O Correio da Manha ao poder! *
* Correio da Manha sem til
[Imagem de autort desconhecido]
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* Correio da Manha sem til
[Imagem de autort desconhecido]
Ministro da Justiça
Fernando Negrão, da demissão do cargo de director da Polícia Judiciária no quadro do processo Moderna [que chegou a envolver Paulo Portas] por suspeitas de violação do segredo de justiça. De Setúbal para Lisboa, de Lisboa para o Parlamento, onde ainda ontem não foi eleito presidente porque os socialistas-comunistas-esquerdistas-anarquistas não respeitam a tradição. Contra a democracia marchar, marchar.
[Imagem de José Sena Goulão/ Lusa]
Os excelentíssimos senhores magistrados portugueses foram para Timor fazer aquilo que não fazem em Portugal. Mas só porque em Portugal não há corrupção na política, nem nos negócios, nem na administração da cousa pública, nem tampouco promiscuidade entre a política e os negócios e a administração da cousa pública, mas apenas uma coisa, perniciosa, a que se convencionou chamar de "populismo". Honi soit qui mal y pense.
[Imagem de autor desconhecido]
Desde as "escutas a Belém" que não se via tamanho atentado ao Estado de direito.
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Houve um tempo em que as mulheres eram enganadas. Foi no tempo em que o prazer era só do homem e a mulher era um acessório, tipo boneca insuflavel. Casavam prenhas porque tinham sido enganadas. Ainda assim menos mal. Podiam nem sequer emprenhar mas não casavam porque já tinham sido usadas por outro, vítimas do prazer alheio. Foi enganada, coitadinha. Isto até ao fim dos dias da vida. Foi nos idos do velho de Santa Comba Dão, a chamada mentalidade salazarenta-cristã de que este Governo, de gente aparentemente nova, é o legítimo herdeiro. Paula Teixeira da Cruz também emprenhou, de arrogância, soberba e prepotência, [e até já pediu desculpa por ter emprenhado] mas vai ficar solteira, coitadinha, porque quem teve o prazer foram as "estruturas intermédias".
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«Ida de juízes aos tribunais mais distantes custa dinheiro, avisa tutela
Director-geral do Ministério da Justiça avisa magistrados dos limites da sua autonomia na alteração do mapa judiciário
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[*] "É imperioso que iniciemos, tão rápido quanto possível, um caminho que obvie a que exista, como tenho dito, uma justiça para ricos e uma justiça para pobres. A justiça tem que ter por base a igualdade e nós temos, neste momento, em função de várias alterações que foram sendo feitas, muitas vezes à luz de casos concretos – o que é de evitar – um sistema disfuncional e injusto, e mais preparado para os ricos do que para aqueles não têm meios"
Um dia ainda vamos saber dos contornos e das "ligações perigosas" à roda do erário público disto:
«perante o "clima de constante suspeição" em que o país tinha mergulhado, seria ponderado consultar determinados concorrentes, afastando outros. O concurso público "é uma das últimas fortalezas na defesa da transparência exigível aos contratos"»
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Ainda assim «as perspectivas para aqueles que deixam a cadeia são bem mais sombrias»
[A imagem é um slideshow no Guardian intitulado "Dentro de uma prisão sobrelotada em El Salvador". Não precisavam ter ido tão longe…]
Ou quando os clubes pequenos [leia-se o cidadão anónimo], sem dinheiro para investir num plantel [leia-se sem recursos económicos para pagar a um advogado que se saiba movimentar nos meandros processuais, dos erros, dos recursos e das suspensões], leva goleada do juiz candidato à bola de prata. Reintroduza-se a pena de morte e fica perfeito.
O que as pessoas todas deviam perguntar é, porque é que em trinta e muitos anos de Democracia, e outros tantos de maiorias de 2/3 e maiorias absolutas e consensos e convergências para isto e para aquilo e para mais o que há-de vir, nunca ninguém se lembrou de fazer uma lei que dissesse, preto no branco, que um Governo a partir do momento em que cesse funções fica automaticamente inibido de proceder a nomeações.
(Imagem de autor desconhecido)
O ministro "não deu qualquer instrução [e] observou rigorosamente o dever de não intervir em qualquer fase do processo".
E disso ninguém duvida – eu pelo menos não. Mas a cultura "agradar ao chefe" aka "dar graxa", mesmo que o chefe não queira ser engraxado, e que mina transversalmente a sociedade de alto a baixo, ordenou o pagamento. É muito difícil de perceber, e de perceber as implicações? Não devia ser. Para quem ordenou o pagamento, e, principalmente, para quem o recebeu. As consequências? Isso é outra estória. E também tem a ver com cultura.
(Imagem “Behind the scenes on” Peep Powell inspects a camera angle via Canal + Image UK Ltd)
Podemos desancar o Ministério da Justiça e a rebaldaria que vai no Ministério da Justiça sem sermos acusados de estar a “atacar” José Sócrates e o Governo do Partido Socialista? Ou o Estado, o Governo e o PS já é tudo a mesma coisa?
(Na imagem Delta Upsilon Rough House.University of California at Berkeley circa 1915, Oliver Family Photo Collection)
(Imagem 1919, District of Columbia Jail, Harris & Ewing)
Quando ouço o PSD falar em promiscuidades e asfixias democráticas e Estado castrador e outras coisas que tais, lembro-me logo do monólogo de Robert De Niro no filme Taxi Driver:
"You talkin' to me? You talkin' to me? You talkin' to me? Then who the hell else are you talkin' to? You talkin' to me? Well I'm the only one here. Who the fuck do you think you're talking to?"
É susceptível de interpretações truncadas se Alexandre Relvas disser que alguns dos seus melhores amigos são juízes?