados", disse Paula Teixeira da Cruz [...]»
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Confundir medo com vergonha. «[...] não tenho medo nem varro para debaixo do tapete». O problema da senhora é mesmo um problema de valores. Éticos e morais. «no dia que sentir que tenho alguma responsabilidade política seria a primeira a tirá-la.». Siga.