Domingo à noite na televisão do militante número um
Luís Marques Mendes, no seu espaço de comentário televisivo, a 4 de Julho de 2021.
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Luís Marques Mendes, no seu espaço de comentário televisivo, a 4 de Julho de 2021.
Sem perceber porque é que as sondagens lhes continuam a ser adversas e no desespero de entalar o ministro das Finanças, o primeiro-ministro, o Governo, o Presidente da República [não necessariamente por esta ordem], e provocar a queda do Governo que desmontou o TINA [There Is No Alternative], alfa e ómega do Governo da direita radical durante quase cinco anos, a liderança do PSD insinua as semelhanças entre o Governo PS de António Costa, suportado pela esquerda no Parlamento, e o Governo PS minoritário de José Sócrates, já julgado e condenado nos jornais e televisões. Vale tudo.
"Reposição das subvenções vitalícias: a ideia original foi de Passos"
[Lampadinha na imagem]
Este é o mesmo princípio que levou à assinatura do despacho a autorizar o abate dos sobreiros na Herdade da Vargem Fresca em Benavente, vulgo caso Portucale; este é o mesmo princípio que levou à assinatura do despacho da não devolução ao Estado do edifício do Casino de Lisboa, no Parque Expo, no final da concessão à Estoril Sol; este é o mesmo princípio que levou a que Telmo Correia, ministro, na noite que antecedeu a tomada de posse de José Sócrates tivesse assinado 300 - trezentos - 300 despachos.
"O Conselho de Ministros desta quinta-feira autorizou um conjunto de despesas no valor de 404 milhões de euros, para assegurar “a continuidade da prestação de serviços” em vários sectores até 2019"
"O Governo não está em fim de funções, está na plenitude das suas funções"
[Imagem]
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Como é no Expresso, que deixou cair o ridículo que era na era da net e da bloga e do tuita e do feiçe "Há 40 anos a fazer opinião" para o "Liberdade para pensar" como justificação para os ridículos Henriques diários, ninguém se indigna nem o problema da ética e da deontologia e dos segredos e das vidas privadas se coloca, nem há promiscuidade entre jornalistas e não sei quem, e até é absolutamente normal que um email entre dois ministros venha escarrapachado na edição online do jornal.
"Não consegui contactar o Paulo Portas, liguei muitas vezes e enviei sms, mas sem sucesso", escreve a ministra num e-mail a que o Expresso Diário teve acesso. Destinatário do correio eletrónico: Luís Marques Guedes, ministro da Presidência do Conselho de Ministros. Hora: 6h15 da manhã de 3 de agosto.
"Xpresso, há 40 anos a plantar spin". E a fazer jeitos. E tal.
[Imagem]
Primeiro vem um ministro esclarecer, desvalorizando a "inverdade" com uma mentira. Quase sempre o ministro câmara de eco, Luís Marques Guedes, quando as notícias são péssimas, sempre o vice-primeiro-ministro botões de punho-pepsodent, Paulo Portas, quando a mentira tem uma base de verdade. Depois, quando a verdade vem à tona, já é tarde demais porque, o esclarecimento, da "inverdade" com a mentira ou da mentira com uma base de verdade, já passou em todas as rádios e em todas as televisões a todas as horas certas em todos os telejornais e em todos os blocos noticiosos e há sempre as alminhas de boa-fé que ouviram a verdade a que temos direito mas que já não ouvem a verdade ela própria porque nem sequer passa na comunicação social, ela própria câmara de eco do ministro câmara de eco.
[Imagem de Chris Goennawein]
Na primeira página do Público de hoje.
É assim desde o dia 21 de Junho de 2011: o gargalhar, o gozo, de dedo esticado na cara dos portugueses.
O roubo de 5% e 6%, respectivamente, aos subsídios de doença e de desemprego, não é roubo é "contribuição". O aumento de impostos aos funcionários públicos, por via dos descontos para a ADSE, como forma de compensar o chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes nas pensões, não é aumento de impostos é "contribuição". O esbulho aos pensiomistas da Caixa Geral de Aposentações não é esbulho é "Contribuição Extraordinária de Solidariedade", e o esbulho generalizado não é esbulho generalizado é "alargamento da base de incidência".
Isto no país em que o trabalhador não é trabalhador mas colaborador, não vende a sua força de trabalho ao patrão, colabora com o empresário. Colaborar é as tarefas divididas lá em casa entre o casal, e os filhos se ou houver, por exemplo.
Contribuição de solidariedade é quando os meninos vestidos de parvos, vulgo escuteiros, andam na rua com as caixinhas a catar moedas para a Liga Portuguesa Contra O Cancro, e o povo dá porque lhe apetece dar e porque sim, também por exemplo.
A novilíngua vai de vento em popa. O mexilhão, além de se lixar como diz o provérbio, ainda leva com a novilíngua pela proa. E a passividade com que tudo isto é aceite é resumida na perfeição pelo corrector do Word quando quer alterar novilíngua por novilhada.
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Mais de 24 horas passadas e o Governo, pela voz do ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, ainda não expressou o "total repúdio" pela "triste figura" da Pepsi por imagens publicadas na Suécia alusivas ao futebolista Cristiano Ronaldo.
[Imagem de autor desconhecido]
Em queda livre aos olhos do eleitorado, que vai começando a conhecer o traste e a fartar-se das piruetas de bailarina, ignorado pelo parceiro de coligação, desconsiderado por toda a esquerda parlamentar, anda na vida, oficialmente, desde 1995. Perde eleições e sai de mansinho, com "sentido de Estado", regressa passados meses, de mansinho, a pedido de "várias famílias" e com "sentido de Estado", leva uns tabefes de um lado, um encostos do outro, apanha com bocas a toda a hora. É o partido sem princípios, o partido do emplastro que volta sempre, jogue quem jogar, para aparecer sorridente na fotografia.
[Imagem de autor desconhecido]
A gente vai fazer de conta que chegou agora, não digo de Marte, não, só fazer de conta que nunca viveu aqui, na Europa, e que somos acabadinhos de chegar da América Latina ou de África, dum sítio sem jornais, sem televisão, sem internet, e que nunca ouviu Pedro Passos Coelho dizer que "Acompanho em grande medida aquilo que disse a senhora Merkel. Não podemos olhar para um princípio de obrigações europeias como uma forma de resolvermos os problemas que temos agora de excesso de divida".
[Imagem de autor desconhecido]
Decidir, de entre todos os clientes, qual é o cliente político-partidário e das fidelidades da Fé, que fica com a melhor fatia do desmantelamento do Estado e dos impostos pagos pelos contribuintes: money for the boys.
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