"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Com a vitória de Giorgia Meloni em Itália assistimos ao regresso da lengalenga de 1922, que "o fascismo é o capitalismo em decadência", balelas ouvidas da boca do controleiro nas reuniões de célula do partido ou lidas à quinta-feira n' "a verdade a que temos direito", sem terem aprendido, nem querem aprender, que o fascismo é a esquerda em decadência, é quando a esquerda se demite, e fazendo de conta que os milhares de socialistas revolucionários, anarquistas, comunistas, anarco-sindicalistas, etc, que passaram directamente para a Falange em Espanha, os Fasci di Combattimento em Itália, ou a Action Française de Charles Maurras nunca existiram, tivemos ontem Marques Mendes, o conselheiro de Estado militante do PSD, na televisão do militante n.º 1 muito preocupado, diria mesmo bué preocupado, com a ascensão da extrema-direita em Portugal e passando completamente ao lado da normalização da extrema-direita em Portugal pela acção de Luís Montenegro, o líder do seu partido, o PSD. É que há fascismos, lengalengas, palas nos olhos e há fascismos mais fascismos que os fascismos. Diz que o militante n.º 1 está furioso com os resultados das audiências. Se calhar é pela honestidade de quem lhe faz o prime time, de Bernardos Ferrões a Zés Gomes Ferreiras e Nunos Rogeiros passando pelos Marques Mendes desta vida.
A páginas tantas, e a propósito do roubo de armamento de um paiol militar em Tancos, diz o Conselheiro de Estado Marques Mendes, na avença semanal que tem na televisão do militante n.º 1 onde desempenha o papel de pantomineiro e que, aos fins-de-semana, reproduz a todas as horas certas a primeira página do jornal do militante n.º 1, que "as pessoas, à mesa do café, as poucas que falam nisto". Está tudo dito. Quem, além da oposição que não a sabe fazer e não tem mais nada por onde pegar, continua preocupado com meia dúzia de granadas e uma caixa de munições a monte?
Sem que ninguém no PSD de Rui Rio lhe dê a ponta de um chavelho de importância e sem que ninguém no Governo da 'Geringonça' lhe chibe aos ouvidos o "exclusivo" para a avença semanal que tem na televisão do militante n.º 1, Marques Mendes, reduzido à sua insignificância, limita-se a fazer o que melhor sabe: inventar, truncar, desinformar. Era dia 1 de Abril.
"Quem prevarica evidentemente tem que ser punido, seja cigano, seja muçulmano, seja um português qualquer normal. O Conselheiro de Estado Luís Marques Mendes no telejornal da SIC pedagogicamente a ensinar ao povo ignaro que em Portugal há portugueses normais e há ciganos e muçulmanos e que um cigano e um muçulmano não podem ser portugueses e que um cigano e um muçulmano não são cidadãos normais
E se agora o cata-vento Passos Coelho, depois do recado dado pelo moço de recados, mudar outra vez de posição para a posição que já foi a sua, assume definitivamente o seu "cata-ventismo", mal grado os outros cata-ventos desta história. Como diz o povo, "quem boa cama fizer nela se há-de deitar". Começou o PDEC, Processo de Despedimento em Curso.
"Num comentário ao vídeo em boa hora lançado nesta página, Marques Mendes defende-se alegando que o diploma que apresentou em 2005 se cingia a casos onde "há uma suspeita" e que não pretendia actuar "de forma ilimitada, generalizada ou indiscriminada". É pena que o Dr. Marques Mendes não tenha lido o diploma que então apresentou, pois tanto na exposição de motivos como na redação do artigo o intuito é claro: o acesso às contas bancárias é dado "sempre que [a Administração Tributária] o solicite para combater a evasão ou fraude fiscais". Não há nenhuma referência a suspeita, há apenas o arbítrio da Autoridade Tributária."
Francisco Pinto Balsemão desce a Cascais no último dia de campanha em apoio da coligação PSD/ CDS, depois de pagar a avença semanal a Luís Marques Mendes, que subiu ao palanque da coligação de direita na quarta-feira em Coimbra, para comentar a campanha eleitoral na televisão do militante n.º 1, aos sábados e em horário nobre, "com a independência que me é reconhecida" [sic].
"Eu achava o máximo José Sócrates dar a entrevista na véspera do debate"
Marques Mendes que nem no dia do seu aniversário abdicou de ir à SIC receber a avença que a vidinha custa a todos.
Quando a direita vier com a conversa da treta da família e da importância da família e o coise lembrem-se do homem que já foi líder do PSD e candidato a primeiro-ministro no dia de anos a jantar em família no estúdio de uma televisão à frente das câmaras, unido no verdadeiro nucl€o c€ntral da soci€dad€.
Marques Mendes, que mesmo de férias levou na bagagem um fato e uma gravata para ir aos estúdios da televisão do militante n.º 1 receber a avença mensal, e que durante semanas não se calou com as contas feitas e a fazer ao programa eleitoral do PS, quando confrontado pela apresentadora do telejornal com a ausência de números no programa eleitoral da coligação da direita responde que "as pessoas não votam em programas".
"Homem pequenino ou velhaco ou dançarino" ou a filha da putice em horário nobre e em forma de comentário político.
A mentira: O Governo não está a estudar coisíssima nenhuma o aumento do IVA porque quando o Governo quer estudar o que quer que seja nomeia uma comissão, composta por técnicos, muitos, e especialistas, outros tantos, não remunerados e que, por "amor à camisola", andam meses, muitos, muito atarefados a estudar e a elaborar pareceres e, no final, as conclusões acabam dentro de uma gaveta, principalmente se forem de modo a aliviar o bolso do contribuinte. O Governo decidiu o aumento do IVA, ponto.
A verdade: o que o moço de fretes do Governo diz é que o PSD, o polícia mau, quer aumentar o IVA, e que o polícia bom, o CDS, está contra. E é verdade porque o Governo é o PSD e o CDS é o verbo de encher e a mão de assinar por baixo desde que o que seja assinado permita ao líder, Paulo Portas, a vaidade de aparecer sob os holofotes, andar a saltitar pelo mundo cheio de patriotismo e d “sentido de Estado”, o poder, um cargo, nem que seja o cargo de vice-pantomineiro.
A troika" impediu Governo de aumentar ainda mais o IVA", que não era para o Estado porque o "IVA social está definido na Lei" – quem o disse foi o vice-trampolineiro, mas como contrapartida exigiu um aumento da TSU, que "não é para o Estado, mas para proteger a sua pensão de amanhã" – foi também o vice-trampolineiro quem o disse, isto após 3 anos do sucesso do ajustamento da troika e de 3 anos do ajustamento de sucesso de "ir mais além da troika" ter arrasado a economia do país e posto em causa a sustentabilidade da segurança Social e "a sua pensão de amanhã". É caso para se dizer "ó borracho, estás protegido por cima e protegido por baixo!".
Do aumento do IVA, impedido pela troika, e da contrapartida do aumento da TSU, exigida pela troika, ficámos a saber pela boca do chocalho do Governo que, era capaz de jurar, ter ouvido há 15 dias, no mesmo canal de televisão, criticar o Governo por não ter coordenação e por se saber tudo cá fora.