"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Para os que nasceram depois e para os que não têm memória e para quando Cavaco Silva, O Avisador, vier outra vez avisar da urgência de uma aposta do país no mar:
E é assim um pouco por todo o país, de Vila Real de Santo António a Caminha, a "aposta no mar" foi feita nos anos 90 pelo homem que mais tempo esteve na liderança do país desde Salazar, o "mar nosso" passou a "mar deles".
A classe social mais baixa, um degrau imediatamente acima de escravo. E a gente aprendia na escola, pelo menos até Nuno Crato ser ministro da Educação, que tinha surgido pela transformação da estrutura fundiária do Império Romano e que começou a entrar em declínio, na Europa continental, com a Revolução Francesa, a tal da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que provoca arrepios a este Governo, particularmente à ala CDS, porque parece que morreram pessoas [a gente faz que acredita que é por isso], coisa nunca vista numa revolução – morrer gente.
Quando o problema é os campos de cultivo que não são cultivados e o porquê de o não serem, meia dúzia de maduros que, arrisco, até já se sabe quem vão ser, vai ter, do dia para a noite, o património substancialmente aumentado, a bem da auto-suficiência alimentar, da balança de pagamentos, ou de coisa que o valha.
[Na imagem Benito Mussolini participa na Batalha do Trigo, uma campanha dinamizada com o objectivo de aumentar a produção de cereais. Não, a Campanha do Trigo não foi um exclusivo de Salazar]