A Europa unida do senhor Juncker
[Imagem de autor desconhecido]
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[Imagem de autor desconhecido]
Com Jean-Claude Juncker presidente da Comissão Europeia começa hoje no Luxemburgo o julgamento do jornalista francês e de dois ex-auditores da PricewaterhouseCoopers por terem passado ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação documentos que provam um esquema de fuga aos impostos por grandes empresas conhecido como LuxLeaks.
Subsitituir "Luxemburgo" por "Portugal", "Bruxelas" por "Lisboa", "Porto", "Setúbal", "Braga" ou "Faro". "ZDF" não é substituível por "RTP", "SIC", "TVI", porque logo a seguir à reportagem entram os comentadores do pensamento único com lugar cativo e tudo volta à maior das normalidades e é só maravilhas, yellow brick road e amanhãs que cantam. Exportamos e internacionalizamos pobreza e miséria e não nos envergonhamos com isso. "A nossa imagem no estrangeiro" não é para aqui chamada.
«Família portuguesa retrata pobreza infantil no Luxemburgo
[Imagem de Gerald Bloncourt. Emigrantes portugueses na bidonville, arredores de Paris, 1967]
Instituições para sem-abrigo no Luxemburgo recusam acolher portugueses que estejam há menos de 5 anos no país. "Se ficam desempregados e deixam de poder pagar a renda, acabam sem morada, e sem ela perdem todos os direitos sociais. Além de o alojamento ser muito caro, sem morada não podem fazer nada, porque até para arranjar emprego é preciso ter um endereço. É um efeito bola de neve".
Bem feita para eles que estavam habituados à zona de conforto e mérito do Governo Coelho/ Portas que pôs o mexilhão todo a mexer. Daqui para fora
«Misericórdia de Paris juntou três toneladas de alimentos para ajudar portugueses». Já falam francês, só lhes falta saber tocar piano.
E um milhão de euros dos submarinos para cada ramo da família Espírito Santo e mais 15 milhões para os "outros tipos" e uma parte que teve de ser entregue a "alguém". Tudo contas de somar e "boas notícias para Paulo Portas", diziam os jornais há dias. "Estamos rodeados de aldrabões", anos e anos a viver acima das suas possibilidades.
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A Comissão Europeia, presidida por Jean-Claude Juncker, admitiu punir o Luxemburgo pelas malabarices fiscais de Jean-Claude Juncker enquanto primeiro-ministro do Luxemburgo. Esta gentinha quer ser levada a sério?!
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Que as crianças não têm maldade nem segundas intenções é lugar-comum e a pergunta diz muito, muito mais sobre quem a faz, para o caso a família, as origens sociais e as referências culturais da criança, do que uma miríade de estudos sociológicos sobre a emigração e a diáspora portuguesa, de regresso para abanar e abalar a "zona de conforto" dos nativos, nas palavras de a quem é dirigida a pergunta. Coisas que nos deviam deixar a todos todos muito envergonhados.
[Imagem de Cristina Garcia Rodero]
Seguir com muita atenção o contorcionismo de quem sempre defendeu que os prazos da dívida pública não deviam ser renegociados, e a ginástica acrobática de quem sempre afirmou que as agencias de rating se limitavam a fazer o que tinha de ser feito, a prestar o serviço para o qual haviam sido criadas, os Estados é que não tinham feito o trabalho de casa.
[Imagem de autor desconhecido]
Aqui há uns tempos, já na vigência da troika e na implementação do programa de desmantelamento do Estado social e extermínio dos funcionários públicos, deu grande rebuliço nos media um dos tais a exterminar que gastou não-sei-quantos milhares de euros em chamadas para linhas de valor acrescentado. Um funcionário público, o malandro, o chulo, o Orçamento do Estado, o dinheiro dos contribuintes, se fosse no privado… Aliás, ou há liaz como diz o senhor Coelho, no privado estas coisas nem se colocam, andam ali direitinhos que nem fusos, olá se andam.
Deve ser alguma linha dessas, jogos, concursos, ou chamadas eróticas. Me liga, vai…
[Nina Parks na imagem]
Muito mais interessante que o conteúdo racista e xenófobo do e-mail é a imagem que os outros têm de nós com a nossa inclusão no mesmo lote de países como o Paquistão, o Afeganistão, o Iraque, a Nigéria e a Turquia.
Temo-nos em grande conta, somos um país muito moderno e muito europeu. Bullshit.