"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Como alternativa para os países do leste da Europa "excessivamente dependentes do gás da Rússia" disse o gajo que tem o fornecimento de gás ao país à mercê do ISIS, dos talibans e outros fundamentalismos, de "primaveras" várias e de ditadores amigos. Fizemos um figurão. Siga.
E quem explicou não foi o presidente do PP que é CDS, em Espanha e em espanholês, ou portunhol, como queiram, em mais um número circense no exercício do cargo de vice-trampolineiro e com um sorriso cínico de superioridade iluminada a pontuar as frases em modo Twitter, imagem de marca, para comentar o terceiro chumbo do Tribunal Constitucional em três anos de Governo PSD/ CDS-PP, numa frase a meter "socialistas", "dinheiro", "a nosotros y a vosotros". Não. Quem o disse foi o presidente do outro PP, o espanhol, e serve de lição para o PP, o português que é CDS e para o PSD, da mesma família e no mesmo aconchego em Bruxelas e que, por cobardia e dissimulação, deu sumiço ao projecto de revisão constitucional encomendado antes de se alçar ao poder:
Mariano Rajoy a jurar sobre a Bíblia e à sombra do crucificado e o PP e o touro Osborne e os ministros da Lehman Brothers e Rouca Varela e a Família e o Valle de los Caídos. A nuance é a Lehman Brothers e já não haver touradas em Barcelona. 70 anos depois a Direita espanhola não tem, não digo emenda, salvação.
O PP de Mariano Rajoy, um líder sem carisma, sem uma ideia nova para a Espanha, sem o dom da palavra e sem poder de comunicação com o eleitorado, ao infligir, à terceira tentativa e 7 anos depois, uma derrota histórica ao PSOE de Zapatero/ Rubalcalba, vem confirmar a teoria de que as eleições não se ganham, perdem-se, e de que água mole em pedra dura tanto dá até que fura, uma réstia de esperança para o "gémeo" do rés-do-chão esquerdo, António José Seguro, e para o Partido Socialista português.
O senhor que esteve na Universidade de Verão do PSD a largar postas de pescada sobre «justiça e equidade» com «grandes esforços» que nos conduziram a todos a um «futuro melhor», é o líder do partido que substituiu numa rua o nome de um autarca eleito em eleições livres e democráticas pelo nome do fundador e líder da Falange Espanõla inspirado no Partito Nazionale Fascista italiano e derrotado duas vezes nas urnas pelo voto popular.