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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Todo um programa

por josé simões, em 27.06.25

 

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"Eu até não concordo que a lei obrigue à disponibilização daqueles elementos nas condições em que foram pedidos", o eleito primeiro-ministro avençado da Spinumviva como não concorda com a lei acha por bem não cumprir a lei. E isto é todo um programa.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Quando o Governo dá o exemplo

por josé simões, em 18.06.25

 

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Um preto e uma entrapada, a imagem do imigrante, cliché e preconceito, o Governo a dar o exemplo. "Revisão da lei da nacionalidade", para todos os nacionais? "Descontrolo na imigração no passado", ainda faltam 100 mil, segundo os patrões, e ainda nem sequer começaram as obras do novo aeroporto, do TGV, da nova travessia do Tejo. "Limitação ao agrupamento familiar", o mecanismo que mais estabilidade dá, e mais contribui para a integração, até o João Félix levou a família com ele quando assinou pelo Atlético de Madrid. "Repatriamentos mais céleres", pena o desinvestimento na ferrovia, agora enviávamos vagões de gado cheios para a terra deles, já nem o trabalho liberta. Repressão e surfar a onda da ignorância e do instinto primário, ao invés da pedagogia. Entretanto o Governo apagou o tweet da vergonha, fica aqui para memória futura. A direita no poder, ódio, xenofobia, preconceito.

 

 

 

 

Um primeiro-ministro manhoso

por josé simões, em 17.06.25

 

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Pescar à linha meia dúzia de medidas, inócuas, indolores, incolores, nos programas dos diversos partidos, e que só não estão no programa do partido do Governo por esquecimento ou de propósito, para serem depois pescadas e mostradas como exemplo de abertura à negociação, como se o problema fosse esse e não o que não foi dito em campanha eleitoral, e que nem sequer constava no programa sufragado nas eleições.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"Rigidez laboral" dizem eles

por josé simões, em 16.06.25

 

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Lembro-me de o meu pai ter uma semana de férias por ano, não retribuídas e quando o patrão achasse que as devia ter, e um dia de folga semanal. Era Portugal um país livre da rigidez laboral e Marcelo presidente, do Conselho. O Luís a trabalhar faz anunciar que os portugueses trabalhadores colaboradores podem ter mais que os 22 dias consagrados em lei, e que não são os 3 fanados no tempo da troika, quando o Luís fazia figura de ponto a Passos Coelho no Parlamento, e que o PS se recusou devolver, são férias compradas a expensas do trabalhador colaborador, que mexer na mais-valia do accionista e do patrão é assunto tabu, e se calhar o dinheiro recebido pelas férias compradas até vai ser reinvestido na economia para criar mais riqueza para o país e para o trabalhador colaborador e mais emprego, como aconteceu com a baixa do IRC pelo Luís quando começava a trabalhar, com o apoio do PS do esquerdista Pedro, e tudo. Imaginem o Luís a trabalhar no tempo em que se começou a lutar por um horário de trabalho que não fosse de sol-a-sol, que não podia ser, por causa da economia, do crescimento económico, da criação de riqueza e o caralho, queres horário de trabalho compras as horas até ao nascer e ao pôr do sol, e depois com os dois dias de folga e as férias pagas, e por aí. Diz o Luís a trabalhar que é para aliviar a rigidez da legislação laboral e para ser feito em concertação social, o que significa que isto já está mais que aprovado, como mostra desde 1978 o sindicalismo homenzinho e responsável empenhado em aliviar a rigidez laboral em prol da rigidez patronal, com mais ou menos cálices de Porto à mistura.

 

[Na imagem o alegado sindicalista, homenzinho e responsável, Torres Couto de cálice de Porto na mão brinda com Cavaco Silva o início do amaciamento da rigidez laboral, em troca dos amanhãs que cantavam para os trabalhadores antes de serem colaboradores]

 

 

 

 

Ursula von der Mortágua (Conta-me como foi)

por josé simões, em 06.06.25

 

Every kitchen-maid must learn how to rule a state (Lenin). Forget about your kitchen and join Soviet elections!.jpg

 

 

Precisamos de dar confiança e estabilidade também no sector imobiliário e turístico, vamos revogar as graves penalizações que o Governo impôs aos portugueses que investiram em Alojamento Local, incluindo a eliminação da contribuição adicional, a suspensão de licenças e a proibição da sua transmissão

 

E enquanto proferia esta genialidade era muito aplaudido no Parlamento pelas bancada do PSD e do partido que não existe enquanto o ministro da Habitação abanava a cabeça em sinal de concordância.

