"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"O doutor Manuel Pinho tem a conta bancária onde é depositada a sua reforma desde há muitos anos, desde há muitos anos mesmo". Ricardo Sá Fernandes [Jornal da tarde, RTP, minuto 12:17], advogado de Manuel Pinho, 67 - sessenta e sete - 67 anos.
"a sua reforma desde há muitos anos, desde há muitos anos mesmo". "a sua reforma desde há muitos anos, desde há muitos anos mesmo". "a sua reforma desde há muitos anos, desde há muitos anos mesmo".
Ministros de governos que nos dizem que temos de trabalhar até morrer por causa da "sustentabilidade" da Segurança Social.
Rui Rio ao pedir a presença de Manuel Pinho no Parlamento criou um problema ao Bloco de Esquerda [Porquê? Isso agora não interessa nada]. O Bloco de Esquerda que, acossado pelo problema criado por Rui Rio, ensaiou a fuga em frente ao pedir uma comissão parlamentar de inquérito às rendas da energia [as pessoas, burras, ignorantes, acéfalas, não percebem nada de rendas de energia mas ouvem falar e acham que está mal e por isso aplaudem a iniciativa do Bloco de Esquerda]. Rendas de energia que começaram com Durão Barroso e Santana Lopes e se prolongaram até hoje, daí a iniciativa do Bloco de Esquerda, de forma a envolver toda a gente e a entalar o PSD. Eu, ele, não acredito nas comissões parlamentares de inquérito mas se esta servir para esclarecer alguma coisa então está bem. Resumidamente Marques Mendes na avença semanal na televisão do militante n.º 1.
Perceberam como é que isto começou, o Bloco de Esquerda entalado por Rui Rio?
De Durão Barroso a António Costa passando por Santana Lopes, José Sócrates e Passos Coelho. Realmente é uma chatice não ser Manuel Pinho o mau da fita nem o PS o partido detentor da comenda dos corruptos e corrompidos do sistema. O Nuno Luz da política, um palerma arvorado em sub-director de político ou o coise.
No filtro jornalístico de "rigor e isenção" às "Panamá Tretas" [autor] o Expresso continua a bater no morto – Ricardo Salgado e o GES/ BES, continua a haver um "ex-presidente do Benfica", agora na companhia de um "ex-ministro" também "ex-BES" e do "empresário" que continua a ser ex-nada.
Se em Portugal houvesse consciência crítica e exigência no próximo sábado o jornal do militante n.º 1 tinha uma quebra nas vendas para metade.
Como neste país parece que quase ninguém aprende nada com os erros do passado, é boa hora para recordar os PIN's de Sócrates & Pinho (aprovados e por aprovar) em todo o litoral e falésia, desde Tróia até Sagres…
Deixemo-nos de floreados e de análises político-filosóficas: quem demitiu o ministro Manuel Pinho foi o PCP. Coisa de que já não havia memória desde os idos de 1975.
Esta noite houve festa rija no Hotel Vitória, celebrou-se com champanhe vodka e Bernardino Soares recebeu uma Ordem Lenine.
Vou poder contar aos meus netos que fiz parte do grupo de cidadãos que pela primeira vez na história da Assembleia da República, oficialmente e via Twitter, acompanhou e comentou um debate, e também vou contar que assisti em directo à demissão de um ministro pelo Partido Comunista e a um pedido de desculpas do primeiro. Olé!
Recebemos como herança quase mil anos de história e um património arquitectónico riquíssimo. Por incúria nalguns casos, por falta de amor à Pátria – expressão maldita - noutros, e por falta de dinheiro – comum a todos – o património corria (corre) o risco de se perder. Mas um contrato que inteligentemente conciliou recuperação do património histórico com turismo e criação de riqueza, e que na grande maioria dos casos permitiu que a herança recebida não se perdesse irremediavelmente, é segredo de Estado.
E depois ficam todos muito incomodados quando em campanha eleitoral resolvem descer à terra e nos mercados e nas feiras levam na cara com comentários do cidadão anónimo que “vocês são todos iguais” e “querem é tacho” e “só vão para lá pra se encher”.
E é preciso lutar contra a abstenção; dizem. E alguns iluminados concluem que passa por tornar o voto obrigatório.
O facto de Rangel ter ficado furioso com Basílio Horta, por este na boa-fé em querer prestar um esclarecimento, lhe ter dado cabo da demagogia campanha eleitoral, também não era caso para tanto:
"Eu vinha cá comprar sapatos italianos, mas estou tão impressionado com a qualidade dos sapatos portugueses que vou levar sapatos portugueses. Vinha comprar sapatos italianos porque têm um óptimo nome em termos de design"
Recentemente na Hungria, foram semanas a fio de manifestações e protestos nas ruas a exigir a demissão do primeiro-ministro, por ter admitido que mentira ao eleitorado.
Em Portugal exige-se a cabeça do ministro da Economia por ter falado verdade.
(Independentemente do anedótico que é, ir à China argumentar com baixos salários).
À cabeça dos que, pedem a cabeça do ministro, surgem aqueles que protestaram e mais desconfianças levantaram, por o salário mínimo nacional ter sido actualizado; que as empresas não aguentavam, e que iriam perder competitividade e o diabo a sete.