"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Os votos dos emigrantes valem zero, vamos começar a ouvir os partidos, schnell, schnell, mesmo em coligação, que essa coisa das coligações terminarem no dia a seguir às eleições é coisa que não dá jeito a Marcelo. Até dia 20, o dia em que são apurados os votos que não valem nada, os dos emigrantes, tem de ficar o assunto despachado, schnell, schnell. Os cofres estão cheios àespera de Montenegro. Afinal somos um país rico. Viva!
Hoje, dia 8 de Março, dia Internacional da Mulher, que é uma evocação à família, à maternidade
Luís Montenegro, líder do PSD e candidato a primeiro-ministro, à Estufa Fria em Lisboa, no almoço do último dia da campanha eleitoral para as Legislativas de 2024.
Luís Montenegro, Cavaco Silva, Passos Coelho, Paulo Núncio, Luís Filipe Menezes, Eduardo Oliveira e Sousa, Assunção Cristas, Durão Barroso, Santana Lopes. E André Ventura, que não está aqui, no freak show, mas está ali, vindo daqui. O futuro não pode passar por um regresso ao passado.
Corria a campanha eleitoral para as Autárquicas de 2017 e Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente de todos os portugueses, num semáforo encontrou-se por acaso com Teresa Leal Coelho, candidata do seu partido, o PSD, à Câmara Municipal de Lisboa.
Estávamos para saber das prometidas antecipadas legislativas por Marcelo, caso o Orçamento do Estado viesse a ser chumbado, e Marcelo, o Presidente de todos os portugueses, recebia na residência oficial o líder da oposição interna ao líder do seu partido, o PSD, para tratar da data das eleições antecipadas, condicionada pela data das eleições para a liderança do PSD.
Corria a campanha eleitoral para as Autárquicas de 2023 e Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente de todos os portugueses, encontrou-se por acaso na Feira do Livro com Carlos Moedas, candidato do seu partido, o PSD, à Câmara Municipal de Lisboa.
Estado securitário? Xenofobia? Estigmatização do outro? Insegurança induzida? Referendo ao aborto? Direitos das mulheres? Saúde Pública? Mentira atrás de mentira na campanha eleitoral? O dia em que os imbecis climáticos vieram em socorro dos trogloditas da AD:
E porque é que se candidata se desconhece os dossiers ou desconhecendo os dossiers se demite ao invés de encontrar alternativas para não quebrar a palavra dada?
E o que os cépticos, ou os escaldados de promessas anteriores, têm a ver com promessas de terceiros que empenharam a própria palavra dando como garantia a palavra dos outros?
Há não tanto tempo quanto isso o nome que se dava a isto era "conversa de maluco, dá-lhe o desconto", desde o advento das redes, em que um gajo qualquer com o título de doutor sai do balcão da taberna, vai para o Facebook, inventa um partido, elege deputados e, em vez de ser prontamente metido na ordem, arrasta os outros para a sua ordem ao ponto de entrar numa equação para solução governativa, tudo já é normal e aceitável.
Todos os telejornais na televisão do militante n.º 1 - SIC Notícias, a todas as horas certas, abrem com Luís Montenegro.
Todas as emissões na televisão do militante n.º 1 - SIC Notícias, são interrompidas, sejam elas quais forem, para uma directo com uma arruada ou uma papagaiada do taberneiro.
Quando a extrema-direita se alçar ao poder e começar o retrocesso democrático os bois têm nome.
[Na imagem o acolhimento no Capitólio antes do início do debate Pedro Nuno Santos vs. Luís Montenegro]
Cavaco Silva, 1 ano ministro das Finanças [2 de Janeiro de 1980 - 10 de Janeiro de 1981], 10 anos primeiro-ministro [5 de Novembro de 1985 - 27 de Outubro de 1995], 10 anos Presidente da República [9 de Março de 2006 - 9 de Março de 2016] de onde saiu com o mais baixo índice de aprovação da democracia, pelo meio presidente do PSD, 36 anos no activo, contas redondas, apareceu, vindo sabe-se lá de onde, para dizer que "o país precisa de uma mudança política que traga uma nova esperança". Noção é coisa que a mim [a ele] não me assiste.
Na impossibilidade de estar no Capitólio, Lisboa, a gritar e a insultar, o taberneiro mandou os escudeiros fazerem barulho por ele. Nascido, criado e engordado pela mesma mãe - o PSD, Montenegro foi incapaz de dizer o óbvio, que as polícias são o garante da legalidade democrática e nunca um factor de insegurança e instabilidade. O resto do debate, e foi mais de uma hora, foi um monte negro político à nora que acabou a comparar o seu passado, "o meu passado chama-se Passos", a José Sócrates.
Um líder cobarde e pobre em argumentação, que encurralado nos debates o melhor que tem para contrapor é "a Venezuela", "Cuba", "socialismo", "trotskismo", que quer alterar as regras a meio do jogo e se propõe ser substituído por outrem, não menos pobre em argumentação, que encurralado nos debates o melhor que lhe vai sair é "a Venezuela", "Cuba", "socialismo", "trotskismo", arrisca acordar substituído, passados os debates, no day after às eleições.