"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"É a democracia", chamou Marcelo a RTP a Belém para dizer, com uma embalagem de OMO nas mãos, estavam os portugueses a ver o Benfica em Paris pelo streaming da Inácio TV. "Os partidos são livres de discordar do Presidente", mais coisa menos coisa. "Eu não quis dizer que eram poucos os casos, o caso é que o caso mais antigo é de uma pessoa de 90 anos" e quando toda a gente pensava que Marcelo ia invocar o popular "em pequenino não conta", segue o raciocínio depois de pigarrear, "portanto foi há 70 anos". Mais grave a emenda que a emenda. Um fiel de 90 que foi abusado há 70 tinha 20 anos à época do abuso. "Nem abuso de menores foi, estão a ver?" deixou Marcelo insinuado no ar com recurso à Tabuada Ratinho. "Não quis dizer que 400 fossem poucos, ou muitos, esperava muitos mais". Até porque falo ao telefone tu cá tu lá com os encobridores. "Diga-me Vossa Excelência Reverendíssima como é que estamos de temores; os prognósticos? Vai ser o Dilúvio Universal, são milhares, senhor Presidente". Afinal só 400, alguns já morreram, outros morrem de vergonha só de pensar, fica tudo na Paz do Senhor". E a seguir vai comentar o Orçamento do Estado, vai dizer ao Parlamento que deve rever uma lei qualquer, coisa que não é das suas atribuições nem competências e sem que nenhum partido ou deputado lhe diga "bolinha baixa, meta-se no seu canto", vai medalhar uns patetas a eito, vai passar por um acidente rodoviário e inteirar-se dos dos danos, vai fazer um prognóstico qualquer sobre um jogo qualquer, vai patrocinar a descida da Avenida pela Marcha dos Pobrezinhos e o picnicão dos miseráveis, organizado pela vereadora Laurindinha da câmara do incompetente Moedas, que em pequenina gostava de ser o Leitão de Barros quando fosse grande, para se meter a eventos folclóricos, bater muitas palmas ao Senhor Presidente do Conselho e brincar com as pessoas como brincava com as bonecas quando era pequenina. As pessoas não têm sentimentos nem dignidade, tudo pode ser orquestrado e encenado para satisfação do ego ou de outra merda qualquer, até para encobrir. E quando pensavam que se tinham visto livres de Cavaco chega, com os votos de António Costa, Ferro Rodrigues e mais de metade do PS, Marcelo, O Inimputável, e com ele toda a tralha bafienta da direita beata e acéfala, mais os hábitos e as normas do Portugal da Lição de Salazar.
Marcelo, que tem como paixão os sem-abrigo e que arranjou maneira de se encontrar "por acaso" com Carlos Moedas na Feira do Livro em plena campanha autárquica, já comentou que é preferível dormir na rua em pleni inverno que num local sem condições?
“Depositar (…) na mão faz muito mais sentido hoje em dia do que metê-la na boca. Por questões de saúde e higiene, naturalmente, (…) mas também porque receber (…) na mão é tão digno como recebê-la na boca.”
“Acontece que esta liberdade paroquial permite que muitos paroquianos insistam em receber (…) sem lhe tocar com as mãos, obrigando o padre ou o leigo que dá (…) a depositá-la directamente sobre a língua.”
(Sim, eu sei que sou um herege do caralho (a propósito) e que não tenho respeito nenhum pela Fé e pela fé dos outros e que quando morrer vou para o Inferno. Não me ponham é lá um padre a ladaínhar atrás do caixão; é só o que peço)
«Não vale a pena dizer que os homens e as mulheres são iguais porque não são.»
«(…) eu não tenho bolso, a minha reforma é péssima e, por isso, funciono com o bolso do meu marido.»
«Fiz um grande esforço para melhorar a imagem mas sai tudo do bolso do meu marido, que é o nosso bolso.»
O retrato fiel da dona de casa “à moda antiga”, num Portugal que ainda teima em existir existe. E não se riam que não estou a ironizar nem a ser sarcástico.
Em Barcelos, pela boca da “camarada” Ilda Figueiredo que não está sujeita a estas coisas da lealdade para com o presidente da Comissão Europeia, ficámos a saber que o “camarada” Durão Barroso só ontem lhe respondeu, por e-mail, às dúvidas colocadas sobre o futuro da Quimonda. Em inglês; a resposta. Ainda assim uma evolução considerável para quem chegou a andar a aprender chinês.
Laurinda Alves perdeu a cabeça em Aveiro nas bancas da roupa de marca contrafeita. Porque é que será que de cada vez que vejo a Laurinda Alves me vem sempre esta música à cabeça?
«Os jornalistas ajudaram o BE a nascer, amamentaram-no, mudaram-lhe as fraldas, disfarçaram-lhe as traquinices», mas da Laurindinha e do Movimento Esperança Portugal ninguém fala...
«Laurinda Alves existe: é uma brilhante jornalista, que se revelou politicamente no combate do referendo ao aborto (do lado da penalização), que é uma pessoa decente e representa um novo partido (…)». (Negrito meu).
José Miguel Júdice no Público (sem link).
«Oh Laurindinha, vem à janela.
Oh Laurindinha, vem à janela.
Ver o teu amor, (ai ai ai) que ele vai p'ra guerra.
Ver o teu amor, (ai ai ai) que ele vai p´ra guerra.
Se ele vai pra guerra, deixá-lo ir.
Se ele vai pra gurerra, deixá-lo ir.
Ele é rapaz novo, (ai ai ai) ele torna a vir.
Ele é rapaz novo, (ai ai ai) ele torna a vir.
Ele torna a vir, se Deus quiser.
Ele torna a vir, se Deus quiser.
Ainda vem a tempo, (ai ai ai) de arranjar mulher.
Ainda vem a tempo (ai ai ai) de arranjar mulher.
Ele torna a vir, se Deus quiser.
Ele torna a vir, se Deus quiser.
Ainda vem a tempo, (ai ai ai) de arranjar mulher.
Ainda vem a tempo (ai ai ai) de arranjar mulher.
Ainda vem a tempo, (ai ai ai) de arranjar mulher.
Ainda vem a tempo (ai ai ai) de arranjar mulher.
Ainda vem a tempo, (ai ai ai) de arranjar mulher...»