 

Bruxelas recomenda controlo de rendas e limites no alojamento local em Portugal

 

[Imagem poster de propaganda sovietico "Every kitchen-maid must learn how to rule a state (Lenin). Forget about your kitchen and join Soviet elections!"]

 

 

 

 

O DOGE do Luís

por josé simões, em 04.06.25

 

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De presidente do conselho de administração de uma fundação privada, beneficiária da privatização de uma instituição pública - Oceanário de Lisboa, por quem o convidou para secretário de Estado - Passos Coelho, para ministro da "reforma do Estado" do primeiro-ministro que afirmou "o meu passado chama-se Passos". Preparem-se que não vão ser as 112 páginas de Portas em tamanho 36 e com duplo espaçamento. 

 

 

 

 

CHIU!

por josé simões, em 13.05.25

 

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O senhor não tem mais nenhuma pergunta para me fazer todos os dias? A RTP… A RTP está empenhadíssima. Então é SIC, pronto. Mas eu vi aqui o microfone da RTP, que tem sido mais insistente. Eu não sei, querem fazer as mesmas perguntas que faziam há dois meses ou três atrás?

 

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"Deixem o Luís trabalhar!"

por josé simões, em 12.05.25

 

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Não sabemos qual a margem de manobra de Ricardo Araújo Pereira no Isto É Gozar Com Quem Trabalha semanal, se tem liberdade total, se tem balizas, se obedece a guião, mas a verdade é que na entrada para a recta final da campanha tivemos Luís Montenegro na televisão do militante n.º 1, depois de uma peregrinação a Fátima, para se gabar de quão bom é, ele e o seu Governo e, para a reboque de  perguntas para partir o coco a rir na assistência sem gargalhadas enlatadas, continuar a mentir com aquele característico sorriso cínico nos lábios, que o país é quase das maravilhas desde que está primeiro-ministro, e que o Serviço Nacional de Saúde está bem melhor do que "há um ano atrás" [nunca ninguém lhe pergunta se há "há uma ano à frente" ou "há um ano ao lado"], no tempo do "socialismo".

Por uma daquelas coincidências ditas do caralho, no dia a seguir o Correio da Manha fala em "ALARME", que a mortalidade infantil sobe 20% em ano de urgências fechadas, o de 2024, o dele, não se pode agarrar ao "socialismo", o do "farol" Montenegro, o da "montenegrização do país", o ano dos constrangimentos, nesta novilíngua que as televisões assumiram. Uma azar do caralho para o Governo com mestrado em propaganda, logo um dos indicadores sobre o estado de desenvolvimento do país, um dos apontados sucessos da democracia, e do Serviço Nacional de Saúde, contra a criação do qual a direita votou contra.

 

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A chico-espertice de uns a contar com a burrice de outros

por josé simões, em 09.05.25

 

 

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Luís Montenegro falou em aproveitamento político da greve dos trabalhadores colaboradores da CP para se aproveitar politicamente da greve e insinuar mexidas na lei de forma a não prejudicar os outros, quem vai trabalhar, alegou. E os outros concordaram prontamente. Até chegar o dia em que precisam de recorrer à arma greve para fazer valer os seus direitos, reivindicar, e não podem porque a lei foi mexida com a sua anuência porque se sentiam prejudicados quando os outros estavam na luta. É todo um processo de chico-espertice que começa na arte de meter pobres a invejar o que o menos pobre ganha ou a criticar a ajuda dos que estão no patamar abaixo recebem enquanto os ricos passam pelos intervalos da chuva.

 

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Não ter a puta da vergonha na cara é isto

por josé simões, em 05.05.25

 

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Cavaco Silva, o das acções da Sociedade Lusa de Negócios, detentora do Banco Português de Negócios que anos mais tarde havia de ser pago pelo dinheiro dos contribuintes; Cavaco Silva o da Casa da Coelha, do IMI pela metade e da escritura nunca aparecida; Cavaco Silva diz que Montenegro foi alvo de "campanha de insinuações" e que "não violou princípios éticos. Que Cavaco Silva teime em não morrer e em aparecer para se enterrar mais e ainda mais espanta zero pessoas, que mais esta ressurreição de Cavaco Silva, para entrar na campanha eleitoral em socorro de um igual, sirva para esclarecer quem ainda tinha dúvidas sobre a espinha dorsal de Luís Montenegro isso é que é de valor.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O ódio

por josé simões, em 04.05.25

 

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Deportações de estrangeiros, indocumentados e sem autorização de residência, sempre as houve, todos os governos as fizeram, a novidade é serem publicitadas e celebradas, usadas como arma de propaganda em campanha eleitoral. Daqui para a frente vai ser sempre a descer, quando a direita alegadamente do "sentido de Estado" começa a dizer em público e em voz alta aquilo que só se atrevia a pensar baixinho e em privado.

