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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O nosso drama

por josé simões, em 26.12.24

 

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Um primeiro-ministro que fala de um país que não existe para um país que não se dá ao trabalho de o ouvir, com excepção daqueles que têm de escrever nos jornais e falar nas televisões sobre o que quer o primeiro-ministro diga. É o nosso drama, não é o drama de Luís Montenegro.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Natal dos sem-abrigo

por josé simões, em 25.12.23

 

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No denominado "dia da família" estar na hora do jantar na sede de um partido político para comentar a mensagem de Natal do primeiro-ministro, alguns com uma papeleta escrita lida em directo logo no minuto a seguir.

 

[Link na imagem] 

 

 

 

 

Isto é para levar a sério?

por josé simões, em 26.12.19

 

Federico Fellini on the set of Satyricon, phorographed by Mary Ellen Mark, 1969 (1).jpg

 

 

Depois do "ministro" [entre aspas] do Ambiente ter vindo anunciar o desassoreamento do Mondego para evitar as cheias que lhe proporcionaram cinco dias depois ter vindo anunciar  a recuperação dos diques no prazo de dois meses, António Costa, que tem uma paixão pela saúde, veio ele próprio anunciar o desassoreamento do Serviço Nacional de Saúde, num caso peculiar de primeiro-ministro do Estado laico a fazer "mensagens de Natal", primeiro ao eleitores e depois aos cidadãos. António Costa tem a noção de que mais tarde ou mais cedo a direita vai regressar ao poder e que estes exercícios manhosos de propaganda manhosa são o grão a grão que enche o papo dos eleitores, até à saturação que inevitavelmente há-de dar uma sapatada no PS para entregar o poder de mão-beijada a quem vai acabar por concluir o longo processo de desmantelamento do SNS em prol do negócio da saúde privado? É assim que as coisas funcionam, a entrega da guarda da capoeira à raposa, já deviam estar avisados por um governo de Passos Coelho, do empobrecimento geral na "ida ao pote", a seguir a um governo PS. E bem podem berrar pelo "pai António Arnaut" e pela "herança", metida na gaveta depois do upgrade feito a meias com António Semedo, que o pote é para rapar até ao fim.

 

[Na imagem Federico Fellini on the set of Satyricon, phorographed by Mary Ellen Mark, 1969]

 

 

 

 

Haja um primeiro

por josé simões, em 26.12.17

 

 

 

Haja um primeiro primeiro-ministro que se recuse a participar nesta encenação que dá pelo nome de "Mensagem de Natal" a que ninguém liga a ponta de um chavelho, comentadores, paineleiros e pitonisas incluídas.

 

 

 

 

||| "Deus não dorme", vox pop

por josé simões, em 25.12.14

 

Anaheim_Catholic-School-Day at Disneyland-Sisters

 

 

Depois do modo "rotunda", em que o ano da viragem é o ano a seguir ao ano da viragem a seguir ao ano da viragem a seguir ao ano da viragem, o modo "Anthímio de Azevedo" [sem querer ofender a memória do dito], com previsões de céu limpo a seguir às pevisões de céu limpo a seguir às previsões de ceú limpo a seguir às previsões de céu limpo.


O Inferno, que Karol Wojtyła confirmou que existia e que continua válido porque Jorge Mario Bergoglio ainda não desconfirmou, serve para receber alguém que se diz católico e crente em "Nosso Senhor" Jesus Cristo, com sinais da cruz a terminar em beijos no mata-piolhos, e que aparece no dia do nascimento de "O Salvador" a dizer mentiras na televisão, certo?


[Imagem]

 

 

 

 

||| Quem diz mentiras vai parar ao Inferno

por josé simões, em 25.12.13

 

 

 

Dizia-se às crianças nos idos do Deus, Pátria e Família.

O Inferno é um local físico que existe e não está vazio, disse aqui há tempos Bento XVI, ainda antes de se reformar.

 

 

"Na recuperação do nosso país, ninguém pode ficar para trás"

 

"ninguém que esteve presente nos piores momentos da crise, com a sua coragem e o seu esforço, será deixado para trás nos anos de oportunidade que temos pela frente"

 

 

 

 

 

 

 

|| Sem querer ofender o 'camaleão do rock', Pedro Passos Coelho agora em modo David Bowie

por josé simões, em 29.12.12

 

 

 

O burlão que ocupa a cadeira de primeiro-ministro viu-se na necessidade de esclarecer que o major Pedro de O Pote Oddity, malgré a sua ambiguidade como Hunky Pedro, é exactíssimamente a mesma pessoa de The Man Who Sold Portugal e da 'trilogia de Berlim', produzida por frau Merkel, e apesar de fingir não perceber que The Rise and Fall of Passos Stradust vai descambar no caos e na anarquia punk social que se adivinha a seguir a dias de cão Diamond Dogs em 2013. É que a audiência começa a perceber que os Young Americans que o acompanham em digressão não são tão young quanto isso, já davam espectáculos no Chile em 1974. Pedro [in]Sane.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Cair em graça e ser engraçado

por josé simões, em 26.12.12

 

