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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Horizontes Culturais. Pode o Fascismo ser Pimba?

por josé simões, em 09.10.13

 

 

 

Sempre António Ferro. Ranchos folclóricos, galos de prata nos campanários das aldeias mais portuguesas de Portugal, marchas populares, a etnografia do "camponês-esteta", a música popular como contraponto, e alternativa "nacional é bom", ao que vinha lá de fora e corrompia, numa primeira fase o jazz, depois o rock, combatido com o nacional-cançonetismo e o ye-ye. Tudo isto não é mais do que um upgrade do camponês que já não é esteta mas urbano e, desiludido com o cosmopolitismo, defraudado pela modernidade, regressa à terra dos avós, não pela auto-suficiência alimentar mas pelo desenvolvimento da lavoura e pelas exportações e pela criação de emprego, as Casas do Povo e a FNAT substituídas pelas IPSS. A música continua popular, mesmo sem cavaquinhos, acordeões e violas braguesas, dançada nos adros das igrejas e nas festas dos Santos, nas romarias datadas para o regresso dos emigrantes. Organização: Eurodeputado Nuno Melo.

 

[Fascismo, sim. É procurar no Tubo e nos arquivos online das televisões e das rádios as vezes que o querido líder Paulo Portas se refere a Salazar num tom de respeitosa admiração, e sem esboçar o sorriso cínico de superioridade iluminada com que costuma pontuar as frases telegráficas, como "O Doutor Salazar"]

 

 

 

 

 

 

|| Fala o artista

por josé simões, em 01.02.12