 

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O partido dos prodígios

por josé simões, em 02.05.25

 

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Parece que há um problema por alguém ter revelado detalhes da vidinha de Luís Montenegro e não por Luís Montenegro não ter cumprido com as obrigações legais a que estava obrigado.

Parece que há um problema por alguém ter revelado detalhes da vidinha de Luís Montenegro e não por os clientes de Luís Montenegro terem ganho milhões em negócios com o Estado em menos de um ano de Governo liderado por Luís Montenegro.

Parece que há um problema por alguém ter revelado detalhes da vidinha de Luís Montenegro e por tudo isto sair a público antes das eleições para onde Luís Montenegro arrastou o país para não ter de revelar detalhes da sua vidinha a que está legalmente obrigado.

Parece que há um problema por alguém ter revelado detalhes da vidinha de Luís Montenegro e daí ser necessário a PIDE confiscar os telemóveis dos alegados suspeitos para se deslindar o caso. A seguir se calhar alguém cair acidentalmente de uma varanda.

Parece que há um problema com a vidinha de Luís Montenegro e uma empresa case study, desde gestão de património familiar a especialista em protecção de dados passando por especialidade em reestruturação de empresas até expert em consultadoria de gestão. Até ver. Luís Montenegro a meias com três pessoas, uma das quais educadora de infância, dois estudantes, um deles menor de idade. Um génio. Um prodígio. Nada de esquemas manhosos como os que perseguem outro primeiro-ministro, José Sócrates.

 

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O padrão PSD

por josé simões, em 01.05.25

 

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     - Passos Coelho não pagou Segurança Social porque "não tinha consciência que essa obrigação era devida".

 

     - Luís Montenegro "achava que não tinha de entregar aqueles elementos".

 

Levezinhos, levezinhos, saltitando de nenúfar em nenúfar, incompetência e ignorância dos princípios elementares do funcionamento do Estado. O Estado um mal necessário com que se tem de lidar na prestação de serviços à clientela político-partidária e na organização da vidinha.

 

 

 

 

“Há um ano atrás a Saúde estava pior do que está agora”

por josé simões, em 28.04.25

 

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No passado sábado entrei às 20 horas na urgência do S. Bernardo em Setúbal a acompanhar um familiar octogenário. Foi-lhe atribuída pulseira amarela, na "Triagem de Manchester" doente urgente, até 60 minutos de espera. Foi visto pelo médico às 5 da manhã, 9 - nove - 9 horas depois, saiu no domingo às dez da manhã. Diz Luís Montenegro, com aquele permanente sorriso cínico de quem está a gozar com toda a gente, que “há um ano atrás a Saúde estava pior do que está agora”. Tem razão Montenegro, um ano depois não há aberturas de telejornais com directos intermináveis na porta das urgências, com a prestimosa colaboração de familiares acompanhantes que andavam lá por dentro, de telemóvel na mão, a filmar à socapa para passar as imagens à televisão do Correio da Manha [sem til] ou aos sucedâneos Now e CNN Portugal. Um ano depois não há histerismo induzido. Um ano depois a última grávida que pariu numa ambulância ainda a Temido era ministra e, antes dessa, tinha sido no tempo do Correia de Campos. Um ano depois não há caos nas urgências, há "constrangimentos". Bem podiam os alegados jornalistas esmerar-se e perguntar a Luís Montenegro como é que a Saúde está em relação "há um ano ao lado" ou "há um ano à frente" porque em relação "há um ano atrás" só quem por lá passa sabe que o primeiro-ministro mente com quantos dentes tem na boca com a ajuda de quem trabalhou para o meter no cargo que ocupa.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Portugal dos Pequenitos, Vista Geral

por josé simões, em 26.04.25

 

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Luís Montenegro diz que partilhou valores universais no funeral do Papa. Tipo ser sonso e dissimulado, arranjar esquemas manhosos para ganhar a vidinha numa nebulosa entre poder político-partidário e empresas privadas, esquivar-se a dar respostas, mentir com quantos dentes tem na boca.

 

Marcelo, o parolo: fiquei ao lado deste, à frente daquele, atrás do outro.
Marcelo, o chibo: pude ouvir a conversa entre Trump e o presidente da Eslovénia e falaram disto e falaram daquilo.

 

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