||| In Memoriam
Morreu o autor da minha capa preferida do meu álbum preferido dos Emerson, Lake & Palmer.
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Morreu o autor da minha capa preferida do meu álbum preferido dos Emerson, Lake & Palmer.
Liberdade – Sérgio Godinho
[7" vinyl]
Venham mais cinco – José Afonso
[LP, vinyl]
Nota: Não se pretende com esta série fazer uma publicação exaustiva de toda a música portuguesa publicada nestes 40 anos de liberdade, até porque isso seria quase impossível. Esta é uma viagem aos meus baús de discos, comprados e herdados, uma recuperação da memória, uma recordação da aprendizagem da cantiga como arma e das palavras como balas.
Multiculturalismo é isto. E é isto que faz Leonard Cohen grande: um persa português canta um judeu.
«Leonard Cohen vence Prémio Príncipe das Astúrias das Letras»
Na ressaca do chamado boom do rock português, depois dos Chicos Fininhos e das Ruas do Carmo e de Portugais na CEE e de O Corpo É Que Paga, entre outros, e que levaram as editoras e as rádios a apostar em toda a merda que surgia desde que fosse quatro por quatro e com um refrão manhoso, propiciando o aparecimento de aberrações e flops editoriais como os NZZN, Roquivários, e perdoem-me os que ficaram esquecidos que só de me lembrar destes já fico com pele de galinha, e com essa fobia da next big thing e consequente mina de ouro, deitar fora o bebé junto com a água do banho, a coisa estagnou: nem as editoras gravavam o que quer que fosse de “rock português”, nem as rádios passavam o que quer que fosse de “rock português” – só “grandes músicas”, avant la lettre.
Foi com o aparecimento das rádios piratas e com a aposta no alternativo, e na maior parte das vezes alimentadas as emissões com gravações também elas piratas, que se voltou a falar em rock feito em Portugal. E foi assim que o “1º de Agosto” dos Xutos & Pontapés foi um hit antes do estúdio, e foi assim que conseguiram furar o bloqueio e gravar. A primeira banda a gravar depois da ressaca. A partir daí é história.
Esteve muito bem o ministro, Miguel Guedes que esteja caladinho (e os Xutos também).
(Na imagem o pirata mais famoso do mundo: Errol Flynn)
Adenda: Afinal parece que não... Ainda assim não invalida nada do que escrevi.
Gregório Vaz aka Codé di Dona
1928 – 2010
Banda sonora do dia: Gracias a la Vida
Lester William Polsfuss aka Les Paul
O inventor da guitarra “solid-body" eléctrica
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«sanfona s. f. (1574 – 1590 cf. NaufSep) (…) 3 infrm. instrumento mal tocado (…) p. ana. B remate de tricô (um ponto para a frente, um ponto para trás), us. em blusas, casacos, mangas etc. que dá elasticidade à malha (…) 7 p. ana. (da acp. 4) B infrm. tira estreita de papel dobrada no feitio de sanfona, contendo apontamentos clandestinos us. como cábula em provas escritas. (…) 9 pessoa implicante 10 infrm. indivíduo insignificante, reles (…).»
In Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Círculo de Leitores, Lisboa 2003
É já este fim-de-semana na cidade onde não se passa nada e onde nunca nada acontece.
No Forte de S. Filipe com uma vista privilegiada sobre a baía do Sado o Arrábida Word Music Festival.
Lembro-me de ter sido dos primeiros em Setúbal a ter um Walkman, trazido pelo meu pai, salvo erro, do Luxemburgo. Passava na Rua dos Ourives ou no Largo da Misericórdia e parava a rua inteira a olhar para mim. Ao princípio não havia pilhas que chegassem, nem dinheiro que chegasse para as comprar, por causa da escola e do “eh pá, ‘presta aí, deix’ouvir um ‘cadinho”. E depois era o “puxar atrás” a cassete, gastava muita pilha e fazia-se com uma caneta BIC, tipo roca, e lixava-se a cassete toda.
"tardé tres días en darme cuenta de que las cintas tienen otra cara". "No tiene función de reproducción aleatoria"
(Imagem fanada no Corriere della Sera)
(1958 – 2009)
Recupero um post antigo onde se conta a estória do meu primeiro e único disco do Rei da Pop, um Thriller em vinyl e novinho "a estrear".