O cara de pau
Não é verdade que Luís Montenegro tenha dito tudo aquilo que todos o ouvimos dizer.
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Não é verdade que Luís Montenegro tenha dito tudo aquilo que todos o ouvimos dizer.
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Começou a operação "OMO Montenegro". Afinal o saldo já não é excessivo, já não vai haver dinheiro para repor o tempo aos stores, nem para aumentos salariais nas polícias e forças armadas, nem para a "dignidade dos profissionais da saúde", e ficamos por aqui, pelos que fizeram mais barulho. Não se pode dar tudo a todos, antes pelo contrário, porque agora há uma guerra na Ucrânia, a Alemanha está a gripar, e ainda temos a incerteza eleições americanas. Há que racionalizar, encurtar o Estado, trabalhar em parceria com os sectores privado e social. Até porque o Governo vais ser "forçado a ajustar programa económico às novas regras de Bruxelas", que só vieram a público no dia a seguir às eleições, escondidas dos portugueses desde o dia 20 de Dezembro do ano passado, pelo menos.
A repetição. Toda uma campanha eleitoral assente na mentira para capitalizar o descontentamento. 9 - nove - 9 anos foi o tempo que o pagode levou a esquecer a governação da direita. Como diria o malogrado, "há muita fraca memória na política".
O Ventas do Chaga pode montar uma campanha de ódio contra uma minoria, toda ela assente na mentira "os ciganos vivem quase exclusivamente de subsídios do Estado", afirmação desmentida pelo estudo do Alto Comissariado para as Migrações, mas o Ventas não pode ser desmascarado e chamado de mentiroso porque se enquadra na categoria de "ataque a opositor político" na "gestão do ensino público pelo Governo".
"Como é que podemos confiar na gestão do ensino pelo Governo?" pergunta o sonso Ventas a propósito de uma aula de Filosofia que levanta a questão "como é que podemos confiar na palavra de um populista que recorre sistematicamente à mentira e à desinformação para ganhar dividendos nas urnas?"
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No dia 10 de Outubro de 2019 a imprensa dava conta que o "PS recusa acordos para a legislatura e vai negociar orçamento a orçamento".
No dia 28 de Outubro de 2020, dois anos depois mais uns pozinhos, Ana Catarina Mendes, no discurso de encerramento do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2021, imediatamente antes da votação, num exercício de propaganda e manipulação, recorre ao golpe baixo da mentira e, em directo para todo o país, acusa o Bloco de em Outubro de 2019 ter recusado um acordo para a legislatura preferindo negociar orçamento a orçamento.
Não ter a puta da vergonha na cara é isto.
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"Amigo, não percebo a sua raiva com os nossos Twits de extrapolação de resultados legislativos. Tal como muitos seguidores de Ventura está cego ideologicamente, tem mais em comum com eles do que pensa.
Você chama-me de nazi, e não me conhece de lado nenhum. É uma enorme falta de respeito. Tem atitudes fascistas ditatoriais, olhe para o Chega e reveja-se. Você é que é um bom nazi, anti-defensor da liberdade de expressão. Não consegue parar para pensar que se o Chega ultrapassa os 7% nas últimas sondagens oficiais, em algum lugar terá de ter resultados superiores a 7% como acontece em Lisboa ou Portalegre. É preciso ser hipócrita, burro ou 100% cego, para ser tão omisso em coisas que são factos.
Sem mais nada a falar.
Da próxima vez diga as coisas na cara e menos em publicações escondidas."
Tiago Campos por e-mail, sem foto, em reacção ao post "Os discípulos de Goebbels".
Um secretário de estado de Pedro Passos Coelho resolve perorar sobre "mentira".
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"Nos professores excedentários, o senhor primeiro-ministro aconselhá-los-ia a abandonar a sua zona de conforto e procurarem emprego noutros sítios?". A resposta: "Angola, mas não só Angola, o Brasil também, tem uma grande necessidade ao nível do ensino básico e do ensino secundário de mão de obra qualificada e de professores.Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm nesta altura ocupação e o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou querendo-se manter, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa".
Não é defeito, é feitio, Pedro Passos Coelho andar pelas escolas do país a mentir com quantos dentes tem na boca.
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Se fosse em Inglaterra, por exemplo, ganhávamos dinheiro com isto, tipo uma bolsa de apostas sobre qual o dia em que Pedro Passos Coelho não ia pregar uma mentira ao país. Assim só perdemos, o contribuinte dinheiro, os portugueses vergonha alheia pela imagem na Europa.
[Imagem "Men working the floor at the Merchandise Mart, Chicago, 1949", Stanley Kubrick]
Não é o Pedro Passos Coelho mentir, despudorada e continuamente, com quantos dentes tem na boca que impressiona. Não. O que impressiona é, na era da net e do Google, com os links que desmentem e confirmam à distância de um click, numa fracção de segundo com milhares de respostas, na era do Twitter, do Facebook, do Instagram, do Google Plus, do... , onde em menos de um fósforo a novidade se espalha literalmente pelo mundo inteiro, Pedro Passos Coelho continuar a mentir despudora, continua e compulsivamente, sem emenda. Pimenta na língua.
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Pedro Passos Coelho não percebe que a ofensa não está no epíteto mentiroso que lhe aplicam mas nas mentiras que despudoradamente prega.
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"Vou voltar a dizer: as pessoas com rendimentos mais baixos não foram objetos de cortes, nem na função pública nem nas pensões."
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