||| ¡Viva la muerte!
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Um vive num rancho, onde Chuck Norris filmou "Walker, Texas Ranger", faz print screen de fotos encontradas no Google images, cobre a óleo com umas pinceladas e é um sucesso. Qualquer dia está no Solomon Guggenheim e até a Sotheby's é capaz de pegar naquilo. De quando em vez aparece numas tomadas de posse e numas celebrações solenes e dá umas palestras. Pagam-lhe para dizer vacuidades.
Outro é o enviado da ONU para o Médio Oriente. Anda a pregar a paz e a reconciliação onde antes semeou a guerra e a desordem e os condóminos da região devem olhar uns para os outros e depois olham para nós e pensam "vão gozar com quem vos talhou as orelhas". Tem muitos motoristas e guardaespaldas pagos pelo contribuinte bife. Converteu-se ao cristianismo e de vez em quando dá umas palestras. Pagam-lhe para dizer banalidades.
Os dois, criminosos de guerra, continuam por aí, à solta e ricos, muito ricos. E isto tem assinatura:
«O pior estava para vir, chama-se ISIS e prepara-se para destruir de vez o Iraque»
[As imagens são daqui e daqui, respectivamente]
Primeiro foi a nomeação de Tony Blair, um dos principais artífices da guerra do Iraque, como «enviado especial do Quarteto para o Médio Oriente», agora a possibilidade de um católico beato ser nomeado «representante especial da ONU no Afeganistão».
Guerra Santa, Cruzadas e novos Cruzados não lhes dizem absolutamente nada…
E é pena, ou como dizia o mordomo do W. : «a religião é fundamental em política»
(Na imagem “Partida de São Luís para a Cruzada”, Bibliotheque Nationale de France)
Por Lluís Bassets, director-adjunto do El País:
«El tropismo dextrógiro tiene muchas explicaciones, pero la más convincente de todas es el miedo. Cuando una sociedad consigue convertir el miedo en el aire que respira es inevitable la aparición del síndrome del caracol, que va enroscándose cada vez más dentro de su cáscara hecha de nacionalismo, xenofobia e impavidez ante los sufrimientos ajenos.
(…)
Por más que se critique a Obama por su simpatía hacia Israel, nada será como antes. La sumisión de Bush a Sharon y a Olmert no tendrá nuevas réplicas. Washington va a implicarse a fondo. Los documentos que se deslizan en la mesa del presidente llevan títulos como el que le ha puesto un think tank liberal: "Restaurar el equilibrio. La estrategia sobre Oriente Próximo para el nuevo presidente" (Brookings Institution). Hay un camino a la derecha, que incluye a Lieberman en el Gobierno, pero lleva una trayectoria de directa colisión con Barack Obama. Por eso sería mejor que esta vez Israel curara su síndrome del caracol y tomara el camino del centro, el de la gran coalición. Quizás será en algún momento el camino de la paz. Quizás, inch'ala.»