"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"O doutor Durão Barroso é o português vivo mais importante de sempre" disse a páginas tantas Cavaco Silva, com a maior cara de pau e rancor imagem de marca, na apresentação do livro onde se propõe ensinar aos outros a não serem Cavaco Silva.
O homem, doutor homem, que recebia por mês o dobro do que recebia o presidente da FED 'amaricana' para não ver o BES nem Ricardo Salgado, que afinal de contas era o DDT, nem o Banif [Tribunal de Contas arrasa papel de Carlos Costa no BES e Banif], que não teve a hombridade de colocar o lugar à disposição após as eleições de onde saiu a "Geringonça" tendo consciência plena que era persona non grata ao novo poder político, deu por António Costa andar de conluio com Isabel de Angola e, na altura, só não abriu a boca para denunciar as pressões que sofreu do primeiro-ministo geringonço porque até ele chegar ao cargo nunca nenhum governador do Banco de Portugal tinha sido alvo de tamanha infâmia por parte do poder político. Ainda vai dizer que foi por isto que não apresentou a demissão, para dar por estas matrafisgas.
Adenda: Marques Mendes, que na apresentação do livro gritou pela intervenção da polícia, também desconhecia o relatório do Tribunal de Contas.
A notícia do dia foi a aparição do pantomineiro do pin, sem pin, a dizer que também vai escrever um livro de memórias. Se calhar de seu nome "Sexta-feira" [e o resto da semana], em homenagem ao personagem criado por Daniel Defoe, sozinho numa ilha, contra o socialismo e o comunismo e o peso do Estado na economia.
Cavaco Silva que nunca desconfiou de Oliveira e Costa, Cavaco Silva que nunca desconfiou de Arlindo de Carvalho, Cavaco Silva que nunca desconfiou de Dias Loureiro, Cavaco Silva que nunca desconfiou da rentabilidade das acções da SLN não cotada em bolsa, Cavaco Silva que nunca desconfiou de Ricardo Salgado e, não só nunca desconfiou, como até aconselhou os portugueses a confiarem, pois bem, Cavaco Silva sempre desconfiou de José Sócrates, de tal forma que até achou por bem deixar a desconfiança plasmada em livro para a posteridade. Um desconfiado do caraças este Cavaco Silva.
De leitura obrigatória em todas as escolas do país, do o 1.º ao 3.º ciclo do ensino público e ensino privado. Para uma data tão importante, mais importante que o 25 Abril, que o 1.º de Dezembro, que o 28 de Maio não sei, que o 14 de Agosto de 1385 e que o dia em que Bartolomeu Dias dobrou as Tormentas em Esperança apadrinhado por El-Rei D. João II. O ministro Nuno Crato, que percebe do ofício, sabe por onde começar.
Eduardo Catroga que ainda não disse que a foto do Blackberry é photoshopada, depois de ter dito que o PSD não teve nada a ver com o memorando de entendimento com a troika, diz que Vítor 'colossal' Gaspar não contribuiu em nada para as reuniões que o PSD teve com a troika, nem tampouco para a elaboração do programa económico do partido que, 'há liaz', era o memorando da troika que o PSD assinou/ não assinou [riscar o que não interessar]. . "Fui eu quem lhe pediu a opinião mas entrou-me por um ouvido a 100 e saiu-me pelo outro a 200". Qual é o som que um "pintelho" faz ao cair no chão, cuspido da boca de um trampolineiro?
Vítor Gaspar é a anedota do fulano que cai do 25.º andar e, à medida que durante a queda vai passando pelas janelas dos andares de baixo, os vizinhos vão-lhe gritando "até agora tudo bem!". De erro em erro até ao fracasso total: