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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| O Eduquês em acção directa

por josé simões, em 03.11.14

 

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Fosse numa empresa, privada, e era despedido sem apelo nem agravo nem indemnização ou, em última instância, ficava a trabalhar, com uma parte do salário cativada mensalmente pela entidade empregadora, até que todos os lesados fossem ressarcidos dos prejuízos e depois era despedido sem apelo nem agravo nem indemnização. Como é no Estado, que os liberais de pacotilha querem gerir e administrar com se de uma empresa, privada, se tratasse, não só não é despedido como o Governo que integra ainda nomeia uma comissão para estudar como é que o dinheiro dos contribuintes vai ser usado para pagar aos contribuintes a incompetência, a falta de rigor e de profissionalismo e a cegueira ideológica de um ministro. Como se já não bastasse o prejuízo causado aos alunos e às famílias. É prejuízo vezes dois


«O Governo publicou esta segunda-feira em Diário a República a constituição da comissão que vai apurar o direito à compensação financeira dos professores com colocação anulada no âmbito da bolsa de contratação de escola deste ano lectivo»


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||| Afinal não é tão burro quanto parece

por josé simões, em 14.10.14

 

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Chama-se alternância democrática e são os eleitores quem o dita nas urnas:


«Nuno Crato garante que no próximo ano lectivo não haverá "experimentalismos"»


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||| A origem das espécies

por josé simões, em 10.10.14

 

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Desde os idos do PREC que as aulas não começavam depois do dia 15 de Outubro, as que começavam.
Desde os idos do PREC e da chegada dos ‘retornados’ que não tínhamos aulas dadas profs que não eram profs mas que eram profs porque tinham perdido toda a documentação na pressa de fugir para a ‘metrópole’.
Foi na altura em que os futuros ex ministros Nunos Cratos andavam por aí a sanear, contra a burguesia, o fascismo e o social-fascismo.


«Directores e professores denunciam falta de meios para detectar falsas declarações de candidatos às vagas nas escolas»


[Nuno Crato na imagem]

 

 

 

 

||| Não há dinheiro para nada

por josé simões, em 08.10.14

 

 

 

E como não há dinheiro para nada vão pôr o dinheiro do suspeito do costume, o contribuinte, a pagar a ligeireza e a incompetência de um maoísta investido em ministro, a brincar com a vida das famílias, dos alunos e dos professores, ao 'grande salto em frente' na Educação, e onde culpa não é do ministro nem do Governo mas da "administração escolar" e do Estado.


«O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, anunciou nesta quarta-feira, na Assembleia da República, que já pediu ao Conselho Superior da Magistratura para nomear um magistrado que presida a uma comissão, com representantes das partes envolvidas, que deverá analisar "formas de compensação por encargos” causados pelos erros da administração escolar, no âmbito da Bolsa de Contratação de Escola (BCE).»


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||| O método de Salazar

por josé simões, em 04.10.14

 

 

 

Um mancebo do Minho ia assentar praça no Algarve ou um mancebo alentejano que ia fazer a recruta à Beira Litoral. Ambos acabavam a combater em Angola, que era nossa, ou na Guiné, que seria sempre portuguesa. Desenraizar para desmoralizar, dividir e reinar.


«Professora de Bragança colocada em Santarém foi agora mandada para o Algarve»


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||| O apagador

por josé simões, em 03.10.14

 

 

 

Só surpreende quem desconhece o modus operandi de um genuíno maoísta, de apagador na mão, a limpar o passado, a pôr e dispôr, a brincar com a vida das pessoas e das famílias, a construir o homem novo.

 

 

«MEC dá ordens às escolas para revogarem listas e anularem colocações de professores de dia 12»

 

Já fez autocrítica, como ensina o Livro Vermelho, já pediu desculpa, pode continuar, alegremente, a martelar no mesmo erro.


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||| Low cost, tudo é mercado

por josé simões, em 04.02.14

 

 

 

Desde que pareça que mexe, mesmo que não sirva para absolutamente nada, e se alguém ganhar muito dinheiro, com isso com pouco investimento, tanto melhor :

 

«Cursos superiores de curta duração arrancam no próximo ano lectivo e duram dois anos mas não dão equivalência a nenhum grau académico.»

