Tão jeitosos que os migrantes são para enfeitar discursos de ocasião
Com excepção do Chaga onde a coisa é feita pela negativa, pela exclusão e pelo estigma, o que surpreende nas candidaturas autárquicas da margem sul é a total ausência de comunicação e de propostas para captar as comunidades migrantes para a cousa pública, comunidades que em algumas zonas já são maioritárias. Quem passe um tempos no Seixal, Laranjeiro e Almada apercebe-se da diversidade cultural e civilizacional que faz o Martim Moniz em Lisboa parecer uma Disneylândia. Brasil, África não PALOP, Paquistão, Sri Lanka, Índia, Moldávia, Ucrânia, China etc, etc. No Laranjeiro, por exemplo, há ruas inteiras com vivência[s] de uma só comunidade onde o transeunte que dá nas vistas ao passar, o diferente é o português caucasiano. Desde barbeiros, cabeleireiros, mercearias, churrascarias e talhos halal, frutarias, lojas de roupa, lojas de utilidades várias, pequeno comércio. Um bazar dentro da qasbah. Um mundo. Um mundo que passa ao lado das candidaturas autárquicas que não se inibem de encher a boca com "integração".
[Imagen encontrada no Google Maps]