||| Nós e eles
E não é nenhum filme pós-apocalipse ou zombie survival ou sequer um 4.º Mad Max. Aqui.
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E não é nenhum filme pós-apocalipse ou zombie survival ou sequer um 4.º Mad Max. Aqui.
Cavaco Silva, O Avisador, avisa que «Portugal pode ser uma das portas de entrada para uma solução alternativa» no fornecimento de gás à Ucrânia e à Europa de leste, dependente da Rússia e do saudosismo soviético de Vladimir Putin.
Se as "primaveras árabes" não passarem disso mesmo, de meets de primavera em alguns países árabes.
Se o califado morrer onde nasceu, com a ajuda dos aviões dos amaricanos, dos bifes e dos países árabes, que financiam o califado, que tratam as mulheres abaixo de cão, mas que têm mulheres aos comandos dos éfes, vendidos pelas amaricanos, a bombardear o califado de cara destapada, para o ocidental, no sofá de pantufas, ver na televisão.
Allahu Akbar.
[Imagem]
Parece que o probleeeeema é que vem aí o fundamentalismo islâmico quando o probleeeema é que 30 anos de governos de partidos da Internacional Socialista não criaram qualidade de vida às populações de forma a afastar o fundamentalismo. Antes pelo contrário. Oligarquias familiares, saque e corrupção, e a função social do Estado inexistente, e habilmente preenchida por movimentos com o Hamas, o Hezbollah ou a Irmandade Muçulmana. Os fundamentalistas aprenderam mais connosco do que nós com eles. E tudo isto é novidade. E o gozo é mesmo esse: estava toda a gente formatada para apontar o dedo aos partidos comunistas e à cumplicidade com os totalitarismos a Leste e eis senão que... os mencheviques conseguem ser mais perversos que os bolcheviques.
E o supra sumo do cinismo é dizer que a Europa pode ter papel determinante no futuro político dos países árabes e do Magrebe pós-revoluções - igual ao que teve nos últimos 30 anos? - quando o nosso secret wish era termos um novo Adriano. Essa é que era.
(Em stereo)
(Imagem via Associated Press)
Um dos lados positivos da revolta que varre os países árabes, e que começa agora a chegar ao Magrebe, é o de deixar a nu os cozinhados e os comércios de interesses por detrás das eleições dos representantes dos diversos países nas organizações internacionais, e quando da próxima vez que nos vierem dar música sobre o prestígio de Portugal na cena internacional, pela eleição de um qualquer representante para uma organização daquelas que tem um nome pomposo mas à qual ninguém passa cartucho, nos lembremos todos do prestígio da Líbia, da Arábia Saudita, de Angola, da China ou da Tailândia, entre outros, para integrarem o Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
(Imagem de autor desconhecido)
Já só ouvimos a música, não ligamos nenhuma à letra.
«Presidente interino da Tunísia anuncia "negociações sociais à escala nacional"»
"negociações sociais à escala nacional". Poesia.
(Na imagem Hugh Hefner, 1950s, fanado ao Chicago Tribune)
Menos de 24 horas depois «demitem-se três ministros do novo Governo tunisino» e Rached Ghannouchi, líder do movimento Ennahda, prepara o regresso de um exílio de 22 anos.
(Na imagem outros apoteóticos regressos do exílio)
Começou na Tunísia com os resultados conhecidos, na Argélia o número já vai em quatro, e alastra agora ao Egipto e à Mauritânia. Para nós, europeus, e para a nossa realpolitik cúmplice do terrorismo de Estado, o peso das mortes. Destas e das silenciosas.
(Imagem de Malcolm Moore)
Porque fica mesmo em frente da Itália que é uma das frentes da Europa, e ao lado da Argélia que é ao lado de Marrocos que é como quem diz mesmo aqui mesmo ao lado, ou pela mais importante de todas que é porque vive lá gente que também é filha de Deus, como sói dizer-se, e mais o caos e o vazio de poder e o fundamentalismo, motivos por (quase) todos conhecidos e já milhares de vezes e(a)nunciados e que não vale a pena aqui e agora estar de novo a e(a)nunciar, não podia estar mais de acordo com o que escreve Ferreira Fernandes no Diário de Notícias. Eu teria acrescentado mais uma: José Sócrates que andou a vender e a comprar investimento e parcerias no Magrebe, teceu rasgados elogios ao terrorista de Estado ditador tunisino do partido há 23 anos no poder, e que pertence à Internacional Socialista, do Partido Socialista português, do PSOE de Zapatero e do Labour de Miliband, entre outros.
As FARC na Festa do Avante! e o Bernardino Soares na Coreia do Norte. Pois.
(Em stereo)