 

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|| Liberdade de escolha

por josé simões, em 20.09.13

 

 

 

Assim como as escolhas têm liberdade de escolha para leccionar ou não a disciplina de Inglês, também as famílias têm a liberdade para escolher se os filhos usam ou não os novos manuais escolares, se bem que na grande maioria dos casos esta liberdade esteja directamente relacionada com a "liberdade" económica dos pais, que teimaram em viver acima das suas possibilidades, como é por todos sabido. A seguir as escolas vão ter liberdade de escolha para decidir se querem ou não ensinar Matemática ou Língua Portuguesa ou Educação Física ou outra qualquer disciplina, e as famílias vão ter liberdade para escolher se querem que os filhos andem na escola ou a coser sapatos à mão numa fábrica em S. João da Madeira. Quem disse que o Estado tem de garantir a todos os cidadãos a igualdade de oportunidades? Ah, essa coisa da Constituição. Reveja-se, para que o Estado tenha liberdade de escolha para decidir se garante ou não aos cidadãos a igualdade de oportunidades, e a que cidadãos.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| Ler nas entrelinhas

por josé simões, em 25.06.13

 

 

 

A 48 horas de uma greve geral convocada pelas duas centrais sindicais [CGTP e UGT], o melhor, e mais bem conseguido, manifesto de apelo à greve saiu do gabinete do ministro Nuno Crato: quando há justeza nas reivindicações vale sempre a pena lutar, sem medo, por aquilo que se acredita. Dignidade no trabalho.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| "Uma mentalidade nova fará ressurgir Portugal"

por josé simões, em 03.05.13

 

 

 

E uma ardósia para fazer contas e um caderno de duas linhas para aperfeiçoar a caligrafia, depois de cantada A Portuguesa sob o olhar severo do senhor Presidente do Conselho na moldura na parede.

 

"Portugal pode ser, se nós quisermos, uma grande e próspera Nação".

 

 

 

 

 

 

|| Conseguir o emprego antes de entregar o curriculum e ir à entrevista

por josé simões, em 29.01.13

 

 

 

Ao menos aqueles que passam a noite à porta do centro de saúde sabem a sua vez na hora da consulta. Transparência por medida.

 

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|| Meia auditoria

por josé simões, em 25.01.13

 

 

 

Agora que foram confirmadas, ao nível das condições de trabalho, as ilegalidades em colégios do grupo GPS, falta a coragem política, que este Governo não tem porque vai contra o seu "código genético", para avançar com uma auditoria à "fixação" na obtenção de resultados para os primeiros lugares nos rankings das escolas.

 

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|| "Uma análise detalhada"

por josé simões, em 27.09.12

 

 

 

O previsível resultado da "análise detalhada" é avançado, logo à partida, pelo analisador ainda antes de efectuada a "análise detalhada" – os exames são mais difíceis, a exigência é maior, a qualidade, no resultado final, aumentou. Para o ano estamos no top of the pops da OCDE. Pois.

 

Surpresa seria, será, que o resultado da "análise detalhada" refira que o desemprego aumentou, os salários dos que ainda têm emprego baixaram drasticamente, o IVA nos bens essenciais e nos serviços aumentou colossalmente, o preço dos transportes públicos disparou, os manuais escolares são mais caros que uma renda de casa, e que as famílias têm de fazer opções e primeiro está a barriga.

 

Estão de volta os pés descalços, o filho do rico estuda e pensa, o filho do pobre trabalha e obedece. Nada de novo, portanto.

 

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|| Nuno Crato ou o 'eduquês', do discurso directo levado à prática

por josé simões, em 16.08.12

 

 

 

Enquanto se continua, alegremente, para o infinito e mais além do que o memorando assinado com a troika, no que respeita ao ensino privado, o eduquês sem mestre, passado do papel para a prática, ataca em todas as frentes e destrói a escola pública.

 

O dinheiro dos impostos não chega para tudo, é preciso segurar o ensino privado, e a troika quer é saber dos números finais, não da matemática que foi feita para os atingir.

 

O povo sabe ler, contar, dizer quem foi o primeiro rei de Portugal e, talvez, as linhas do caminho-de-ferro de Angola, diplomacia económica oblige.

 

A elite dirige e governa. Com o voto do povo.

 

Podia voltar a telescola. Paga com o dinheiro dos contribuintes na factura da EDP.

 

 

 

 

 

 

|| "[...] and rationalising transfers to private schools in association agreements."

por josé simões, em 05.08.12

 

 

 

É o que se pode ler no memorando de entendimento. O Governo continua um Governo coerente, vai mais além da troika e tira, do dinheiro dos nossos impostos, ao ensino público para dar ao ensino privado.

 

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