 

 

Ainda sou do tempo em que Pedro Passos Coelho, por oposição ao antecessor, era a next big thing da governação só porque tinha boa figura, uma óptima tonalidade de voz – à qual nunca subia os decibéis nem alterava o pitch, porque não usava teleponto, e nem sequer tinha uma coisa que aqueles que o incubaram descobriram agora ter: dificuldade de comunicação.

 

"Amigos" e "abraço". Sinto-me peganhento.

 

[Imagem de Anthony Burrill]

 

 

 

 

 

 

|| Patético

por josé simões, em 26.12.12

 

 

 

O briefing do posto de comando da Guerra do Ultramar.

 

E aquela bandeira nacional na lapela… oh Deus, a bandeira nacional… depois do trabalho que Luís Filipe Scolari, um brasileiro, teve para pôr um povo inteiro a amar o seu símbolo, da soberania da República, da independência, da unidade e integridade de Portugal, como reza a Constituição, vem um impostor, um português, e deita tudo a perder…

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Ainda sou do tempo em que passávamos o Natal descansados

por josé simões, em 25.12.11

 

 

 

Conceitos de democratização, conceitos de reformismo, conceitos de núcleo, conceitos de privilégio, conceitos de injustiça, conceitos de iniquidade, conceitos de transformação. E por aí. Continuamos a viver em realidades paralelas. «Por enquanto não há grande perigo», uma alegoria.

 

Ainda sou do tempo em que passávamos o Natal descansados.

 

 

 

 

 

 

|| “animadores sinais de recuperação económica”

por josé simões, em 25.12.10

 

 

 

 

 

Barómetro familiar: pela primeira vez em muitos anos, à mesa do Natal, ninguém ligou a ponta de um corno à mensagem do primeiro-ministro.

 

(Imagem Una famiglia assiste al Festival di san remo transmesso alla televisione, Ernesto Fantozzi, 1960)

 

 

 

 

 

 

 

|| Support Your Troops

por josé simões, em 02.12.09

 

 

 

 

Era criança e lembro-me, começava mais ou menos por estas alturas, horas seguidas de imagens a preto-e-branco de gravações com origem na Guiné em Angola e em Moçambique, com mensagens natalícias das nossas tropas no “Ultramar”: “Para a minha namorada/ esposa, pais e restante família, votos de Feliz Natal e um Ano Novo cheio de prosperidades”. Todas diferentes, todas iguais, eram eles quem encorajava os que cá ficavam, e era “verdade” porque apareciam na televisão.

 

A mesma fórmula, agora de “lá” para “lá”: um site norte-americano de apoio às tropas no Afeganistão e no Iraque, com mensagens das namoradas/ mulheres – sinais dos tempos – em lingerie e poses eróticas.

 

Boudoir For You

 

 

 

 

I Wish You a Merry Christmas (II)

por josé simões, em 26.12.08

 

Como tive mais que fazer – leia-se: ir degustando umas iguarias que sucessivamente me iam colocando à frente – só hoje vi a comunicação de Natal do primeiro-ministro.

É um bocado manhoso – era para escrever “Não Ter Vergonha Nenhuma Na Cara” – vir dizer que «criámos as condições para que baixassem os juros com a habitação», quando até o meu filho de 6 anos sabe da(s) razão(es) para as baixas consecutivas a Euribor.

 

(Foto de Kerek Wongsa via Reuters)

 

 

Masturbação

por josé simões, em 26.12.07

 

A comida estava boa, o vinho era óptimo, a conversa nunca mais acabava. Ou antes, acabou há bocado. O Natal cá em casa acabou hoje depois de almoço.
Vem a este prelúdio a propósito da mensagem de Natal do nosso Presidente do Conselho. Como a televisão esteve sempre off, só há bocadinho tive acesso a um resumo da prédica.
 
Só (!) o desemprego a estragar o centro de mesa. O défice abaixo dos três por cento; o crescimento económico próximo dos dois por cento; mais alunos nas escolas; as Novas Oportunidades; a sustentabilidade da Segurança Social. Uma alegria! “Foi um ano de recuperação e de resultados positivos” e a economia “prossegue de forma consistente uma trajectória segura de crescimento”; Sócrates says.
 
Mas então porque é que não fico a pular de contente? Porque é que este discurso me soa a masturbação de “aquecimento”?
 
(Imagem roubada ao Zé Nova)