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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O PS circular

por josé simões, em 05.02.20

 

Alex Eckman-Lawn.jpg

 

 

O Governo da Câmara ou a Câmara do Governo [isto sim, uma linha circular], que quer tirar os carros da baixa de Lisboa, para aumentar a qualidade de vida aos turistas e ao alojamento local, na baixa da cidade do comércio indiano e paquistanês de souvenirs, porque ninguém lá mora, ninguém tem posses para lá morar, cada vez menos gente lá trabalha, ninguém lá vai, e até fogem disso por causa das confusões e do gamanço, oficial e à paisana, é o mesmo Governo da Câmara ou a Câmara do Governo que, depois de ter feito uma verdadeira reforma estrutural com a redução do preço dos passes sociais, quer continuar a meter carros em Lisboa e para isso inventa um erro chamado "linha circular" ao invés de prolongar o metro até Loures, que é onde vive gente de carne e osso que inunda a capital todos os dias, alguns "corridos" da cidade para a periferia pela especulação imobiliária, numa medida desgarrada, só ao gosto da Câmara do Governo, e ignorando todas as outras câmaras da área metropolitana, sem planeamento, sem se sentar à mesa, sem discutir a rede de transportes públicos e urbanos como um todo.

 

[Imagem]

 

 

 

 

Um país, dois sistemas

por josé simões, em 11.06.16

 

Deng Xiaoping.jpg

 

 

[...] foi aprovado uma outra lei, que na prática proíbe a subconcessão da STCP (Sociedade de Transportes Públicos do Porto, SA) a privados.


[Deng Xiaoping na imagem]

 

 

 

 

...

por josé simões, em 10.01.07
Também ontem ficámos a saber das razões da greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa.
 
A ter em conta; manter o acordo de empresa actualmente em vigor que entre outras preciosidades inclui 36 dias e meio (trinta e seis dias e meio!) úteis de férias por ano; regime de trabalho de 6 (seis!) horas diárias, divididos em dois turnos, sendo que um tem de ser obrigatoriamente sem condução; prémio de produtividade automático (!) de 12 cêntimos por quilómetro, abrangendo também os 13º e 14º meses.
 
A generalidade dos trabalhadores tem 22 úteis de férias por ano; períodos de trabalho de 8 horas (todas a trabalhar); prémios de produtividade, se produzirem e, não abrangendo os meses extra.
 
Mas o Metro de Lisboa é uma empresa do Estado e, por assim ser, pode dar-se ao luxo de ter prejuízos anuais na ordem dos 160 milhões de euros. Alguém há-de pagar.
Assim como alguém há-de pagar esta sucessão de greves, cirurgicamente marcadas para as horas de ponta e, em defesa de mordomias de tão absurdas que, me faltam adjectivos para qualificar.